Torre de Vigia perde apelo no Reino Unido referente à investigação da Comissão de Caridade – Investigação avançará

O Tribunal de Recurso no Reino Unido impediu uma tentativa da Torre de Vigia de matar uma investigação sobre o seu tratamento de Acusações de Abuso Infantil, de acordo com um comunicado de imprensa no site da Comissão de Caridade datado de 15 de março.

Conforme relatado anteriormente, a Comissão de Caridade começou uma investigação depois que relatórios vieram à luz sobre um incidente chocante na Congregação das Testemunhas de Jeová "Novo Moston", onde sobreviventes de abuso sexual infantil foram forçadas a confrontar cara-a-cara o seu abusador num tribunal religioso fechado. Foi alegado que, longe de este ser um incidente isolado por uma congregação desviante, isso de fato refletiu a prática padrão das congregações das Testemunhas tudo de Jeová em todo o Reino Unido, ao abrigo das orientações proferidas e executadas pela sua organização-mãe, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
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Uma vez que tanto a congregação New Moston, e a própria Torre de vigia no Reino Unido estão registadas como instituições de caridade, a Comissão iniciou uma investigação com a seguinte finalidade, conforme descrito no site da Comissão:

"A comissão está investigando como Torre de Vigia protege crianças e adultos em risco. Tem procurado acesso aos registros da instituição de caridade registrada desde 2014."


Deveria ter sido simples: a Torre de Vigia e New Moston são instituições de caridade do Reino Unido e a Comissão de Caridade é o órgão encarregado pelo governo do Reino Unido para a supervisão de instituições de caridade do Reino Unido. No entanto, a Torre de Vigia tem lutado com unhas e dentes no ordenamento jurídico do Reino Unido para ter seus registros mantidos ocultos da Comissão e de matar a investigação.

Estes esforços falharam em cada passo e esta última derrota marca uma etapa mais perto de uma situação onde a Torre de Vigia pode ser obrigada a liberar documentos potencialmente prejudiciais sobre o seu tratamento de abuso de crianças a uma investigação oficial do Reino Unido.

A decisão destaca-se em dois pontos-chave:

• A decisão concorda que a Comissão tinha razão em iniciar a investigação.
• Contudo, a decisão afirma que o desafio para os pedidos dos documentos pela Comissão deve ser realizada por um tribunal diferente. Isto se deve a um tecnicismo legal.

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O que acontece depois? A Comissão declara:

"Sem prejuízo de quaisquer recursos, o próximo passo no processo será o Tribunal Administrativo considerar se a Torre de Vigia apresentou motivos discutíveis para desafiar a Ordem de Produção e portanto, se a Ordem de Produção deve ser avaliada pelo Tribunal Administrativo numa audiência completa. A comissão continua a defender a emissão da Ordem. Sujeita a qualquer recurso por parte da Torre de Vigia, o seu desafio para a abertura do inquérito da Comissão está no fim."


Em outras palavras, parece que a Torre de Vigia não conseguiu matar a investigação. A próxima batalha é sobre os registros, o que levanta uma questão muito importante:

Por que uma instituição de caridade do Reino Unido que afirma que eles não ter nada a esconder, está tentando tão arduamente garantir que a Comissão de Caridade não veja os documentos que parecem ser plenamente relevantes para o assunto em questão?


Talvez porque na última vez que uma investigação teve em suas mãos os documentos da Torre de Vigia, os resultados foram horríveis.

Ou talvez seja porque eles não podem mais produzir tais documentos, tendo ilegalmente destruído-os em violação direta das ordens juridicamente vinculativas enviadas por uma investigação do Reino Unido separada sobre o seu procedimento do abuso de crianças, desta vez a partir do alto perfil e muito poderoso Inquérito Goddard?​

Se este último cenário é o caso, as consequências podem envolver acusações criminais.

De qualquer forma, fica claro que a pressão legal sobre esta questão parece estar montada no braço britânico da Torre de Vigia de vários ângulos, sem escape à vista.

A Comissão de Caridade incentiva as pessoas que foram afetadas pela salvaguarda nas congregações das Testemunhas de Jeová na Inglaterra e no País de Gales a contactar o investigador responsável, Jonathan Sanders, em:
[email protected]

Os membros do público podem entrar em contato com a comissão com qualquer salvaguarda ou outras preocupações sobre instituições de caridade através de Queixe-se acerca de uma caridade.

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