“Andarei em verdadeira liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos.” – Salmos 119. 45 “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”. – João 8. 31 “Pois o escravo que foi chamado pelo Senhor é agora um homem livre que pertence ao Senhor. Assim também o homem livre que foi chamado por Cristo é escravo de Cristo. “Deus comprou vocês por um preço; portanto, não se tornem escravos de seres humanos.” – 1 Coríntios 7. 22- 23 As palavras portuguesas “Igreja”, ou “congregação” originam-se da palavra grega ekklesía, que basicamente significa: “os chamados para fora”. Estes indivíduos são os que constituem o corpo espiritual de Cristo na terra. O cristianismo primitivo era simples, sem exageros, fanatismo, exclusivismo ou de muitas regras impostas por homens (Atos 15. 10). No entanto, em um período posterior à era apostólica, a ‘ekklesía’ deixou de ter o seu significado primário, passando a ser substituída pela igreja institucionalizada. Esta veio a ser um corpo jurídico redigido pelas mais variadas doutrinas e tradições humanas, ofuscando o que já fora um dia a ideia primeira de a ‘congregação’ de Cristo, na qual seus membros adoravam a Deus em espirito e verdade. Enquanto que o termo grego ekklesía refere-se a todos os indivíduos que compõe o corpo espiritual que tem o Cristo como cabeça, a nova forma de “igreja" ou "congregação”, passou a designar desde um mero templo de pedras às complexas hierarquias governamentais eclesiásticas, cuja excessiva autoridade não é respaldada por precedentes bíblicos. A igreja/congregação como uma organização externa (ou visível), desenvolveu uma cultura organizacional que passou a ser compartilhada pelos membros veteranos aos neófitos, gerando-se com isso, paradigmas difíceis de serem anulados. Como exemplo das afirmações provindas dos membros das organizações cristãs temos estes exemplos:
Ou seja, por ser o cristianismo um movimento que lamentavelmente tem-se fracionado em diferentes denominações, a acirrada competição entre elas tem tornado seus adeptos pessoas cada vez mais exclusivistas e radicais, que têm até mesmo julgado uns aos outros com base em suas obras, como também em peculiaridades que determinada organização possui e que não se observa nas demais e vice-versa. Virou uma espécie de jogo de “quem está mais certo” (Rom 14:10- 13). Chega a ser similar à rivalidade que existe entre claques de clubes desportivos diferentes! Cada denominação cristã possui assim suas próprias “verdades” (e até mesmo algumas se dizem ser a “Verdade”), as quais são decididas e ensinadas por suas lideranças eclesiásticas. O conceito de verdade tem de igual modo perdido seu significado original. Jesus afirmou em João 14:6 que ele e apenas ele é a "Verdade", ou seja, a verdade não seria uma denominação ou organização religiosa, a verdade não seriam conclusões humanas e decididas por tais e, muito menos, seria um grupo especifico de homens delegados de deterem a si a verdade. Afirmar que somente Jesus é a "verdade" e não uma organização humana, ou as experiências subjetivas de origens duvidosas, parece ser uma agressão aos ouvidos de muitos cristãos atuais. E são muitos os fatores que levam os cristãos modernos a serem prisioneiros voluntários (ou obrigados) das organizações religiosas as quais pertencem, rejeitando toda e qualquer opinião divergente das “verdades” subjetivas de suas lideranças. Tem sido recorrente palavras tais como: “Nós já recebemos tudo prontinho de nossa liderança, tudo já bem ‘mastigadinho." Desapercebem-se com isto que, somente cristãos que sem nenhum esforço de sua parte, recebem de terceiros tudo “prontinho”, na realidade apresentam uma clara indicação de imaturidade espiritual e não de progresso. O apóstolo Paulo se dirigiu aos cristãos hebreus como “criancinhas” por que precisavam ainda que alguém os ensinasse os princípios elementares da fé, quando em vista ao tempo de conversão ao cristianismo, já deveriam ser mestres, e que pelo exercício constante passariam então a compreender mais nitidamente as “coisas difíceis de entender”. (Heb 5:11-14) O apóstolo Paulo também orientou os cristãos em geral a ‘certificar-se de todas as coisas’, para que não mais fossemos levados por ventos de dogmas de cunho humano, e até elogiou os cristãos de Beréia por examinarem as Escrituras antes de aceitarem qualquer ensinamento. (1 Tes. 5: 21; Efé. 4:14-15; Atos 17;10- 11) Até mesmo a averiguação dos cristãos em busca pela verdade, tem-se dado de modo incorreto, pois ao invés de compararem as doutrinas propagadas pelas religiões com as doutrinas Bíblicas, a comparação tem sido de uma organização religiosa para outra, a fim de saber qual é a melhor. E as organizações religiosas, por sua vez, se mobilizam em dar condições de serem eleitas como a melhor de todas, quando estampam em suas publicações oficiais até mesmo a carga horária gasta em seus trabalhos evangelísticos, desapercebendo-se que ao fazerem isso, sua recompensa “escorre pelo ralo”, pois quem busca a aprovação dos homens, deles mesmos recebem a recompensa (Mat. 6:1) Em vista deste fato, de que a “verdade” das religiões tem sido aquelas decidas como tais pelas lideranças, alguns cristãos sinceros e dedicados ao exame consciencioso das Escrituras passam a encontrar-se num estado de "crise de consciência", que é a escolha de: ou aceitar a doutrina bíblica como a única verdade a ser aceita, ou aceitar aquilo que tem aprendido de sua liderança e que ele entende se chocar com o consta nas Escrituras. Por termos de obedecer a Deus sob qualquer circunstâncias e que o cristão que tem bases bíblicas para discordar de sua liderança não encontrará mais lugar naquele grupo exclusivista, pois será considerado como uma pessoa perigosa à fé artificial dos demais, o que consequentemente ocorre é que o mesmo é excomungado ou ele mesmo se dissocia da denominação religiosa. Embora o conceito atual de abandonar uma religião tenha por equivalência o abandonar a Deus na visão de alguns, aquele que é cristão sabe bem que isto não procede. Se o que se dissocia de sua organização religiosa volta ao mesmo modo de vida mundano de antes, isto significa que este jamais foi um autêntico cristão, nunca passou de um mero religioso, assim como existem vários dentro das mais diversas denominações cristãs. Todavia, aquele que continua a seguir a Jesus, aquele que é a real verdade e o ama, entenderá que cristão não é “estar” e sim “ser”. Entenderá que a adoração é independentemente de local e sente no seu íntimo a necessidade de prosseguir com sua vida cristã, mesmo que, independente da liderança organizacional à qual pertenceu. Este restaura em si próprio o real significado de ekklesía, um “chamado para fora”, uma das “pedras da Igreja”. (Jo 4:20- 24; 1 Ped 2:5). Por serem deliberadamente leais à organização à qual pertencem, ou obrigados por medo de serem expulsos dela, os membros ativos das religiões formulam várias argumentações com o objetivo de sufocarem os esforços daqueles que prosseguem com sua vida cristã aparte da religião (Rom 8:15 ; 14:4). Pelo fato de o cristão sem vínculos religiosos ter a liberdade para raciocinar com sua própria cabeça, ao invés de acatar aquilo que outros pensavam por ele, o primeiro argumento dos religiosos é comparar os cristãos independentes com Satanás. “Pois foi Satanás”… afirmam os religiosos… “quem começou a pensar de modo independente e se desviou da verdade”. Este argumento, porém, além de ser uma maldosa comparação, está também em sua inteireza seriamente equivocada. Quando se fala em um cristão independente, é preciso definir bem os termos, pois quando se diz que é independente, não significa com isso que o mesmo é independente de Deus ou de sua Palavra, a Bíblia. Ademais, o erro de Satanás jamais foi o de pensar por si mesmo, até por que essa foi uma capacidade dada por Deus a todas as suas criaturas, que foram criadas dotadas de inteligência para fazerem suas escolhas (livre arbítrio). O erro de Satanás foi o de buscar um governo sem a intervenção de Deus e induzir outros a almejarem o mesmo, tal atitude está longe de poder ser comparada a busca dos cristãos independentes da religião. Os cristãos independentes buscam o reino justo de Deus e se apegam a Ele como supremo governante, até mesmo acima de qualquer autoridade humana e prova disto é que os cristãos independentes colocam a Palavra de Deus acima até mesmo dos ditames religiosos. Os cristãos autônomos não resistem à autoridade de Deus. Eles apenas rejeitam os abusos dogmáticos de homens que com arrogância afirmam ser “o canal da verdade”, algo muito fácil de se afirmar quando até mesmo mentiras são tidas como verdades. São cristãos que, ao contrário de outros, não se deixam ser escravizar por homens, pois reconhecem que o preço pago por Cristo foi muito alto para permitirem que isto aconteça. (1 Cor. 7:23) Deus sempre usou homens para liderar seu povo É axiomático que Yahweh usou nos tempos bíblicos homens imperfeitos que Lhe serviram como porta-vozes. Tudo o que esses homens designados falavam, embora propensos ao erro por serem pecadores, as declarações transmitidas ao povo eram livres de qualquer tipo de equívoco ou engano. Isto acontecia porque era o próprio Deus que falava por meio deles. Para ser mais específico, estes homens notáveis da Bíblia, não falavam por seu intelecto próprio, mas eram movidos diretamente pelo Espirito Santo de Yahweh. (2 Ped. 1:20-21) É digno de nota que, embora alguns homens nos tempos bíblicos tenham de fato cometido erros, tais erros eram de caráter particular, pessoal. Nenhum de tais erros passou a fazer parte de um ensino oficial. Se assim fosse, seria o mesmo que negar a inerrância das Escrituras, onde em seu corpo de doutrinas fundamentais seriam alicerçadas em equívocos humanos. O que se percebe atualmente, é que o fato de que homens designados cometeram erros no passado, tem sido usado atualmente para suavizar o longo e extensivo histórico de equívocos dos lideres religiosos em geral. Uma vez que os erros cometidos por homens designados no passado não se tornavam parte integrante do ensino oficial, enquanto que em nossos dias, os equívocos dos homens auto-designados são propagados como a “verdade” a milhões de pessoas, torna tal comparação indubitavelmente inválida. Estes que foram usados como canais de comunicação entre Deus e os homens, por terem sido eles transmissores das palavras de Deus, desobedecer-lhes à voz seria algo fatal. Esta consequência não se dava simplesmente por desobedecer ao homem que falava, mas, Àquele a quem estes representavam. No período Veto testamentário, Yahweh usou Moisés, Arão, os Juízes de Israel e os profetas como homens que receberam de Deus inspiração, os quais foram os responsáveis pela escrita da parte Hebraica/Aramaica da Bíblia. Nos últimos dias, Deus falou por meio de seu filho Jesus Cristo que veio à terra como seu representante. Jesus afirmou que não veio para fazer sua própria vontade ou ensinar palavras de sua iniciativa particular, mas sim transmitir tudo o que ouviu de seu Pai Yahweh. Desobedecer a Jesus era o mesmo que desobedecer a Deus, pois era Jesus quem declarava com perfeição as palavras de Deus e o mesmo se dava com os apóstolos canônicos a quem Deus testificava a sua autenticidade por meio de sinais e prodígios. (João 5:30; Heb. 2:3-4) Yahweh usava homens como canais de comunicação enquanto a sua palavra escrita estava em estágio de edição. Uma vez concluída e canonizada, a Bíblia tem sido o único meio que Deus tem usado para se comunicar com a humanidade: “Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. E isso para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações.” (2 Tim. 3:16- 17) Existe um abismo de diferença entre os que Deus usou no período bíblico, com os que se dizem usados por Deus hoje. Para que a desobediência a uma liderança atual significasse desobedecer a Deus, estes teriam de ser inspirados assim como eram aqueles no passado. As lideranças atuais não recebem absolutamente nenhum tipo de inspiração quando examinam as Escrituras e tiram conclusões a serem seguidas pelos liderados. Os lideres atuais estão sujeitos a cometerem erros e sérios desvios doutrinários, e lamentavelmente são aceitos por aqueles que se sujeitam a tais homens por medo de estarem desagradando a Deus. Por outro lado, aqueles cristãos que demonstram características similares aos cristãos de Beréia, são mal-vistos pelos demais quando rejeitam todo e qualquer ensino que não encontre fundamentos no que está escrito. Os que passam a serem mal-vistos pelos demais membros de sua denominação, logo são taxados de "rebeldes" ou "apóstatas", por simplesmente não aceitarem os exageros teológicos de uma liderança meramente humana e falível. A um cristão inconformado com dogmas estranhos formulados por sua liderança humana, só lhes resta duas opções:
Caso aquele que se encontra nesta situação de escolha for um mero religioso, certamente sua escolha será esta segunda opção, mas caso for de fato um cristão autêntico, obviamente se apegará a Palavra de Deus a qual de fato é a real verdade. Seu erro não será o de raciocinar com base nas Escrituras de maneira autônoma, pois é de maneira autônoma que os lideres religiosos tiram suas conclusões, visto não serem eles inspirados por Deus. Da mesma forma que uma liderança tem a Bíblia como objeto de estudo, este objeto não lhes é restrito, pois a Bíblia está ao alcance de todos e apenas a boa vontade de buscar nela a verdade é que parece estar ausente em muitos cristãos modernos. Ademais, a estes que criticam os cristãos que movidos pela fé abandonaram o sistema religioso e se desligaram das instituições organizações religiosas, convidamos por gentileza a pesquisarem se as origens de sua atual denominação religiosa veio à existência diretamente pela boca de Deus ou se surgiu de um mero homem que desligando-se das demais instituições e organizações religiosas, juntou um grupo de estudos e oração e estabeleceu mais uma denominação reivindicando-a como sendo “a verdade”. Pesquise por favor! Cristãos sem denominação religiosa são rebeldes? Quando um cristão decide apegar-se somente aos ensinos das Escrituras e rejeitar dogmas e tradições humanas, os mesmos são considerados como rebeldes e como sem humildade. O interessante é que a humildade sempre deve partir primariamente dos membros menores e nunca da parte da liderança, que poderia ao menos dar uma chance de examinar com bons olhos, pontos de vistas que divergem do deles. Se um cristão não tem humildade por não aceitar um ensino de sua liderança, de igual modo a liderança não tem nenhuma humildade quando rejeitam opiniões divergentes, no que preferem excluir tal membro da organização, do que examinarem mais seriamente a questão. Não é por serem um grupo eclesiástico que significa necessariamente que sempre concluirão corretamente, isto é fato. E também não é porque se trata de um grupo, que serão os únicos a terem razão. Embora Yahweh seja todo-sábio, Ele pacientemente ouviu as sugestões de Abraão com relação às cidades de Sodoma e Gomorra (Gên 18. 22- 32). Abraão mostrou ter certa razão no que falava, pois ao ter conhecimento de que Yahweh é justo, Ele não agiria de modo injusto para com aqueles que lhes fossem leais. Até mesmo Yahweh que é sobre tudo e detém poder absoluto, demonstrou humildade ao dar atenção a sugestões de um mero homem pecador. Yahweh ouviu Ló quando solicitou uma rota alternativa de fuga. Os lideres atuais sentem-se ameaçados por aqueles que deles discordam, recorrendo à excomunhão. Tudo por medo de perderem o domínio que exercem sobre as massas. É digno de nota que quando um cristão tem bases bíblicas para discordar, logo passa a ser rejeitado pelos demais e consequentemente excluído do grupo, vindo a sofre morte social. E quando isto acontece, tal cristão "expulso da sinagoga" é criticado por ter-se isolado, quando na realidade ele foi deixado de lado por aqueles que afirmam amar ao próximo, independente do seu credo religioso. "Rebeldes" e "sem humildade" em todos os casos, são adjetivos nominais referente aos membros que discordam de sua liderança, e nunca o contrário. Admiti-los como irmãos permitindo-os não terem participação na promoção de certos ensinos dos quais discordam, não é uma opção para estes líderes religiosos. (Romanos 15:1-3) Os cristãos precisam mesmo de uma religião? Os cristãos atuais parecem estar mais apegados à religiosidade do que retornarem à real noção do que é ser cristão. O argumento da Igreja Católica Romana de que “não há salvação fora da igreja!”, parece ter-se perpetuado e passado a ser frequente na boca dos cristãos modernos, mesmo entre os grupos religiosos que puseram em causa tal noção no passado. Para estes, abandonarem sua organização religiosa equivale a abandonar a Deus, como se Ele se limitasse aos contornos de uma instituição religiosa dominada por homens. Acredita-se que precisam necessariamente estar vinculados a uma religião para só assim adorarem e agradarem a Deus. O que é conveniente aqui é uma análise detida do que realmente é a religião, e se ela realmente é capaz de cumprir o que se propõe ser. Vale lembrar que a Igreja Católica Romana igualmente reservava para si o direito exclusivo de interpretar e ditar ao povo o que era a "verdade" conforme a história nos revela. Muitos religiosos que julgavam esta atitude repugnante por parte do catolicismo, hoje promove este mesmo expediente de modos mais sofisticados por meio da promoção de uma elite corporativa religiosa exclusivista. Ou seja, o sujo de hoje fala do mau lavado de ontem. (Romanos 2:1) O termo ‘religião’ origina-se do latim “religare”, que basicamente tem o sentido de “ligar o homem ao Divino”. Sendo assim, a proposta da religião é ser uma intermediadora entre Deus e os homens e, ao mesmo tempo, servir como um meio de comunicação de Deus para com o homem. Na verdade, manifestações místicas denominadas como religião, tiveram suas atividades originadas em tempos remotos, quando a humanidade se achava assolada pelos fenômenos da natureza, e que devido à ignorância científica acerca de tais ocorrências naturais fizeram com que a humanidade buscasse na religião e na veneração aos deuses, um meio de proteção. A religião tomou força e forma no percurso da historia humana, e por ser tão antiga e ensinada a alguns de nós desde a infância, que passamos a acreditar na fase adulta que precisamos da religião para se achegar a Deus. Todavia, posto que a religião tem ganhado uma posição privilegiada de “intermediária” e “um caminho para Deus”, veremos que não são exatamente estes os conceitos que a Bíblia nos apresenta. A Bíblia tanto apresenta Jesus Cristo como o Caminho, a Verdade e a Vida, como também aquele que, de fato, é por excelência o Mediador [intermediário] entre Deus e os homens (Jo 14:6; 1 Tim 2:5) Jesus não é de modo algum uma religião, e dar à religião a posição que lhe é exclusiva, é o mesmo que exaltar soberanamente a religião e ao mesmo tempo negar a eficiência e suficiência de Cristo. Instituições religiosas existem hoje aos milhares, o que ao invés de promover esclarecimentos, tem na realidade acarretado em bastante confusão na mente das pessoas que se perguntam em qual religião ou local seria próprio para se adorar a Deus. Foi exatamente esta a indagação feita pela mulher samaritana à Jesus: “Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”. Percebam como as muitas informações deixaram aquela mulher confusa quanto ao lugar em que deveria prestar serviço sagrado ao Deus Yahweh. Os samaritanos, povo este o qual pertencia àquela mulher, diziam que deveriam adorar a Deus num monte chamado Gerezim. Os judeus por sua vez asseveravam que a adoração tinha de ser praticado no templo em Jerusalém. Não é isto que vemos atualmente? Cada religião propagando que sua denominação é que é o lugar correto em que as pessoas devem buscar a Deus e somente ali o podem agradar-lhe? Entrementes, Jesus lhes respondeu de modo a demolir toda e qualquer propaganda quanto a local ou religião especifica para adorar a Yahweh quando disse: “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:19- 24) Há aqueles que buscam adorar a Deus, por outro lado, Deus tem buscado os que o adoram em ‘espírito e em verdade’. Adorar a Deus em ‘espírito’ significa a nossa disposição intima e racional, demonstrando a nossa mais sincera e profunda reverência ao eterno Ser, o amando com todas as nossas forças (Heb. 10:22). Ao contrário do que muitos acreditam, nossa adoração a Yahweh Deus é particular, não depende de outros para que isto ocorra e muito menos requer um local especifico. Caso nossa adoração a Deus dependesse de fato de outras pessoas, então em todos deveriam obrigatoriamente ter sempre a mesma disposição, caso contrário nossa adoração seria banalizada pelo descompromisso de alguns. Nossa adoração é aceita até mesmo quando entramos sozinho em nossos quartos e fechando a porta buscamos a Deus (Mat 6:5-8) Temos de adorar a Deus também em ‘verdade’, ou seja, trilhar a delineações das verdades reveladas intrínsecas nas páginas da Bíblia, pois Jesus disse que a verdade seria a Palavra de Deus e não uma organização religiosa. (Jo 17:17) Para que a nossa adoração seja aceitável a Deus, o nosso espirito também deve manter um intimo relacionamento com o Espirito Santo, até porque, aqueles que não têm em si o Espirito Santo não pertencem a Deus. (Rom 8. 9) Muitos têm afirmado que a “adoração verdadeira” é a sua religião, pois, toda prerrogativa que as Escrituras atribuem a Cristo, os lideres e fanáticos religiosos tem forçosamente ligado tais atribuições às suas instituições religiosas, a saber, “o Caminho”, ”a Verdade”, “a adoração verdadeira”, entre outros. É indiscutível o fato que todas as religiões (sem exceção), possuem suas tradições e as impõem a seus membros. Culturas organizacionais transmitidas e ensinadas como sendo algo a ser detidamente observado como se fossem doutrinas da parte de Deus, quando na realidade não passam de ditames infundados para satisfazerem a vontade de homens auto-dignados. No que toca a tradições humanas ensinadas como doutrinas, observem atentamente o prejuízo que isto causa a adoração a Deus segundo o próprio Jesus: “Ele lhes disse: “Isaías profetizou aptamente a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-me com os lábios, os seus corações, porém, estão longe de mim. É em vão que persistem em adorar-me, porque ensinam por doutrinas os mandados de homens.’ Deixando o mandamento de Deus, vós vos apegais à tradição de homens.” Outrossim, ele lhes disse ainda: “Jeitosamente pondes de lado o mandamento de Deus, a fim de reterdes a vossa tradição.” (Mar 7:6- 9) Claro, ninguém admite que sua denominação religiosa faz tal coisa, ademais, cada denominação acusa uma à outra de tais praticas. Não obstante, basta que o cristão sincero averigue criteriosamente o corpo dogmático da religião à qual pertence para atestar o que dizemos aqui. Estar associado a religiões que têm todas ensinado tradições humanas como doutrinas, apresenta riscos e até tornam a nossa adoração a Deus como atos supérfluos e mecânicos, rotineiros. Por esta razão é que muitos cristãos encontram-se hoje desligados das denominações religiosas, livres das instituições, todavia apegados apenas às Escrituras como inefáveis Palavras de Yahweh. Veja o que diz Apocalipse 18:4: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas”. Seguir a Jesus Cristo e tornar-se seu discípulo pela observância das suas palavras fidedignas, não significa necessariamente que precisamos estar vinculados a algum movimento religioso. Note por exemplo o relato de Marcos 9:38- 41: “João disse: —Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo. Jesus respondeu: --Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem der um copo de água a vocês, porque vocês são de Cristo, com toda a certeza receberá a sua recompensa. Jesus continuou: --Quanto a estes pequeninos que creem em mim, se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço”. Jesus mais uma desvaloriza a ideia errônea de que só se pode seguir a Cristo e adorar a Deus por seguir um grupo especifico. Ser Cristão é bem mais do que estar numa mera religião. Este é na realidade um modo de vida direcionada ao amor superlativo a Yahweh e ao próximo. Além do mais, mesmo que seguir a Cristo de modo independente de uma organização religiosa fosse realmente errado, o que de fato não é, mesmo assim, de que importância tem isto aos religiosos? Jesus disse outrora sobre a preocupação de Pedro quanto ao que faria João: “Concordemente, quando o avistou, Pedro disse a Jesus: “Senhor, este [homem fará] o quê?” Jesus disse-lhe: “Se for a minha vontade que ele permaneça até eu vir, de que preocupação é isso para ti? Continua tu a seguir-me.” (João 21:21- 22) Os religiosos cegados pelos ensinos de sua liderança desapercebem-se de que, ao julgarem outros cristãos que não pertencem à sua denominação, tornam-se alvos do próprio julgamento e com a mesma medida. (Mat 7:1- 3) Lamentamos por tais! Alguns cristãos têm dito também que sua organização religiosa é análoga à arca de Noé, onde os que adentraram nela conseguiram salvar-se. A própria Igreja Católica Romana também já expressou essa mesma idéia! No entanto, Jesus colocou-se como o único caminho para a salvação e se achegar a Deus. Sendo Jesus o único meio de salvação, evidentemente é a este que a arca de Noé prefigurava e não uma mera religião. O livro de Judas, verso 25 diz: “Ao único Deus, nosso Salvador, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor, seja a glória, a majestade, o poderio e a autoridade por toda a eternidade passada, e agora, e para toda a eternidade. Amém.” Perante isto, responda a si mesmo:
Dependendo do que de fato é a autoridade para sua fé, a resposta será somente uma das duas, pois as duas não podem ser possíveis por ter Jesus dito que há um só caminho que nos leva ao Pai (João 14:5- 6) Por isso, é tempo de decidir qual dos caminhos você seguirá: Jesus Cristo ou a Religião! Ex-Membro das Testemunhas de Jeová, José Gomes ([email protected]) https://seguindoaspegadasdaverdade.wordpress.com/
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