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Opressão religiosa – Apenas coisa do passado?

7/5/2019

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Quando se pensa em ‘opressão religiosa’ muitas vezes vem à mente o poder clerical exercido séculos passados, quando o poder eclesiástico da Igreja Católica se fundia com o poder político e toda a sociedade tinha que obrigatoriamente seguir os dogmas religiosos. Neste sistema político-religioso, os críticos eram perseguidos e condenados a mortes horrendas. Talvez também nos lembremos do que acontece hoje em países islâmicos, onde a teocracia impera e onde a liberdade individual também está sujeita às regras do jogo político-religioso. Em tais países, a ‘opressão religiosa’ resulta em doutrinas muito restritivas, com respeito aos direitos da mulher, à prática religiosa de outras crenças (especialmente o cristianismo) e na punição severa a qualquer pessoa que ouse discordar do sistema ou que saia dele (apostasia).
 
A palavra ‘opressão’ é definida assim no dicionário online Priberam:


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Felizmente, nas sociedades ocidentais, o poder religioso perdeu muito da sua influência e, por consequência, a capacidade de oprimir ou dominar pela força aqueles que discordam do poder religioso maioritário. As pessoas podem, hoje em dia, fazer suas escolhas quanto à religião a seguir e mesmo dentro da própria religião, as pessoas são livres para aceitar ou rejeitar certas práticas ou ensinos sem que com isso sofram quaisquer represálias.
 
Infelizmente, isto não é transversal a todos os grupos religiosos hoje existentes. Existem grupos religiosos em que contestar, criticar ou mesmo rejeitar o grupo traz consigo uma série de consequência nefastas ao indivíduo e ao círculo social e familiar onde está inserido.
 
Temos sabido de práticas opressoras religiosas, especialmente em grupos religiosos de cariz sectário e altamente controlador, como por exemplo no Mormonismo, Cientologia, Testemunhas de Jeová, entre outros.
 
Nestes grupos, quem conteste alguma política ou doutrina do grupo, é considerado ‘apóstata’, ‘supressivo’ ou pessoa a evitar, sofrendo subsequente ostracismo e banimento do grupo. A liberdade exercida dentro de tais grupos está bem balizada pelos seus líderes e qualquer divergência é sinal de alerta para uma possível acção musculada, que expurgue o mal do meio da comunidade religiosa.
 
É assim que acontece frequentemente nas Testemunhas de Jeová, o que não deixa de ser irónico.
 
Este grupo religioso tem sido vital na formação de uma consciência de liberdade de expressão e religião nos EUA e em outros países. Vários casos envolvendo tais questões foram levados perante o Supremo Tribunal dos EUA, onde a liberdade de religião e de expressão foram vindicadas inúmeras vezes, o que contribuiu para que outros grupos religiosos pudessem hoje em dia exercer mais livremente suas práticas e cultos religiosos.
 
No entanto, ao mesmo tempo que os líderes das Testemunhas de Jeová pugnavam por uma maior liberdade nos tribunais do palco mundial, dentro do grupo a ‘liberdade’ de divergir, contestar ou discordar foi proporcionalmente diminuindo. A fim de evitarem dissensões em grande número, a Sociedade Torre de Vigia, por meio de seu Corpo Governante, foi criando regras cada vez mais apertadas para impedir que qualquer voz discordante ou dissidente fosse ouvida dentro da comunidade.
 
Pessoas que até mesmo tinham boas intenções e que apenas desejavam expor certos erros doutrinais e organizacionais, continuando a acreditar na religião e a praticá-la, foram considerados inimigos mortais, quando ousaram expor as suas opiniões e alertar contra tais ensinos e políticas. Pessoas como Raymond Franz, Carl Oloff Johnson, James Penton, Barbara Anderson, entre centenas de outras Testemunhas de Jeová que foram expulsas da religião e consequentemente vilipendiadas e ostracizadas pelos membros do grupo, seguindo as ordens dos temerosos líderes.
 
As regras para se ser expulso desta religião tornaram-se com o tempo inúmeras. Não mais se restringiam a pecados graves, com base bíblica explícita, tais como casos de adultério, fornicação ou homossexualismo. A paranóia em exercer poder e controle sobre a vida das pessoas levou a que coisas simples e banais, tais como fumar, celebrar aniversários natalícios, votar ou exercer uma profissão nas forças armadas fosse motivo para se ser banido do grupo. Até mesmo práticas sexuais consideradas ‘anti-naturais’ entre casais, tais como sexo oral e anal podem ser base para a expulsão e consequente ostracismo. Veja aqui outros exemplos que podem servir de repreensão ou mesmo expulsão do grupo.
 
A violência psicológica e a opressão dentro deste e de outros grupos sectários é constante e isso provavelmente explica o alto índice de transtornos psicológicos que afetam os seus membros, desde depressão, ataques de pânico e ansiedade generalizada. É um sistema religioso verdadeiramente opressor, onde a liberdade individual é restringida ao máximo e cada passo dado tem de ser muito bem refletido e ponderado, ora para não fazer ‘tropeçar’ alguém, seja para não cometer alguma infracção que pode levar a sérios problemas e punições por parte dos líderes. Certamente que não era com isto em mente que o Senhor Jesus Cristo disse às pessoas dos seus dias:
 
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” – Mateus 11:28-30
 
 
Também nos dias de Jesus, a opressão política e religiosa levou a que muitas pessoas andassem como “ovelhas sem pastor”, desalentadas pelo tratamento dado pelos seus líderes, tanto políticos quanto religiosos. Daí que a personalidade amorosa e cativante de Jesus tenha levado a que tantos o seguissem e o considerassem como ‘rabi’, uma expressão que não apenas encerrava em si o conhecimento da lei e da doutrina religiosa, mas a capacidade de instruir e motivar outros a pôr em prática o conhecimento desta.
 
Felizmente que cada vez mais pessoas estão cortando as amarras que as prendem a estes grupos sectários, altamente controladores e destrutivos. Estão percebendo e descobrindo que têm uma voz que não pode ser silenciada e que merece ser ouvida.
 
Estão-se libertando da ‘opressão religiosa’ e percebendo que o “receio do homem lhe arma laços” (Provérbios 29:25).



A opressão religiosa só tem poder até ao ponto em que o indivíduo abdica do seu poder pessoal e o concede a terceiros.


Quando se perde o medo de falar, divergir, contestar e sair deste relacionamento religioso tóxico, um peso sai de cima dos ombros e a pessoa se sente finalmente livre!

Acaba-se o medo de ser destruído por Deus, apenas porque se tem dúvidas e divergências com certos ensinos e dogmas ou de ver um rol de maldições caírem, qual dilúvio, em cima da pessoa. Termina o receio de a cada passo a pessoa ser apanhada em falta pelas inúmeras regras humanas impostas como ‘mandados de Deus’ (Mateus 15:3-9).
 
 
Pergunte-se se não está sendo vítima de ‘opressão religiosa’ mesmo que à partida não se aperceba disso. Muitas vezes a ‘opressão’ está tão bem camuflada que a aceitamos como se fosse algo natural e até a interiorizamos como nossa, acabando por nos tornar o nosso próprio algoz.

​Liberte-se e viva uma vida plena de acordo com a liberdade que Cristo pregou! Perca o medo do homem. Não é ele que determina quem será salvo ou destruído e muito menos tem a capacidade de saber aquilo que vai no coração de alguém.

 
A liberdade é algo muito precioso e a vida é preciosa demais para a gastar vivendo a vida que outros querem que nós vivamos.
 
Seja livre!
 
António Madaleno


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