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Incoerências da Torre de Vigia: Bolo de aniversário vs Bolo de Casamento

23/10/2018

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Se perguntar a uma Testemunha de Jeová se pode comer uma fatia de bolo de casamento ou até mesmo ter um bolo de noivos no seu casamento, ela certamente lhe dirá que SIM. Afinal, que mal poderia haver nisso?

Mas se lhe perguntar se pode comer ou mesmo ter um bolo de aniversário quando fizer anos, a resposta será um pronto e redondo NÃO!

Isso acontece porque a sua religião coloca o bolo de aniversário numa luz negativa, mas nada de negativo diz com respeito ao bolo de casamento. Veja alguns exemplos:

“Os antigos anglo-saxões celebravam o aniversário do nascimento do “Senhor Lua”, chamado de “Meni” em Isaías 65:11 (Maredsous), por cozerem bolos “chamados bolos de Nür, ou bolos de Nascimento”; também as velas são de origem pagã. — Veja-se Two Babylons, de Hislop, páginas 95, 191-196.” – w61 15/12 pág. 762

“Que dizer do bolo de aniversário? Parece estar relacionado com a deusa grega Ártemis, cujo natalício era celebrado com bolos de mel em forma de lua, com velas sobre eles.” – O Homem em Busca de Deus pág. 83

Agora note o que a organização menciona com respeito ao bolo de casamento. Repare como neste caso não se faz alusão a qualquer origem pagã deste tipo de bolo , mas sim ao cuidado a ter com os exageros das festas de casamento:

“Depois da cerimônia, a recepção ou festa de casamento incluiria champanha e um bolo de casamento de uns dois metros e meio de altura. Quando a noiva começasse a cortar o bolo, soltar-se-iam dois periquitinhos para esvoaçarem pelo salão de baile. E qual foi a reação do prospectivo noivo a tudo isso? Enervado pelos planos extravagantes de um arranjo de 25.000 dólares, fugiu da cena nove horas antes do casamento!” – w69 15/7 pág. 441


A esmagadora maioria das Testemunhas de Jeová desconhece a origem e simbolismo do bolo de casamento e pensa que apenas o bolo de aniversário está vinculado a uma origem pagã. Mas na verdade, quer o bolo de casamento quer o bolo de aniversário tiveram suas origens no paganismo e toda a sua simbologia original girava em torno da superstição e falsas crenças idólatras.

Já vimos acima a explicação da Torre de Vigia sobre o bolo de aniversário. Vejamos agora a origem do bolo de casamento.

Segundo historiadores, na Roma antiga era costume fazerem-se bolos ou um bolo para essa ocasião. Os ingredientes do bolo variavam conforme as posses da família: as mais abastadas preparavam um bolo com frutos secos, nozes e mel; nas festas mais simples, era feito um bolo de farinha, sal e água.

Tais bolos eram feitos como oferendas aos deuses e simbolizavam o desejo de saúde, abundância e fertilidade aos noivos. Os votos para uma vida próspera ao casal eram feitos no momento em que os convidados esfarelavam o bolo nas cabeças dos noivos.

Ou seja, o bolo de casamento era tanto um ritual supersticioso quanto idólatra. Tal como o bolo de aniversário!


O que é mais curioso é que a própria organização reconhece que a origem pagã de algo não deve ser a preocupação primária do cristão, mas sim o significado da prática em nossos dias! Note o que ela diz em relação à piñata, uma tradição mexicana antiga e que ainda é culturalmente praticada em nossos dias, até mesmo em eventos religiosos católicos. Explicando a origem dessa prática eles dizem:

“Os astecas comemoravam o aniversário de Huitzilopochtli, seu deus do Sol e da guerra, colocando um cântaro de barro num poste no seu templo no fim do ano. Enfeitavam o cântaro com penas coloridas e enchiam-no com pequenos tesouros. Daí o quebravam com um bastão e os tesouros que caíam eram ofertados para a imagem do deus. Os maias também tinham um cerimonial em que participantes de olhos vendados batiam num cântaro de barro suspenso por uma corda.”

Notou como esta prática tem, na sua origem, um significado enraizado na idolatria, tal como acontece com o bolo de aniversário e o bolo de casamento? Não seria coerente que esta prática, devido à sua origem pagã, fosse tratada tal como acontece com o bolo de aniversário? Sem dúvida que sim!

Pois… mas não é! Assim como acontece com o bolo de casamento, a Torre de Vigia não encontra nada de mais em permitir a piñata ou o bolo de casamento aos seus membros, mesmo que seu significado original esteja baseado no paganismo, superstição e idolatria.

Que razão é apresentada no artigo sobre a piñata? O artigo continua dizendo:

​
“Ao considerar se vai incluir uma piñata numa reunião social, o cristão deve ser sensível à consciência dos outros. (1 Coríntios 10:31-33) A coisa importante não é o que essa prática significava centenas de anos atrás, mas sim como é encarada hoje na sua região. Compreensivelmente, as opiniões variam de um lugar para outro. Assim, é sensato não criar caso por este motivo. A Bíblia diz: “Cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” — 1 Coríntios 10:24.” – Despertai! 03 22/9 pág. 23 [negrito acrescentado]
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Típica Piñata mexicana.


Notou a diferença? Enquanto o bolo de aniversário é demonizado devido às suas origens pagãs e idólatras, a piñata e o bolo de casamento não! Nestes casos, a sua origem e significado no passado já não devem ser de preocupação para uma Testemunha de Jeová. Devem seguir a sua consciência individual.

É isto coerente? Obviamente que não é!

E poderíamos usar como exemplos outras coisas, tais como o anel de casamento, o ramo da noiva, os aplausos, etc. A lista de atividades e práticas com origem pagã e ritualísta que hoje são praticados pelas Testemunhas de Jeová, mas revestidas de outros significados, é grande. Afinal, nós somos o resultado de uma evolução religiosa, social e cultural de muitos e muitos séculos. Pouca coisa foi inventada recentemente!

Por isso, condenar e proibir de modo tão veemente certas coisas e permitir outras igualmente passíveis de serem criticadas e proibidas, demonstra falta de coerência e lógica.

​
Demonstra que os líderes da organização Torre de Vigia apenas desejam colocar-se como ‘deuses’ entre a comunidade, dizendo o que pode ou não ser feito e deixando pouca margem para o uso da ‘consciência cristã’.

O apóstolo Paulo em seus dias já se debatia com tais tipos de homens. Por isso ele teve que dizer coisas tais como:

“Uma pessoa considera um dia mais importante que outro, ao passo que outra pessoa considera todos os dias iguais; que cada um esteja plenamente convencido na sua própria mente. Quem guarda o dia, guarda-o para Jeová. E quem come, come para Jeová, pois agradece a Deus; e quem não come, deixa de comer para Jeová, e mesmo assim agradece a Deus.” – Romanos 14:5, 6 (TNM)

“Portanto, não deixem que ninguém julgue vocês pelo que comem ou bebem, ou com respeito à celebração de uma festividade, da lua nova ou de um sábado.”
– Colossenses 2:16 (TNM)



As palavras de Paulo deveriam chegar para entendermos que não podemos, à base da nossa consciência pessoal, impôr aos outros aquilo que nós pensamos de um assunto, a menos é claro, que tal assunto esteja explicitamente ensinado na Bíblia. Quando isto não acontece, vemos líderes religiosos impôr as suas consciências pessoais a outros e com isso tentando mostrar que a sua maneira de ver os assuntos é que está correta!

Chegam ao ponto de impôr penalizações graves àqueles que ousam discordar deles, como acontece no caso das Testemunhas de Jeová, onde alguém que seja visto a celebrar um aniversário e tendo um bolo de anos, será imediatamente tratado como “apóstata” e corre o risco de ser expulso e ostracizado! É isto razoável? Está isto de acordo com os princípios bíblicos e a Lei do Cristo? Claro que não!

O mais triste é que têm privado milhares de crianças, ao longo de décadas, de terem o prazer de terem um dia especial. Têm privado estas crianças de se sentirem queridas e amadas no dia que marca a sua vinda ao mundo e que tanto gostariam de celebrar com seus amigos.

Privam também os pais de verem seus filhos felizes nesse dia, que deveria ser de profunda alegria e felicidade! Afinal, só se é criança uma vez na vida! Espero que os pais que lêem este artigo percebam o erro que cometem em seguir os ditames dogmáticos, incoerentes e inconstantes destes homens arrogantes.

Esperamos que esta matéria tenha servido para mostrar como os homens por detrás da organização são incoerentes, inconstantes e profundamente dogmáticos em assuntos em que não deveriam sequer opinar, deixando à consciência dos irmãos fazer ou não fazer a celebração de aniversário com um bolo de anos.

António Madaleno


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Para um estudo mais pormenorizado sobre a celebração de aniversários, leia isto:
Será errado à luz da Bíblia, celebrar aniversários natalícios?
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    Autores,

    » António Madaleno

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