Meus queridos irmãos e irmãs, Venho comunicar-vos que deixarei em breve de ser reconhecido como membro da organização das Testemunhas de Jeová. Como devem compreender não é o momento mais fácil de minha vida. Mas quero que saibam também que isto não acontece de minha vontade. Fui convocado para duas comissões judicativas, às quais faltei. Foi alegado pelos anciãos que desejavam esclarecer certos assuntos e se possível ajudar-me espiritualmente. Faltei a estas comissões, não por duvidar da boa intenção dos irmãos, mas por minha convicção de que só a Jeová e Jesus temos de prestar contas, conforme as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 14:12: “Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.” Também segundo as suas palavras em 1° Coríntios 4:1-4, eu me considero ‘assistente de Cristo’ ou como diz na nota do texto: “subordinado ao” Cristo. Faço minhas as palavras de Paulo nestes textos, onde diz “não se importar ser examinado por homens ou tribunais”. Pois estou ciente de nada contra mim. Na verdade, “quem me examina é Jeová”. Também não me revejo na lista de pecados graves que Paulo fala em 1° Coríntios 6:9-11. Aquilo que eu fiz, sim, foi examinar a minha fé, que é um direito que me assiste. Além disso, é um dever de todo o cristão, pois em 2° Coríntios 13:5, nos diz para “persistir em examinar se estamos na fé, persistir em provar o que somos”. E no final deste texto é bastante claro: “a menos que estejamos reprovados”. Não é isso que queremos como seguidores de Jesus. Portanto, é vital ter esta atitude. E ao fazer este exame honesto, infelizmente, constatei que a organização à qual servi e a qual conheço desde pequeno, está cheia de enganos graves, que prejudicou e prejudica vidas humanas, há várias décadas, através de ditames puramente organizacionais. Constatei, que aquilo que muito do que aprendi e acreditei, afinal não passa de um ‘romance’. Vi , que este caminho, para se chegar a Jeová, afinal é falso. E aliás, na Sentinela de 1 de Fevereiro de 2017, num artigo de estudo, fala que a organização nunca recebeu revelações divinas de Jeová. Como Jeová, através de seu espírito, pode apoiar decisões humanas imperfeitas, que afetam e afetaram vidas? A vida humana para Jeová é sagrada, e não acredito que Ele usa pessoas para prejudicar ou fazer dano. Isso não está em conformidade com os atributos de Jeová. Como é possível, uma organização humana, que tem mudado ensinos constantemente, se colocar no lugar que somente pertence a Jesus? Jesus disse: “EU SOU o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por MIM.” (João 14:6) Também as palavras de Pedro em Atos 4:8-12 são bastante elucidativas, ao afirmar “que não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos”, referindo-se obviamente a Jesus e não a um grupo de homens ou religião. Ora, devido a ter manifestado abertamente a minha posição bíblica a este respeito, fui acusado de ver e participar em grupos e vídeos “apóstatas” na internet. Sim , é verdade que visualizei e até comentei em alguns grupos e vídeos considerados “apóstatas” pela organização, mas isso significa que estou contra Jeová, contra Jesus ou contra a Sua Palavra? Se sou acusado de visualizar e comentar em tais vídeos ou sites “apóstatas” é por que alguém também os viu! Mas isso é natural, de alguém que deseja examinar a sua fé. Afinal de contas, a verdade não deve temer a um exame. Não fizeram isso os de Beréia, aquando Paulo e Silas foram enviados para ensinar sobre Cristo? (Atos 17:10-12). Como diz o ditado: “Quem não deve não teme”. Por isso, eu tomei a liberdade de examinar abertamente a organização à qual pertencia. Por isso não tive receio de de publicar a minha opinião sobre o que encontrei, pois Jeová nos criou com livre arbítrio e não como robôs. Mas deixo, que por vossa conta possam fazer este exame honesto. Meus amados, estou a escrever-vos e a comunicar desta forma, pois eu queria que fosse anunciado da tribuna o porquê de eu ter sido desassociado. Como não o irão respeitar o meu pedido e vontade, fui obrigado a escrever-vos desta forma. Para além disso sinto-me na obrigação de defender o meu bom nome e reputação, e não quero que os irmãos tenham ideias infundadas sobre mim e minha esposa e hajam “falatórios vãos” entre vós. Tal situação seria desnecessária se simplesmente, com minha autorização, pudessem dar o anúncio sobre o real motivo pelo qual estou sendo desassociado. Agora, sei que infelizmente muito de vós vão ignorar-me e vão ostracizar-me socialmente e emocionalmente. Da minha parte, eu continuarei a mostrar o meu amor por vós, como Jesus ensinou e ordenou e mostrarei sempre a minha amizade que tenho por vocês. O meu amor continua a ser o mesmo! Espero que possam respeitar e entender a minha liberdade. Agora quero-me despedir, pedindo perdão devido a alguma falha que vos tenha causado, mas com garantia que continuarei a amar e respeitar a todos da congregação à qual pertenci. Em minhas orações continuarei a lembrar-me de vocês e a desejar que vocês também possam examinar a vossa fé à luz dos factos e evidências e a não continuarem a acreditar em algo apenas porque vos é dito para acreditar desse modo. Como disse o apóstolo João como alerta e que tantas pessoas ignoram ou esquecem: “Amados, não acrediteis em toda expressão inspirada, mas provai as expressões inspiradas para ver se se originam de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (1 João 4:1) Do vosso irmão cristão, Patrício Prata
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