Sociedade Torre de Vigia pressionada a entregar documentação sobre abusos sexuais de crianças15/4/2016 Advogado Irwin Zalkin (à esquerda) e José Lopez falam com a imprensa sobre um acordo de 13.500.000 (treze milhões e quinhentos mil dólares), contra o órgão executivo das Testemunha de Jeová, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Lopez era um menino de 7 anos quando um líder da congregação aonde pertencia o molestou Um tribunal de apelações tenciona reiniciar um julgamento que exige o pagamento de uma indemnização de 13,5 milhões de dólares, contra o corpo governante da Torre de Vigia das Testemunhas de Jeová e acusa a organização de encobrir anos de abuso sexual por parte de um líder de uma congregação. A decisão do “Quarto Distrito da Corte Estadual” tende a reiniciar o processo, levando potencialmente a um novo julgamento, mas com uma ressalva importante – que os documentos relativos a casos de abuso sexual que ocorreram na igreja sejam entregues. A hierarquia da Watchtower Bible and Tract Society de New York (Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados de Nova Iorque), manteve-se desafiante em recusar uma ordem judicial para produzir tal documentação, e a decisão dá à organização uma nova chance de cumpri-la. Se a organização não cumprir mais uma vez a ordem judicial, o caso poderá terminar da mesma forma que da primeira vez, com uma decisão de milhões de dólares contra ela. A Vítima: José Lopez foi abusado aos sete anos de idade A ação foi ajuizada em 2012, no San Diego Superior Tribunal, baseada no processo de Jose Lopez, que alegou ter sido molestado com a idade de 7 anos por um ancião na congregação da congregação “Linda Vista” em 1986. Sua ação diz que os anciãos da congregação recomendaram o líder, Gonzalo Campos à mãe de Lopez como alguém que seria um bom mentor para ensinar as lições da Bíblia para o menino. Mas o processo alega que os anciãos sabiam que Campos já havia molestado um menino já em 1982, de acordo com dados revelados no caso, e não fez nada sobre isso, continuando a colocar crianças em risco. Lopez disse que Campos passou meses preparando-o e um dia o violou em casa. O menino disse à sua mãe, que relatou o fato imediatamente à liderança da igreja. Os anciãos disseram a ela que iriam lidar com a situação e desencorajou-a de denunciar o caso às autoridades, diz o processo. Ela e seu filho acabaram por abandonar a congregação das Testemunhas de Jeová. Provas apresentadas em julgamento mostraram que a congregação monitorou Gonzalo Campos por nove meses, e nos anos seguintes e o admitiram na hierarquia da igreja, continuando a ensinar as crianças. Campos mudou-se para uma congregação de língua espanhola, em La Jolla, uma estância balneária da cidade de San Diego-CA, mas foi expulso em 1995, após mais uma vítima relatar ter sido abusado. Ele foi readmitido na congregação no ano 2000. Num comunicado anterior ao Jornal San Diego Union-Tribune, a Torre de Vigia negou que Campos estivesse numa posição de liderança na congregação quando ele era instrutor de Lopez e que “as Testemunhas de Jeová abominam o abuso de crianças e se esforçam para proteger as crianças de tais atos.” Campos confessou mais tarde ter abusado de pelo menos oito crianças entre 1982 e 1995. Ele fugiu para o México por volta de 2010 depois que a polícia de San Diego foi notificada e acredita-se que ainda esteja lá, disse o advogado de Lopez, Irwin Zalkin. Seis outros homens e uma mulher que processaram a Torre de Vigia alegando que eles foram vítimas de Campos, resolveram seus casos fora dos tribunais, através de acordos extra-judiciais. O caminho para o julgamento no caso de Lopez foi longa. Zalkin, advogado da vítima, pediu todos os relatórios de abuso cometidos por Campos, bem como de abuso por parte de outros líderes da igreja que remontassem a 1979 e registros de como a igreja lidou com esses incidentes. A Torre de Vigia reagiu, alegando que os documentos seriam “impossíveis” de recuperar, que essa ação violaria direitos e que o pedido prejudicaria 1,2 milhões de membros da Igreja em mais de 13.000 congregações em todo o país não acedeu ao pedido. No caso do ancião pedófilo Gonzalo Campos, a Torre de Vigia corre o risco de pagar 13,5 milhões de dólares em indenizações a vítimas. Torre de Vigia se nega a entregar provas contra Pedófilos Depois de muita consideração, o juiz da Corte Superior Joan Lewis ordenou que os documentos fossem entregues. Eles não foram. Os advogados de Lopez também viajaram para Nova York para pedir o depoimento de Gerrit Losch, membro de longa data do corpo governante, sob ordem do tribunal, mas ele recusou comparecer afirmando que não tinha quaisquer poder decisório em tais assuntos e que não era funcionário da Sociedade Torre de Vigia. O juiz, citando a recusa de cumprimento de liberar os documentos e o não comparecimento de Losch, decidiu emitir a sanção final contra a Torre de Vigia: Rescindir o seu direito de ser ouvido no caso. Os advogados de Lopez expuseram os seus argumentos ao Juiz em um julgamento de seis dias, no qual os advogados da Torre de Vigia estavam impedidos de comparecer. No final, o juiz Lewis havia proferido uma decisão à revelia de 10,5 milhões de dólares em danos punitivos e 3 milhões de dólares em danos compensatórios contra a Torre de Vigia. A Torre de Vigia também teria que pagar mais de 37.000 dólares em sanções, principalmente para cobrir as despesas de viagem para o depoimento que nunca aconteceu. A Torre de Vigia apelou da decisão. O tribunal de apelações emitiu um parecer de três juízes rejeitando as alegações da Torre de Vigia de que os documentos de abuso anteriores não poderiam ser entregues. No entanto, o tribunal de apelações em desacordo com a ordem do juiz para a depoimento de Losch, afirmaram que os advogados de Lopez não provaram que ele teve culpa no caso por ser um líder do Corpo Governante. O tribunal também alegou que Lewis foi muito apressado e que deveria ter primeiro emitido sanções mais leves para ver como a Torre de Vigia iria reagir. O acobertamento de Pedofilia nas igrejas da Torre de Vigia tem causado escândalos em um país após outro. Na imagem, Angus Stewart, membro da Comissão Real Australiana que descobriu 1006 pedófilos acobertados na organização das Testemunhas de Jeová apenas naquele país. Durante 60 anos nenhum dos criminosos foi denunciado às autoridades O caso agora vai voltar para Lewis e dará à Torre de Vigia outra chance de fornecer os documentos de abusos solicitados. Se, após novas advertências e sanções menores, a Torre de Vigia não cooperar, o caso poderá terminar novamente da mesma maneira. O advogado de Lopez, Zalkin, disse que o parecer do tribunal pode ter um grande impacto sobre o seu caso e outros processos semelhantes contra a Torre de Vigia que vem sendo travados na Califórnia e em todo o país: “De nossa perspectiva, o problema está sempre relacionado sobre a obtenção dos documentos.”- disse ele. Ele acrescentou que a Torre de Vigia tem produzido alguns documentos sobre os abusos anteriores em outros processos, mas eles têm sido redigidos tendenciosamente e são de pouca utilidade. “Eles não querem que o mundo saiba o que eles já sabem sobre o abuso sexual de crianças dentro de sua organização ao longo de décadas e eles estão tentando desesperadamente manter encoberto esse assunto.” – disse Zalkin. Em abril passado, um tribunal de apelações anulou uma condenação de 8.600.000 de dólares contra a Torre de Vigia num processo semelhante arquivado no Alameda County por uma mulher que foi molestada por um membro da igreja. O tribunal decidiu que a congregação não tinha a obrigação de avisar a congregação que o membro tinha admitido anteriormente molestar sua enteada. O tribunal pediu 2,8 milhões de dólares em danos compensatórios no caso. Fonte: San Diego Union Tribune Baseado no artigo e tradução: http://www.extj.com.br/922-2/ Mais informações sobre este tema:
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