A revista A Sentinela que foi estudada este fim-de-semana transmite a mensagem de que as Testemunhas de Jeová podem "confiar sempre na organização de Jeová" e, ao longo de 17 parágrafos, tem como objectivo "conseguir discernir a diferença entre as verdades que aprendemos de Jeová e as mentiras de Satanás e dos nossos opositores". Como é de calcular, o Corpo Governante mantém a postura habitual de incutir o medo nas pessoas, tentando ao máximo que seja evitado o acesso a informação e conteúdos que possam colocar em causa a confiança na Organização e seus líderes. Mais uma vez, traçam paralelos com exemplos bíblicos do passado, tentando fazer crer que o Corpo Governante e a organização religiosa que lideram está ao mesmo nível que Moisés ou que os apóstolos do primeiro século. Vou deixar aqui apenas algumas citações da Sentinela e com comentários meus sobre a aplicação do que é dito, tendo em conta tudo aquilo que se sabe sobre a Torre de Vigia e seus líderes. Coloco a negrito nos parágrafos citados o que quero destacar e comentar em especial. 9 Pensarmos em como Jeová é superior a nós vai ajudar-nos a continuarmos humildes. (Sal. 8:3, 4) Também podemos orar a pedir para que Jeová nos ajude a sermos humildes e a sermos o tipo de pessoa que aceita ser ensinada. Jeová partilha os seus pensamentos por meio da Bíblia e da organização. Ele ajuda-nos a darmos mais valor aos seus pensamentos do que aos nossos. Quando ler a Bíblia, tente ver como Jeová ama a humildade e como ele odeia o orgulho e a arrogância. E, caso receba um privilégio que lhe dê alguma autoridade ou destaque, faça um esforço sincero para continuar humilde. Aqui encontramos mais uma vez a Organização a colocar-se como “porta-voz” de Deus e, na prática, como seu actual profeta. Mas é esta mesma organização que afirma que o seu Corpo Governante “não recebe revelações da parte de Deus nem é perfeito. Por isso, ele pode cometer erros aos explicar assuntos da Bíblia ou ao dar orientações”. – w17 fevereiro pág. 26-27 Então como ficamos? Como Jeová partilha os seus pensamentos a alguém a quem Ele não dá revelações? Se a Sentinela dissesse apenas que Jeová partilha os seus pensamentos por meio da Bíblia não seria o correcto? Para quê acrescentar a organização? A frase poderia ser algo do estilo: Jeová partilha os seus pensamentos por meio da Bíblia e a organização procura entender e interpretar tais pensamentos por meio de muito estudo e oração. Porque não fazem isto apenas? Para não abrir a mínima brecha à dúvida! Se o fizesse estavam a admitir que eles apenas procuram interpretar a Bíblia, assim como todas as outras religiões. Mas eles precisam de aparentar ter o selo de garantia dado por Deus para a sua actividade religiosa e total autoridade sobre os membros e congregações. Tais frases são colocadas com essa intenção e para não permitir quaisquer divergências de opinião sobre assuntos bíblicos. Afinal, eles apenas nos ajudam a conhecer os pensamentos de Deus, que apenas ELES conseguem interpretar com a ajuda de Deus. 10 Confie na organização de Jeová. No passado, Jeová usou Moisés e, depois, Josué para orientar o Seu povo. (Jos. 1:16, 17) Os israelitas eram abençoados quando os reconheciam como representantes de Jeová. Centenas de anos depois, quando a congregação cristã foi formada, eram os 12 apóstolos que orientavam o povo de Deus. (Atos 8:14, 15) Mais tarde, esse grupo aumentou e incluiu outros anciãos em Jerusalém. Por seguirem as orientações que recebiam desses homens fiéis, “as congregações eram fortalecidas na fé e cresciam a cada dia”. (Atos 16:4, 5) Atualmente, nós também somos muito abençoados quando seguimos as orientações da organização de Jeová. Mas como é que acha que Jeová se sentiria se não aceitássemos aqueles que ele escolheu para tomarem a dianteira? Podemos responder a essa pergunta por ver o que aconteceu quando os israelitas estavam a caminho da Terra Prometida. Aqui está, mais uma vez, a criação de uma relação intencional entre profetas e homens de Deus no passado, incluindo os apóstolos, e a organização Torre de Vigia. Esquecem-se de mencionar que tais homens foram designados por Deus de forma clara e explícita, até mesmo com milagres que apoiaram tal designação. Quer Moisés, Josué e os apóstolos tiveram as suas responsabilidades validadas por meio do poder de Deus, tendo testemunhas que comprovaram tais designações. Será que o mesmo aconteceu com esta organização e seu Corpo Governante? Não! Acreditar que a organização e seus líderes foram designados por Deus para guiar os verdadeiros cristãos na terra, é como acreditar que qualquer outro líder ou líderes de outras organizações religiosas o foram. Daí que os católicos acreditam que o Papa é o “vigário de Cristo na terra”, sendo o sucessor do apóstolo Pedro, a quem as “chaves do Reino dos Céus” foram entregues por Jesus. É o mesmo que os vulgarmente conhecidos “mórmons”, acreditarem que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e seus líderes são os actuais representantes da Igreja verdadeira de Jesus Cristo na terra. E poderia continuar a dar mais exemplos. Nem estas instituições têm quaisquer provas do que alegam e nem a organização Torre de Vigia as tem. A suposta benção que a Organização afirma possuir, por estar espalhada por toda a terra, ter milhões de membros e possuir um verdadeiro império gráfico e imobiliário, pode ser dito sobre outras organizações com tantos ou maiores exemplos de alegadas bençãos divinas. Na realidade, tais organizações funcionam como verdadeiras corporações empresariais e com negócios verdadeiramente multi-milionários. Isso nada prova sobre uma suposta benção divina. Ou então Deus está a abençoar todos ao mesmo tempo, ao invés dos membros individuais que podem estar a passar por dificuldades financeiras e vidas até mesmo miseráveis. Um deus muito parcial este! 11 Quando os israelitas estavam a caminho da Terra Prometida, alguns homens de destaque desafiaram Moisés e a designação que Jeová lhe tinha dado. Eles disseram: “Toda a assembleia [não só Moisés] é santa, todos eles, e Jeová está no seu meio.” (Núm. 16:1-3) Embora fosse verdade que ‘toda a nação’ era santa para Jeová, ele tinha escolhido Moisés para exercer a liderança. (Núm. 16:28) Na realidade, ao criticarem Moisés, aqueles rebeldes estavam a criticar Jeová. Eles não se concentraram no que Jeová queria, eles concentraram-se no que eles queriam: mais poder e destaque. Milhares de israelitas concordaram com eles, mas Jeová destruiu todos os rebeldes. (Núm. 16:30-35, 41, 49) Hoje, da mesma forma, Jeová não aprova aqueles que desrespeitam as orientações da sua organização. Neste parágrafo a organização continua a insistir no ponto mencionado acima, não provando nada com o argumento. Quando os opositores de Moisés lhe fizeram frente, como Deus mostrou o Seu desagrado e reforçou a posição designada de Moisés? Executou TODOS os opositores NA HORA! Ele mostrou mais uma vez que o papel que Moisés estava a desempenhar era divino. Tinha sido realmente dado por Deus e não era uma posição promovida pelo próprio. Como o próprio texto diz: “Isso servia de recordação para os israelitas de que nenhuma pessoa não autorizada, que não fosse da descendência de Arão, se devia aproximar para queimar incenso perante Jeová, e de que ninguém se devia tornar igual a Corá e aos que o apoiavam.” – Números 16:40 12 Nós podemos confiar sempre na organização de Jeová. Às vezes, surge a necessidade de fazer um ajuste no entendimento de alguma verdade bíblica ou na forma como a nossa obra é organizada. Aqueles que tomam a dianteira não hesitam em fazer as mudanças necessárias. (Pro. 4:18) Eles fazem isso porque, acima de tudo, querem agradar a Jeová. Eles também dão o seu melhor para basearem todas as decisões que tomam na Palavra de Deus, e isso é algo que todos os servos de Jeová devem fazer.
Não, não podem! Milhões de pessoas ao longo de dezenas de anos são testemunhas oculares da decepção que esta organização tem promovido! Não é de admirar que num vídeo recente, promovido pelo JW Broadcasting de Agosto, seja dramatizada a decepção de uma esposa na casa dos 40, quando o marido lhe pede para se mudarem novamente de congregação e território. Ela recusa prontamente e afirma desanimada: “Nós sempre fizemos aquilo que Jeová nos pediu. Mas sinceramente nunca pensei que o sistema durasse tanto tempo. Nós fizemos as escolhas certas, mas temos tão pouco dinheiro! E não só! Hoje na reunião, quando peguei no Tuani eu dei por mim a pensar que… se tivessemos feito escolhas diferentes… se calhar agora eramos pais!” Estas palavras merecem obviamente uma análise. Quando afirma que sempre fizeram o que Jeová pediu, o que ela quer exactamente dizer com isso? Será que Jeová lhes pediu directamente algo? Não! Então quem pediu? A organização religiosa a que pertencem e que lhes prometeu o paraíso na terra… num curto espaço de tempo! Foi essa mesma organização que lhes disse que o fim era eminente e para quê investir numa carreira neste mundo a terminar, quando apenas mais um pouco e teriam a possibilidade de viver para sempre num lar paradisíaco. As decisões que implicaram na actual situação financeira foram feitas tendo esse alvo em vista! Como ela própria admite, também “se tivéssemos feito escolhas diferentes… se calhar agora éramos pais!”. Não foi Jeová que lhes pediu para adiarem essa decisão! Foi a organização e seu Corpo Governante! Eles são os culpados dessa situação financeira e familiar. Milhares de casais vivem estas mesmas circunstâncias desafiadoras! Será que eles também podem dizer que se pode “confiar sempre na organização de Jeová”? Não, não podem se forem honestos consigos mesmos. Outro aspecto a destacar no parágrafo é esta frase: “Aqueles que tomam a dianteira não hesitam em fazer as mudanças necessárias. (Pro. 4:18) Eles fazem isso porque, acima de tudo, querem agradar a Jeová. Eles também dão o seu melhor para basearem todas as decisões que tomam na Palavra de Deus.” Será que é mesmo assim? Será que as mudanças são feitas sem hesitação e para agradar a Jeová, baseadas na Sua Palavra? Vejamos o que escreveu Raymond Franz, no seu livro “Crise de Consciência” sobre o serviço militar alternativo ou serviço cívico. Este exemplo ilustra bem como a organização realmente hesita em fazer as mudanças necessárias, mesmo quando os seus líderes entendem que tais mudanças deveriam ocorrer: “Serviço alternativo” representa o serviço civil oferecido pelo governo como uma alternativa para aqueles que têm objeções de consciência à participação no serviço militar. Um bom número de países esclarecidos oferece esta alternativa a tais pessoas entre seus cidadãos.” “A posição oficial da Sociedade Torre de Vigia, desenvolvida durante a 2ª Guerra Mundial, é que se alguém das Testemunhas de Jeová aceita esse serviço alternativo, ele “transige”, viola sua integridade para com Deus.” […] “Durante anos, em obediência a esta norma, literalmente milhares de Testemunhas de Jeová, em diferentes países ao redor do mundo, foram para a prisão em vez de aceitar as provisões de serviço alternativo. Muitas Testemunhas foram para a prisão por este motivo. Deixar de aderir à norma da Sociedade significaria serem vistos automaticamente como “dissociados” e tratados do mesmo modo como se fossem desassociados.” “Em novembro de 1977, uma carta de uma Testemunha na Bélgica questionava o raciocínio sobre o qual se apoiava esta norma. Isto levou à consideração do problema pelo Corpo Governante, primeiro em 28 de janeiro de 1978, depois em 1º de março e, novamente, em 26 de setembro, 11 de outubro, 18 de outubro e 15 de novembro. Foi feita uma pesquisa mundial e receberam-se cartas dos cerca de noventa escritórios de filiais. Um número considerável indicava que as Testemunhas em seus respectivos países tinham dificuldade de ver qualquer base bíblica existente para a posição adotada. Considere o que aconteceu no Corpo Governante. Na reunião de 11 de outubro de 1978, dos treze membros presentes, nove votaram a favor de mudar-se a norma tradicional de modo que a decisão de aceitar ou rejeitar o serviço alternativo seria deixado a cargo da consciência do indivíduo, mas quatro votaram contra. Resultado? Visto que havia então dezesseis membros no Corpo e nove não representavam dois terços de dezesseis, não se fez nenhuma mudança. Em 15 de novembro, todos os dezesseis membros estavam presentes e onze votaram a favor da mudança da norma, de modo que a Testemunha que se sentisse conscienciosamente em condições de aceitar tal serviço, não seria automaticamente classificada como infiel a Deus e dissociada da congregação. Isto representava uma maioria de dois terços. Realizou-se a mudança? Não, pois depois de um breve intervalo, um dos membros do Corpo Governante anunciou que tinha mudado de idéia. Isso acabou com a maioria de dois terços. Feita uma votação subseqüente, com quinze membros presentes, houve nove a favor da mudança, cinco contra e uma abstenção. Apesar de, em todas estas votações, uma clara maioria do Corpo Governante favorecer a revogação da norma existente, essa norma continuou em vigor e, em conseqüencia disso, ainda se esperava que varões Testemunhas corressem o risco de ser presos em vez de aceitar serviço alternativo — apesar de achá-lo conscienciosamente apropriado aos olhos de Deus. Embora pareça incrível, esta foi a posição adotada, e a maioria dos membros do Corpo pareceu aceitá-la, tudo como se não houvesse nada com que se perturbar. Estavam, afinal de contas, simplesmente seguindo as regras em vigor.” Tendo esta informação em mente, quando é que a organização finalmente mudou o ensino sobre o serviço cívico? Apenas no ano de 1996, no artigo “Pagamos a César as coisas de César”. Neste artigo, a organização religiosa deixou à consciência de cada jovem Testemunha de Jeová realizar ou não o serviço militar alternativo. Isto significa que a Organização levou 18 anos a mudar um ensino que claramente já se tinha percebido não ter base bíblica que o sustentasse. Quantos jovens foram a tribunal e tiveram que pagar milhares de euros a advogados por causa desta proibição? Quantos foram presos, torturados ou mesmo mortos devido a uma proibição que nem mesmo eles entendiam a lógica? Eu próprio cheguei a assistir a julgamentos em Portugal de jovens pouco mais velhos que eu, por recusarem este serviço alternativo. Tudo em vão! Leia a posição actual da Organização sobre este assunto neste documento no seu site. Note os termos elogiosos que faz ao serviço cívico, sem nunca mencionar que anteriormente recusava categoricamente tal serviço como errado aos olhos de Deus. Só este exemplo mostra que os líderes da Organização hesitam sim em fazer mudanças e, muitas vezes, estas só acontecem porque a Organização tem algo a ganhar ou a perder. Veja-se a mudança das publicações pagas para gratuitas, a mudança da “geração que não passará” nos anos 90, etc. Tais mudanças ocorrem não porque “querem agradar a Jeová”, mas sim porque a isso são obrigados pelas forças das circunstâncias. Veja-se recentemente as mudanças com respeito ao relatório, roupa a usar nas reuniões, cumprimentar-se os desassociados ou dissociados nas reuniões e a permissão do uso da barba. Tais mudanças actuais e as que vêm por aí são claramente um esforço de modernização, de modo a cativar a geração mais nova e que não tem o mesmo espírito de sacrifício da geração anterior. Tais mudanças mostram claramente que as decisões da Organização não se baseiam na “Palavra de Deus”, mas sim, naquilo que é melhor para a entidade religiosa naquele momento. São na sua maioria, mudanças estratégicas, à semelhança do que acontece com empresas comerciais que se deparam com situações que podem colocar em risco a sua permanência no mercado. 14 O que é que poderia acontecer se nos afastássemos do “padrão de palavras sadias”? Veja um exemplo. No primeiro século, alguns cristãos espalharam histórias falsas de que o dia de Jeová já tinha chegado. Eles talvez tenham recebido uma carta, supostamente escrita pelo apóstolo Paulo, que dizia isso. Sem verificar os factos, alguns cristãos em Tessalónica acreditaram nessas histórias e começaram a falar sobre isso com outros. Se eles se tivessem lembrado do que Paulo tinha ensinado, eles não se deixariam enganar. (2 Tes. 2:1-5) Paulo tinha-lhes dito para não acreditarem em tudo o que ouvissem. Para ajudá-los em situações futuras, quando concluiu a sua segunda carta aos tessalonicenses, Paulo disse: “Aqui está a minha saudação, a de Paulo, pela minha própria mão, o que é um sinal em todas as cartas; é assim que eu escrevo.” — 2 Tes. 3:17. É irónico que uma organização que tem profetizado falsamente a “presença” de Cristo como rei nos Céus e a vinda do Armagedom em várias datas, use exactamente a história falsa mencionada por Paulo, de alguns cristãos que fizeram algo semelhante. Não é a organização Torre de Vigia igualmente culpada de ter espalhado “histórias” falsas e ter feito com que milhões de pessoas começassem a falar sobre isso com outros? É mesmo muito irónico! 15 O que podemos aprender com aquilo que Paulo disse aos tessalonicenses? Quando ouvimos alguma história chocante ou alguma coisa que não está em harmonia com o que aprendemos na Bíblia, temos de ter cuidado. Na antiga União Soviética, os nossos inimigos entregaram uma carta aos irmãos que, aparentemente, vinha da sede mundial. Essa carta incentivava alguns irmãos a formar uma organização independente. A carta realmente parecia ser autêntica, mas os irmãos que eram fiéis não se deixaram enganar. Eles perceberam que a carta não estava de acordo com aquilo que tinham aprendido. Hoje, da mesma forma, aqueles que odeiam a verdade podem usar tecnologias modernas, tais como a Internet e as redes sociais, para tentar confundir-nos e dividir-nos. Em vez de ‘perdermos facilmente o bom senso’, podemos proteger-nos por pensar com cuidado e discernir se o que ouvimos ou lemos está em harmonia com as verdades que já aprendemos. — 2 Tes. 2:2; 1 João 4:1. A sério que não arranjam exemplos mais recentes de alegadas falsas histórias sobre a Organização? É preciso ir ao tempo da URSS para mencionar um exemplo desses? Que dizer de mencionarem algumas das “histórias falsas” mais actuais, como por exemplo:
Sabem porque tais “histórias falsas” não são mencionadas? Simplesmente porque não são histórias e muito menos falsas. São factos que qualquer Testemunha de Jeová, com um pouco de pesquisa em fontes credíveis e isentas pode encontrar. Mencionar tais “histórias” actuais num artigo de Sentinela despertaria a curiosidade das Testemunhas de Jeová, pois muitas desconhecem tais assuntos, devido ao controlo de informação e medo incutidos em suas mentes pela Organização. Então vai-se buscar uma “história” do passado que ninguém pode validar, para dar um exemplo aparentemente impressionante sobre os que “odeiam a verdade”. Algo que se nota no final do parágrafo é que a Organização já não tem ilusões com respeito às Testemunhas de Jeová lerem ou ouvirem algo que possa confundir ou dividir. O apelo agora está a ser para “pensar com cuidado e discernir se o que ouvimos ou lemos está em harmonia com as verdades que já aprendemos”. Eles sabem que não podem evitar que uma Testemunha de Jeová tenha acesso a informação dos chamados “apóstatas” na privacidade do seu lar. E há cada vez mais Testemunhas de Jeová a perder o medo e a verem e ouvirem tais informações. “16 Continue em união com aqueles que são leais. Jeová quer que o adoremos em união com os nossos irmãos, e nós só vamos conseguir fazer isso se nos apegarmos à verdade. Pessoas que espalham informações que não estão de acordo com a verdade causam divisão na congregação. Por isso, Jeová diz para nos afastarmos dessas pessoas. Se não fizermos isso, podemos começar a acreditar em mentiras e isso pode levar-nos a deixarmos de ser leais a Jeová. — Leia Romanos 16:17, 18.” A pergunta que se coloca é: “qual verdade”? A que hoje é verdade e amanhã mentira, tal como tem acontecido com mais de 300 ensinos da Organização que mudaram com o tempo? Tem realmente a organização Torre de Vigia a chave do conhecimento bíblico e têm eles a partilha de informação com o Criador? Conhecem eles os pensamentos de Deus, além daqueles que estão explicitamente na Bíblia? Numa resposta franca e directa: NÃO! Não têm e nunca tiveram! “17 Quando sabemos distinguir a verdade da mentira, apegamo-nos firmemente à verdade, aproximamo-nos de Jeová e fortalecemos a nossa fé. (Efé. 4:15, 16) Além disso, não seremos enganados pelos ensinos falsos de Satanás e seremos protegidos por Jeová durante a grande tribulação. Por isso, apegue-se firmemente à verdade, ‘e o Deus de paz estará consigo’. — Fil. 4:8, 9.” Ao contrário do que afirma este parágrafo que tenta meter medo às Testemunhas de Jeová, saber o que a Organização tem escondido dos seus membros não é falta de lealdade a Jeová. É amor pela verdade!
Como é que alguém sabe se aquilo que lhe dizem é verdade ou mentira? É por enterrar a cabeça na areia ou fazer ouvidos moucos ao que é dito? Não! É por ir pesquisar por si mesmo em fontes imparciais e credíveis e acima de tudo, pedir provas do que é dito! Assim como não basta acreditar que a Organização é aquilo que afirma ser, também não se deve acreditar em tudo o que se diz contra ela. Mas para isso é preciso querer saber por nós mesmos e não apenas confiar cegamente em alguém! A salvação do ponto de vista bíblico não reside em estarmos associados a uma organização religiosa, muito menos a uma seita destrutiva ou grupo de alto controlo como são as Testemunhas de Jeová. A salvação, conforme ensinada no Novo Testamento, está baseada na fé em Jesus Cristo e no seu papel enquanto mediador e salvador de toda a humanidade. Aqui estão alguns dos textos bíblicos que provam isso: “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.” Romanos 10:9 “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8-9 "Eu asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida.” João 5:24 “Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.” Hebreus 7:25 “Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.” João 10:28 Para terminar, pode-se dizer que só se pode confiar em alguém que nos diz a verdade, por mais incómoda que seja, que não mude de posição a cada momento e que, quando as coisas não resultam da forma como esse alguém formulou não atire as culpas para cima de outros e assuma os erros. Esta organização religiosa já provou por décadas que não é digna de confiança. Não é e nunca foi a “organização de Jeová”. Deus não diz uma coisa hoje e amanhã muda de ideias como se nada fosse. Jesus Cristo a mesma coisa! Assim, vimos que confiar nesta organização tem conduzido milhões de pessoas à decepção e, com isso, à depressão e sentimento de que a sua vida foi desperdiçada. Já o salmista tinha escrito: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação.” – Salmos 146:3 António Madaleno
4 Comments
Simão LEVY
23/9/2024 09:53:06
Excelente explanação! Por edta análise vê-se claramente que estes artigos de estudo preparados por edta organização não reflectem honestidade no sru todo, mas sim a manipulação de informações e o medo que têm que seus membros façam pesquisas!
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João
23/9/2024 14:21:32
Texto muito coerente e com toda solidez bíblica. Eu me questiono todos os dias: como é possível, pessoas minimamente inteligentes não terem essa capacidade crítica e analítica? Toda pessoa com capacidade crítica percebe que o CG é um grupo normal, como qualquer outro, sem nenhuma inspiração divina.
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Miguel
30/9/2024 07:53:24
Sabe João, quem está plenamente envolvido na organização, á primeira vista não consegue discernir logo estes malabarismos todos, porque conforme mencionado no artigo e bem, o medo que nos é incutido, a obediência cega á "organização de Jeová", isto é algo imperativo, não se pode questionar nem contradizer. Quem o faz parece um louco, mas felizmente que os olhos são abertos e ao mesmo tempo, felizmente que existem pessoas como o Antonio Madaleno que corajosamente expõe estas falsidades. Um bem haja.
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Raposa de Fogo
24/9/2024 22:21:43
Excelente texto. Será que a "organização de Jeová" consegue dar respostas concisas a estas questões? Eu acredito que não!
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