Quatro mulheres. Quatro histórias. Isto é como as comissões judicativas das Testemunhas de Jeová lidam com sérios, frequentemente assuntos criminais, fora do sistema judicial legal. Connie Bentzrud | Tarjei Leer-Salvesen «Pastoreiem o Rebanho de Deus», um livro referido como o «Manual de Anciãos», não é para todos lerem. É somente para os homens que são confiáveis como anciãos nas TJ. O livro fornece instruções detalhadas para os Anciãos sobre como a igreja deve formar suas próprias comissões judicativas e lidar com assuntos internamente. Esta é uma versão traduzida de um artigo que foi publicado pela primeira vez na língua norueguesa em 30 de junho de 2018 em Fædrelandsvennen. DOCUMENTOS VAZADOS Fædrelandsvennen publicou um artigo sobre um ancião de 87 anos nas Testemunhas de Jeová que foi condenado por abuso sexual contra uma menina de quatro anos. No rescaldo desta publicação, mais documentos internos sobre a governança da organização vazaram para nós. De longe, o documento mais interessante nesse vazamento foi a versão norueguesa do livro “Pastoreiem o rebanho de Deus”, ou simplesmente o “Manual dos Anciãos”. Ele contém descrições detalhadas de como as Testemunhas de Jeová formam e trabalham com suas comissões judicativas religiosas internas. A regra geral é que irmãos e irmãs dentro da igreja, não devem usar a polícia nem o sistema legal norueguês uns contra os outros. Fædrelandsvennen ficou sabendo sobre vários indivíduos, em que todos tiveram que se reunir perante comissões judicativas no sul da Noruega. Uma mulher foi interrogada sobre a sua iniciação sexual por homens numa dessas comissões judicativas. Outra mulher vivia com medo de ser desassociada e isolada depois de ter feito um aborto. Ainda outra mulher quase morreu depois de perder grandes quantidades de sangue ao dar à luz. Uma intervenção dos médicos no hospital salvou sua vida. Sua decisão de lhe dar sangue foi feita enquanto ela estava inconsciente. Ainda assim ela teve que responder perante uma comissão judicativa das Testemunhas de Jeová. Eles exigiram saber se ela havia feito tudo o que podia para resistir à transfusão de sangue. CONSEQUÊNCIAS GRAVES O trabalho das Comissões Judicativas nas Testemunhas de Jeová abrange uma ampla gama de questões. Até mesmo a comunidade empresarial precisa se relacionar com as Comissões Judicativas devido à proibição de usar o sistema judicial “mundano” em ações judiciais contra empresas de propriedade de outras Testemunhas de Jeová. As comissões judicativas das TJ não podem multar ou mandar alguém para a prisão. Em vez disso, eles podem dar punição pública ou desassociá-los se encontrarem sérias violações contra a vontade de Jeová, e um indivíduo não se arrepender genuinamente. Para aqueles que são desassociados, as consequências são severas. De acordo com as instruções em «Pastoreiem o Rebanho de Deus», as Testemunhas leais devem evitar todo o contato desnecessário com parentes que se dissociaram ou foram desassociados. Mesmo manter negócios com essas pessoas deve ser mantido a um mínimo absoluto. A falta de obediência terá consequências até para as Testemunhas ativas. TESTEMUNHAS DE JEOVÁ As Testemunhas de Jeová foram fundadas em 1870 por Charles Taze Russel nos EUA. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Hoje, as Testemunhas de Jeová contam com 120.053 congregações espalhadas por 240 países, governadas pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A organização é altamente dedicada ao que elas entendem como sendo o conhecimento correto da Bíblia. Armagedom é um tema central para a JW, que acreditam que estamos vivendo literalmente nos últimos dias. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Em todo o mundo, a JW conta com 8.457.107 membros de acordo com seu último relatório anual. Destes, 11.652 membros pertencem às congregações norueguesas. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– A JW distribui suas publicações e vídeos escritos em um grande número de idiomas e tem exatamente o mesmo conteúdo em todos os países ao mesmo tempo. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Os membros das Testemunhas de Jeová sofreram assédio em muitos países. A Rússia proibiu toda a organização. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– De acordo com instruções internas vazadas da organização, os membros não devem abrir processos uns contra os outros no sistema «mundano». A organização tem orientações específicas para as suas próprias comissões judicativas onde apenas membros masculinos servem. HISTÓRIA #1 – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ABUSOU DE SUA FAMÍLIA POR 13 ANOS Tribunal do Distrito de Stavanger, 2017. Uma Testemunha de Jeová ativa é considerada culpada por abusar grosseira e violentamente de sua esposa e filhos durante um período de 13 anos. Fædrelandsvennen leu o veredicto e contatou a ex-mulher do homem, uma das vítimas do caso. Ela é reticente, mas no final ela concorda em conversar connosco. Apesar de um veredicto esmagador no sistema judiciário público, ela acha que a comissão judicativa interna das Testemunhas de Jeová e a sucursal escandinava em Holbæk, na Dinamarca, lidaram com o caso de forma irresponsável. "O abuso começou imediatamente, antes mesmo de casarmos em 1999", ela conta-nos. No entanto, devido à consideração por outros membros da congregação que ainda estão ativos, ela deseja permanecer anónima. Este foi seu segundo casamento e ela já tinha quatro filhos. Depois de alguns anos com seu novo marido, eles tiveram um filho juntos, seu quinto filho. Mas o abuso só aumentou. Como tantas mulheres que vivem com violência doméstica, ela se sentiu culpada. Ela sentiu que foi ela quem desencadeou a raiva do marido. «Nós "andávamos em bicos dos pés» desde o início. Mas como já me divorciei uma vez, optei por tentar suportar a violência. Os três primeiros filhos cresceram e saíram de casa. Juntamente com os dois mais jovens, ela vivia com medo constante de abuso físico e mental. O veredicto do Tribunal Distrital fornece esta descrição da situação: «É o abuso mental que tem dominado, mas por trás disso, a possibilidade de violência física sempre esteve presente. Com base nas evidências apresentadas, o Tribunal deve, sem dúvida, presumir que as infrações penais do acusado formam um padrão que resulta em um regime caracterizado por insegurança contínua e medo de violência para aqueles que são vítimas.» «Muitas vezes, eu estava com tanto medo que pensei que morreria», diz a mulher. «Foi como viver com uma bomba relógio. Eu tive que sentar-me na cama enquanto dormia. Algumas vezes, se ele continuasse a noite toda, eu tinha que dormir no chão.» COMISSÕES JUDICATIVAS NAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Como regra geral, os membros das Testemunhas de Jeová não devem entrar com processos judiciais uns contra os outros no sistema judiciário “mundano”. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Quando considerados necessários, os Anciãos numa congregação formarão uma comissão judicativa interna. Os membros são todos homens, escolhidos entre o Corpo de Anciãos. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Eles decidem o resultado em uma ampla variedade de casos, desde disputas monetárias até assuntos relacionados a sexo. Eles também lidam com casos relacionados à violência. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Usar o sistema judicial “mundano” não é completamente proibido. A JW não proíbe seus membros de denunciar abuso sexual contra crianças. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Os membros também podem usar o sistema judiciário regular para obter um decreto de divórcio, custódia e apoio dos filhos, pensão alimentícia, reclamações de seguro ou reclamações em casos de falência. Também não há nenhuma proibição contra o litígio se um irmão ou irmã processou você primeiro. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– As Testemunhas de Jeová estabeleceram seu próprio sistema de apelação que permite uma segunda audiência para uma nova comissão judicativa. PEDIU AJUDA AOS ANCIÃOS Em várias ocasiões, seus filhos foram os que receberam o tratamento mais severo. Segundo o veredicto, o marido a empurrou enquanto ela segurava o bebê. Ele também gritou para um de seus filhos, sacudiu-o com força e o jogou na cama. Em 2010, antes do seu marido se tornar um ancião na sua congregação, o abuso aumentou ainda mais. Um de seus filhos, então com 15 anos, não aguentou mais. «Ele testemunhou muitos episódios em que eu estava morrendo de medo enquanto meu filho mais novo se agarrava aos pés de seu pai para detê-lo, apenas para ser chutado brutalmente para longe» diz a mulher. O veredicto do Tribunal Distrital escreve o seguinte sobre estes episódios: «O menino explicou que ele temia incrivelmente pela vida de sua mãe.» No tribunal, o menino também revelou como ele havia testemunhado a mãe dele gritando na frente de seu padrasto, implorando por misericórdia. E como ele, o jovem de 15 anos, tentou meter-se entre eles para acabar com a violência. Mas nada funcionou. Foi então que, por puro desespero, junto com seu irmão mais velho, aproximou-se dos Anciãos em sua congregação. Os irmãos dizem aos Anciãos o que está acontecendo em casa. «Eu não posso mais testemunhar isso, como minha mãe e meus irmãos são tratados». Isso foi o que ele disse aos Anciãos. Mas eles não fizeram nada», diz a mulher. Devido às regras de confidencialidade, os Anciãos desta congregação não comentarão sobre isso. CÓDIGO PENAL NORUEGUÊS: ABUSO EM RELAÇÕES FAMILIARES Seção 282 e 283 abrange a violência doméstica. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– As crianças que testemunham violência também têm direito à Compensação por Lesões Criminais. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– «Testemunhar a violência entre pais é violência psicológica contra crianças. É tão prejudicial como se a criança fosse vítima de um abuso grosseiro ela própria.» (Mossige & Stefansen 2016). «Tudo culmina num episódio em que ele fica tão violento que o nosso filho mais novo está tão assustado que se trancou no WC. Enquanto isso meu marido correu atrás de mim e me empurrou. Eu caí contra um corrimão e bati minha cabeça seriamente.» Até hoje, ela não sabe como a polícia foi avisada; ela não se consegue lembrar de chamá-los. Mas a chamada de emergência foi registrada pela polícia. «A polícia não teve dúvidas de que estávamos morrendo de medo. Quando chegaram, um polícia disse: “Ninguém deveria sentir esse tipo de medo em sua própria casa. Posso levá-la a algum lugar seguro?» Eles foram levados para um abrigo nas proximidades. Seu marido foi denunciado à polícia e acusado de violência doméstica. Mas foi o Serviço de Proteção à Criança que o denunciou; não foi ela que fez isso. CÓDIGO PENAL NORUEGUÊS: DEVER DE EVITAR UMA OFENSA CRIMINAL A Secção 196 declara: “A pena de multa ou prisão por um período não superior a um ano será aplicada a qualquer pessoa que não relate ou procure evitar por outros meios um ato criminoso ou suas consequências no momento em que este ainda é possível e parece certo ou muito provável que o ato tenha sido ou venha a ser cometido.» ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– O dever de evitar aplica-se independentemente de qualquer dever de confidencialidade e aplica-se a atos criminosos, tais como: violência doméstica, incesto e abuso sexual de menores. Quando tomamos conhecimento de crimes repetidos, espera-se que crimes semelhantes sejam cometidos pelo autor no futuro. O conhecimento de tais crimes pode, portanto, ser coberto por esta lei. NÃO É SUFICIENTEMENTE GRAVE PARA DESASSOCIAR Quase dois anos se passaram antes que o homem fosse formalmente indiciado. As crianças foram entrevistadas por investigadores especiais sobre o que haviam sofrido e testemunhado. Paralelamente à investigação policial, um superintendente da filial escandinava das Testemunhas de Jeová é enviado para fazer uma investigação interna. É preciso determinar se o assunto é grave o suficiente para desassociar o homem. «Eu senti que este «investigador» TJ acreditou em nós, na nossa história. Ele passou por todos os casos arquivados, documentos, transcrições das entrevistas da polícia, tudo. A filial na Dinamarca também analisou a mesma documentação. Ainda assim, eles alegaram que não tinham o suficiente para fazer nada. Não é suficiente de acordo com a "regra das Duas Testemunhas"» «Mesmo se você e as crianças contassem a eles o que você passou? Vocês eram Testemunhas, seus testemunhos não valem nada?» "Não. Eu não entendo porque eles não puderam fazer nada.» «Então ele não foi desassociado?» «Não, ele não foi. No período anterior ao seu julgamento, tornou-se impossível permanecermos na congregação. Eles nos deram muito pouco apoio. Eu senti que eles não acreditavam em nós, enquanto ele estava autorizado a falar livremente. O tempo todo nos disseram: 'Se tudo isso for verdade, a verdade virá à luz eventualmente. Apenas fique forte, Deus nunca deixará isso ficar impune”.» A sede das Testemunhas de Jeová em Holbæk, na Dinamarca, se recusou a comentar sobre esse caso em particular. "Nós respeitamos o direito de um indivíduo de contar sua própria percepção de uma história, e não iremos comentar sobre isso", escreve o porta-voz Dag-Erik Kristoffersen em um email para Fædrelandsvennen. O homem foi indiciado no outono de 2015. No entanto, foi a mulher e seus filhos que tiveram que mudar para uma congregação diferente, a fim de evitar o contato. O homem permaneceu em sua antiga congregação. No interrogatório policial, o filho mais novo revelou que estava com medo de seu pai, e os Serviços de Proteção à Criança exigiram que ela procurasse a custódia exclusiva da criança. «Eles me disseram: "Você nunca deve deixá-lo ficar com o pai". Se eu o fizesse, eles teriam que procurar uma ordem de cuidados para mim também.» Teve que se afastar Na primavera de 2016, tanto o Serviço de Proteção de Menores quanto a polícia aconselharam-na a mudar-se para outra cidade. Família e amigos a apoiaram depois de romper com o marido. Eles forneceram moradia, roupas, mobília e outras ajudas depois que ela e as crianças foram forçadas a se mudar de sua cidade natal. O julgamento foi realizado no outono de 2016. No tribunal, ele alegou como "não culpado" de todas as acusações. Ele alegou que ela estava inventando tudo. Ele também alegou que ela foi diagnosticada com transtorno de identidade dissociativa, mas isso foi rejeitado pelo tribunal: "Para registro, o tribunal deseja declarar que tal diagnóstico não foi documentado." Seus relatórios médicos, tanto da sala de emergência quanto de seu médico particular, também foram apresentados no tribunal: "Foi espancada, mas não quer falar sobre isso. Seu rosto está inchado e há algumas pequenas manchas vermelhas em sua bochecha. Dor de cabeça e vómito." "Batido e pontapeada. Com medo que o feto fosse prejudicado. Durante o exame, há um inchaço no lado esquerdo do rosto, marcas de espancamento em seu pescoço." Do veredicto: "Esse tribunal não pode, sob nenhuma circunstância, encontrar base na evidência de que a vítima inventou alguma dessas histórias. Neste caso, o tribunal deve assumir, à luz das provas apresentadas, que o acusado tem pouca ou nenhuma credibilidade." Em novembro de 2016, o homem foi considerado culpado em todas as 18 acusações. Ele foi condenado a um ano e oito meses de prisão. No entanto, ele não foi desassociado das Testemunhas de Jeová. Isso acabou ocorrendo quando seu apelo final foi rejeitado pela Suprema Corte em março de 2017. Mas antes da decisão final de desassociá-lo, as Testemunhas de Jeová exigiram mais de suas vítimas. «As crianças e eu tivemos que apresentar uma declaração por escrito ao Corpo de Anciãos e à Comissão Judicativa. Tivemos que declarar que estávamos de acordo com o que dissemos em cada um das acusações pelas quais ele foi acusado e condenado. Como todos assinamos essa declaração, ela foi considerada uma espécie de caso de "duas testemunhas", pois todos nós confirmamos as histórias uns dos outros.» Quando Fædrelandsvennen confrontou os Anciãos da sua congregação com isto, eles não quiseram comentar, mas em vez disso nos remeteram ao porta-voz na Filial na Dinamarca. ARREPENDIMENTO Quando seu marido foi finalmente desassociado, ela acreditava que levaria muitos anos até que ele pudesse voltar para a igreja. Ela ansiava por espaço para respirar para si e para as crianças enquanto o homem cumpria sua sentença. De acordo com «Pastoreiem o Rebanho de Deus», um indivíduo que demonstra genuíno arrependimento e verdadeiro remorso por seus pecados, pode ser reintegrado nas Testemunhas de Jeová. «Um membro da comissão judicativa nos contatou. Perguntei-lhe: 'Desde que meu marido negue veementemente tudo, não é impossível que ele seja reintegrado?'. Como ele pode-se arrepender de algo que ele nega completamente?» diz a mulher. «Vamos ver o que acontece", eles disseram-me.» Ela está dolorosamente ciente de que o marido alega que ele é vítima de um erro judicial. O que ela não sabe é que ele recorreu da decisão de desassociá-lo. Em março de 2018, quando ainda estava na prisão, uma comissão judicativa decidiu readmiti-lo depois de obter a aprovação da filial na Dinamarca. O veredicto da Corte Distrital foi encaminhado ao advogado das Testemunhas de Jeová em Holbæk, Demark. Mas não houve ajuda a ser encontrada. «Eles não conseguem perceber o fato de que não são investigadores da polícia, psicólogos ou juízes. Quando o sistema judiciário norueguês o condenou, as Testemunhas de Jeová decidiram ignorar esse fato.» O «Manual de Anciãos» também afirma que tanto a admissão de pecados como um pedido de desculpas aos que sofreram são critérios para ser-se readmitido. De acordo, o Corpo de Anciãos deve realmente acreditar que o perpetrador está demonstrando genuíno arrependimento. «Duas semanas antes, ele foi readmitido, e novamente declarou que foi vítima de um erro de justiça. Ele também afirmou que eu sou louca e que tudo é culpa minha. Que tipo de arrependimento é esse?» pergunta a mulher. Para o seu filho mais novo, é difícil aceitar que o pai não admite seus crimes. «O meu filho diz-me: o papá acha que eu não estava lá? Ele acha que eu não me lembro?» Ela sente que seria mais fácil continuar com sua vida se a comissão judicativa das Testemunhas de Jeová tivesse acreditado nela. Ou se eles pudessem explicar porque ele foi readmitido. «Parece que as mulheres e as crianças são sempre a parte perdedora. Eu acho que se eles tivessem levado em consideração a nossa situação, eles o teriam desassociado até que nos tivéssemos reerguido novamente. Isto é sobre abuso grave e grosseiro, e se eles tivessem acreditado em nós, teriam agido de forma diferente.» Um dos Anciãos que readmitiu o homem, é o mesmo ancião que primeiro foi informado sobre o abuso quando as crianças procuraram ajuda. «É quase inacreditável», diz a mulher. «As crianças foram até ele pedir ajuda, e agora, a última coisa que ouvi é que o mesmo homem estava na frente da congregação e a informou sobre a notícia "feliz" de que o homem condenado por violência doméstica foi readmitido.» ESPERANDO PELA MUDANÇA NA IGREJA Mesmo que ela ainda seja uma Testemunha de Jeová e queira continuar sendo uma, ela agora acha difícil comparecer às reuniões. Ela perdeu muita confiança nos Anciãos e nas comissões judicativas. Por um lado, ela acha que eles poderiam ter evitado o último número de anos de abuso se tivessem relatado o caso à polícia ou ao Serviço de Proteção à Criança. «Se eles tivessem considerado seu dever de avisar, dois anos de violência poderiam ter sido evitados. Se os Anciãos tivessem ouvido meu filho pela segunda vez em que ele pediu ajuda em 2013, o último episódio grave poderia ter sido evitado. Meu ouvido ficou gravemente ferido por causa dessa surra, ainda estou precisando de um aparelho auditivo. E meus filhos não teriam que testemunhar a violência, eles ainda estão lutando com isso. Tanto poderia ter sido evitado.» Ela não tem nada contra a própria igreja. No entanto, ela contribui para o artigo de Fædrelandsvennens. Seu motivo mais importante é a esperança de que a mudança de procedimentos internos, diretrizes e atitudes em sua igreja possa ser possível. De dentro. «A forma como lidaram com o nosso caso mostra que obviamente as mulheres e crianças não são acreditadas pelos Anciãos da nossa igreja. Nós deveríamos ter sido.» AFIRMAÇÕES DE QUE FOI ERRADAMENTE CONDENADO O condenado sempre alegou que é inocente dos crimes pelos quais foi condenado. «Está correto. O meu cliente deixa bem claro que é vítima de uma condenação injusta» escreve o advogado de defesa do homem, Brynjar Meling, num email para Fædrelandsvennen. Meling continua: «Ele não entende porque seu apelo não foi aprovado, pois lhe foi negada a oportunidade de apresentar provas que ele considera cruciais para avaliar a questão da culpa. Entre outras coisas, a parte lesada tem vários diagnósticos que ele acha que podem ter influenciado seu senso de realidade. A ele também foi negado testemunhas que poderiam ter confirmado isso.» A mais algumas mais de Fædrelandsvennen, Meling responde da seguinte forma: P: «Existem algumas das acusações a que ele realmente foi condenado, que agora ele vai admitir? Se sim, quais?» R: «O meu cliente manteve a sua história, tanto quando testemunhou em tribunal como como o que disse durante o tratamento.» P: «Ele admitiu algumas das acusações à comissão judicativa das Testemunhas de Jeová, que ele não admitiu no tribunal?» R: «Não, mas houve um foco diferente em certas questões», responde o Sr. Meling. HISTÓRIA #2 – ABORTO FALTA DE «ARREPENDIMENTO GENUÍNO» Ela, uma mulher pertencente a uma congregação no sul da Noruega, já tinha três filhos com o marido. Entre os dois últimos, havia apenas nove meses. Além disso, ela sofria de depressão pós-parto grave. «E depois fizemos de novo. Fiquei grávida. O mais novo ainda era um bebé.» Foi um choque para ambos. Seu marido temia por sua condição mental e como eles poderiam cuidar dos três filhos que já tinham. «Não me lembro de quase nada. Por causa da depressão pós-parto, tudo era 'escuro'. Mas fomos ao hospital no mesmo dia.» Eles lhe deram uma pílula. Ela foi para casa e lá ela abortou. Ela mal se lembra de ter ficado deitada na cama por dias. «Estava escuro, muito escuro. É difícil para nós olharmos para trás, mas não tivemos uma escolha real.» O aborto é considerado um pecado na maioria das igrejas cristãs e nas Testemunhas de Jeová. E depois de moer as suas consciências, o marido decidiu admitir a um dos anciãos da congregação o que haviam feito. Uma comissão judicativa foi formada. Seu caso deveria ser discutido por três homens designados. «O ponto principal de uma comissão judicativa é que eles determinem se você demonstra arrependimento genuíno. E nós realmente não o fizemos.» Foi o marido dela quem falou perante a comissão judicativa. Ele lhes disse que haviam tomado a decisão em consideração pelas outras crianças. A verdadeira escolha deles era tirá-la da depressão ou ter outro bebé. Ela se lembra muito pouco desta reunião, mas o marido lhe disse depois que ele rapidamente percebeu que eles não estavam demonstrando arrependimento genuíno. «O meu marido finalmente percebeu que tinha que alinhar e dizer-lhes o que queriam ouvir. Se não, teríamos sido desassociados.» «Então, mostrando arrependimento, jogando o jogo deles, você evitou ser desassociado?» «Sim, isso é como evitar ser desassociado, você sabe as coisas certas a dizer.» Se um indivíduo for desassociado, todo o contato com a família e amigos ainda na igreja será cortado imediatamente. «Desassociar com as suas consequências, é mais do que um humano pode suportar. As circunstâncias de alguém podem ficar completamente desesperadas. É por isso que alguém pode acabar dizendo qualquer coisa que você ache que a comissão judicativa quer ouvir, apenas para evitar ser desassociado.» A Comissão Judicativa chegou à decisão de que eles haviam demonstrado arrependimento genuíno. Eles evitaram desassociar. «As comissões judicativas têm todo esse poder, não é saudável possuir tal poder.» Tanto esta mulher como o marido ainda são membros das TJ. Mas eles sentem que se tornou mais difícil separar a fé do sistema. «Gostaria de poder manter a minha fé sem sentir que não vale nada se não estiver nesse sistema. Sem esse sistema, minha fé não significa nada de acordo com eles.» Fædrelandsvennen tentou repetidamente entrar em contato com os Anciãos da congregação em questão aqui. Queríamos falar com aqueles que estavam na comissão judicativa para obter o comentário deles. Depois de várias tentativas para alcançá-las por telefone e por mensagens de texto, não obtivemos êxito. HISTÓRIA #3 – SEXO FORA DO CASAMENTO «PORNEIA» "Na verdade, eu mesmo me "salvei". Mas em uma viagem junto com outras Testemunhas de Jeová, aconteceu de qualquer maneira, diz uma mulher adulta em uma congregação no sul da Noruega.» Ela fez sexo antes do casamento, uma coisa que é considerada um grave pecado dentro das Testemunhas de Jeová. Toda conduta sexual entre homem e mulher deve ocorrer dentro da estrutura de um casamento. Antes do casamento, é considerado "porneia" e pode levar à desassociação. «Eu estava desesperada. Eu sabia que tinha feito algo errado. E então eu fui estúpida o suficiente para confiar em outra mulher em minha congregação.» Esta mulher não teve a consciência de guardar o segredo. Ela disse ao pecador para dizer aos Anciãos o que ela tinha feito, ou então ela teria que dizer a eles. «Então fui coagida a dizer-lhes. E esse é um dos princípios das Testemunhas de Jeová, que se você tiver conhecimento de algo assim, você quer que a pessoa conte diretamente aos Anciãos, ou você tem que dizer a eles. Denúncia." A comissão judicativa é composta por três anciãos. Todos os homens. Muitas das ações discutidas pelas comissões judicativas são de natureza sexual. «Pastoreiem o Rebanho de Deus» deixa claro que o sexo fora do âmbito do casamento, é um pecado grave. O sexo no âmbito do casamento também pode ser um pecado, nos casos em que a comissão judicativa considera que uma pessoa não estava livre para se casar pela segunda vez. «Quando você se encontra diante de uma comissão judicativa, eles perguntam onde, quantas vezes e que tipo de sexo você teve. Não é da conta deles bisbilhotarem.» "O pecador" tem que se encontrar diante da comissão judicativa sem um advogado ou defensor. «Você se sente tão podre e pequena. Sozinha contra três homens e para falar sobre essas coisas. Eles não apenas rotulam você como uma prostituta, mas, além disso, tentam descobrir os detalhes. É muito nojento.» A comissão judicativa concluiu que a repreensão era a ação correta, já que esta foi sua primeira ofensa. Ela evitou a desassociação. Mas do púlpito no Salão do Reino, eles lêem o nome dela e informam que ela recebeu uma repreensão. Eles não disseram o porquê. «Ouvi um suspiro passar pelo corredor, todos olharam para mim, perguntando-me o que tinha feito.» NÃO ARREPENDIDA O BASTANTE Alguns anos depois, ela cometeu mais "pecados". Várias vezes agora. E desta vez, ela mesma se aproximou dos Anciãos em sua congregação. «Senti-me mal por viver o que eles chamam de vida dupla. Eu tinha um namorado que não era batizado como Testemunha de Jeová e sabia que isso não estava de acordo com os padrões deles. Nós tivemos um relacionamento íntimo.» Ela não queria se encontrar diante de uma comissão judicativa e descrever sua vida amorosa em detalhes. Ela estava cansada e desgastada. Ela não foi às reuniões congregacionais, nem queria ser ativa para Jeová de outras formas. «Eles sabiam o quão difícil foi o tempo que tive. Ainda assim, eles escolheram vir atrás de mim. Eu não atendi o telefone quando eles ligaram. De repente, um dos Anciãos parou na minha porta.» Ele disse que queria reunir-se com ela. «Eu entrei em pânico porque eles estavam vindo atrás de mim assim. Foi muito desagradável.» No final, ela não aguentou mais a pressão. Ela pediu que uma comissão judicativa fosse formada para encerrar o processo. «Eu disse que eles também poderiam me desassociar. Eu não pude viver de acordo com seus padrões e fazer o que uma Testemunha de Jeová deveria fazer, como era o caso na época. Eu estava completamente desgastada.» Mesmo que ela mesma tenha feito o contato e se arrependido, eles não acreditaram nela. A comissão judicativa concluiu que não havia remorso sincero e arrependimento genuíno suficiente neste caso. Ela foi desassociada. «A única razão para uma comissão judicativa o desassociar é a falta de remorso e arrependimento. Essas são as palavras que eles usam. Remorso e arrependimento.» «SENTE-SE COMO UMA PENA DE MORTE» Demorou um mês inteiro desde a conclusão da comissão judicativa até que eles anunciassem publicamente a decisão. «Foi muito difícil esperar. Então, eu disse aos meus amigos sobre isso. Sente-se como uma pena de morte.» Ela usa uma expressão dura. Mas ela realmente revela que é como se sente quando você não é mais uma Testemunha de Jeová. «Quando você é ostracizado, não há esperança. Jeová não está lá, não posso receber as bênçãos. E o que acontece comigo quando o Armagedom vier sobre nós? É assim que eles pensam e ensinam nas Testemunhas de Jeová.» Fædrelandsvennen não conseguiu obter um comentário dos Anciãos que lidaram com o caso desta mulher. Nós tentamos várias vezes. ENSINAMENTOS DAS TJ SOBRE O ARMAGEDOM Essa “guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso” também é chamada de “dia de Jeová”. Aqueles julgados adversamente por Cristo serão destruídos. Isso incluirá a destruição do sistema político mundial, retratado na Bíblia por uma fera selvagem de sete cabeças. Fonte: JW.org DESASSOCIADA Apesar de toda a sua família viver na mesma cidadezinha, ela não pode mais ter contato normal com eles. Sua sobrinha nasceu há um ano e nunca a viu. Já são dois anos desde que ela foi ostracizada. Ela acha que as comissões judicativas vão longe demais. «O que eu fiz, falando em termos bíblicos, é causar dano a mim mesmo. Não tem nada a ver com falta de fé ou amor em Jeová. Mas o que eles dizem é que, ao violar um princípio bíblico, eu não tinha valorizado bastante a Jeová.» E isso é para as comissões judicativas decidirem. «Eu sinto-me muito amarga quanto a isso. Eles me colocaram de lado, assim como teriam feito se eu tivesse matado alguém, para ser franca. Isso é muito duro.» HISTÓRIA #4 DIVORCIADA APÓS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL Uma das mulheres cuja história é conhecida por Fædrelandsvennen, era ativa em uma congregação das Testemunhas de Jeová no condado de Vest-Agder, no sul da Noruega. Ela contatou o Corpo de Anciãos em sua congregação e disse a eles que seu marido abusou sexualmente dela. Esses avisos também foram feitos por escrito. Ela também denunciou o homem à polícia. O caso acabou por ser ignorado por falta de provas. Fædrelandsvennen entrou em contato com o ex-marido agora divorciado. Ele não quer dar nenhum comentário a este artigo. "NÃO ESTÁ LIVRE PARA CASAR" Os Anciãos pediram à mulher que perdoasse o marido. Quando ela pediu o divórcio, eles deixaram claro que ela não estava livre dele, pois estavam unidos por Jeová. Ela não estava livre para estabelecer um novo relacionamento. Algum tempo depois, a mulher conheceu um novo homem e se casou fora de sua congregação. Os Anciãos estabeleceram uma comissão judicativa e desassociaram a mulher. "[NN] (nome da mulher) não é mais um membro da Congregação Cristã das Testemunhas de Jeová", leu-se numa mensagem aos altifalantes do Salão do Reino. O que se segue a essa mensagem é o isolamento total. Nem mesmo seus próprios filhos podem ter contato com a mãe depois que essa mensagem foi anunciada. Desde então, a mulher estava em tratamento no hospital público Sørlandet Sykehus por angústia e depressão, após um trauma grave. O isolamento total de amigos e familiares é mais do que a maioria das pessoas pode aceitar. Seu novo marido explica que a mulher não pode dar uma entrevista sozinha, pois poderia tornar sua situação ainda mais difícil. Ele mesmo foi criado em uma família de Testemunhas de Jeová, mas nunca foi batizado. Aqueles que não são batizados, não podem ser ostracizados e isolados da mesma forma que os membros batizados podem, uma vez que tenham problemas com os anciãos. "UM SISTEMA DE TRIBUNAL PARALELO" «Para nós, o pior foi a sensação de não ter sido levado a sério. Minha esposa foi refém de subtilezas teológicas» diz seu novo marido. «Você pode explicar?» «Aquilo com que estamos a lidar é um sistema judicial paralelo. Neste sistema, apenas homens podem ser juízes. E eles não estão qualificados para o trabalho. As vozes das mulheres contam menos que a voz de um homem.» «Como tem sido o contato com as TJ nesses últimos anos?» «Foi terrível quando eles quiseram desassociá-la. Eles exigiram falar com ela. Eles exigiram que ela terminasse comigo, enquanto ela estava doente e sendo tratada no hospital. Eles ignoraram as mensagens do pessoal de saúde qualificado», diz ele. Por respeito à sua situação, a mulher e o marido permanecem anónimos neste artigo. Fædrelandsvennen entrou em contato com o Corpo de Anciãos que desassociou a mulher sobre a qual estamos escrevendo. Eles não vão dar uma entrevista. Mas eles nos enviaram o seguinte por SMS: «Olá! Não temos comentários sobre a história que você deseja esclarecer. Você pode ler em jw.org como estamos lidando com questões como essa. Além disso, você pode falar com a nossa filial em Holbæk.» ALCANCE ABRANGENTE A orientação que os Anciãos recebem no livro intitulado «Pastoreiem o Rebanho de Deus» é muito clara. Sob a manchete «Processos legais entre irmãos», a carta de Paulo aos Coríntios é usada para deixar claro que, como regra principal, as Testemunhas de Jeová não devem usar o sistema de tribunais públicos “mundanos”. Essa proibição tem um amplo alcance. Ele se estende para a esfera de negócios também: «Não há diferença entre processar irmãos individuais e processar uma empresa cujos proprietários são todos Testemunhas de Jeová. Seria uma violação do espírito de 1 Coríntios 6:1-8 recorrer aos tribunais para resolver desacordos comerciais entre empresas cujos proprietários são todos irmãos.» O aviso é sublinhado pelas seguintes palavras: «Se uma pessoa ignorar o que a Palavra de Deus diz nesse respeito, isso poderá afetar seus privilégios na congregação». As fontes de Fædrelandsvennen têm medo de serem ostracizadas e, assim, perder o contato com amigos e com suas próprias famílias. SEM TEMPO PARA UMA ENTREVISTA Durante um longo período de tempo, Fædrelandsvennen tentou obter uma entrevista com o escritório da filial das TJ para a Escandinávia sobre a prática das comissões judicativas. A filial em Holbæk é a entidade que conecta a sede mundial em Warwick, Nova York, com as congregações em toda a Escandinávia. O porta-voz norueguês Dag-Erik Kristoffersen recusou o pedido de entrevista. Ele recebeu informações sobre os casos específicos deste artigo e sabe que Fædrelandsvennen está escrevendo sobre o "Manual do Ancião", "Pastoreiem o Rebanho de Deus". A única resposta de Kristoffersen é um email e seus comentários não são sobre os casos específicos: «Não desejamos gastar tempo em uma entrevista, uma vez que as questões que você levanta são sobre questões fundamentais. Tudo é explicado de forma muito clara em nosso livro interno, ao qual você se refere, assim como em revistas como a Sentinela. Isso não é algo secreto, algo novo ou desconhecido. As Testemunhas de Jeová são uma igreja cristã e temos algumas diretrizes bíblicas claras sobre como se comportar para desfrutar e fazer parte da vida na congregação. Se alguém cometer pecados graves contra o código moral da Bíblia, uma comissão judicativa deve determinar se essa pessoa pode continuar sendo parte da congregação. O livro que você tem, explica como funciona uma comissão judicativa e os princípios bíblicos que devem ser seguidos por eles. Se houver disputas pessoais, por exemplo financeiras, os Anciãos da congregação tentarão ajudar as partes a entrar com algum acordo. Em casos de roubo ou fraude, uma comissão judicativa será formada. Esse também é o caso quando é necessário desassociar um membro da congregação. Uma decisão de uma comissão judicativa pode ser apelada, e o caso será julgado perante outra comissão judicativa. É tão simples assim, e não temos mais nada a dizer sobre esse assunto.» Artigo original: https://www.fvn.no/nyheter/norgeogverden/i/P3QWGX/A-Parallel-Court-System-Jehovahs-Witnesses-Judicial-Committees Ler também: • "O Ancião" https://www.desperta.net/notiacutecias/o-anciao • "Os Envelopes Azuis" https://www.desperta.net/notiacutecias/os-envelopes-azuis
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