Caros membros do Corpo Governante, Espero que esta carta vos encontre bem. Eu escrevo a vocês neste dia, para vos questionar. Como é que vocês fazem isso? Todos gostaríamos de saber. Vocês levantam suas mãos, dizem-se não-inspirados e falíveis, enquanto esperam, ainda sim, a obediência. Vocês escusam-se à responsabilidade, dizendo: “Não dizemos aos irmãos o que fazer. Nós raciocinamos somente a partir da Bíblia e eles decidem se é verdade.” Mas é tão simples assim, não é. Vocês sabem disso e eu também. Seus seguidores se apegam a palavras gotejadas da língua de uma serpente. E porque não, quando o castigo é a morte. E é com a morte que vocês punem. É a morte que vocês prometem para aqueles expulsos de seu meio. Sem inspiração e falíveis, vocês assumem a responsabilidade de remover homens e mulheres de suas famílias e condená-los ao esquecimento. E se vocês estiverem errados? E se vocês forem falíveis, como vocês mesmos dizem ser? Ah, mas vocês desculpam-se: “Não somos nós que os amaldiçoamos à morte. É Jeová, com a sua Palavra.” Mas eu não ouvi Jeová falar quando os ouvi anunciar a desassociação. Ouvi homens. Ouvi homens dirigidos por vocês. Pois, os crimes que vocês enumeraram, um, dois e dez, não são aqueles mencionados na Palavra, em nome dos quais vocês ousadamente falam. Por questionar sua integridade. Por questionar sua autoridade. Por questionar sua cronologia. Por questionar sua interpretação. Por questionar . . . Apenas por fazer uma pergunta. Vocês não gostam quando fazemos perguntas. “Cortem suas cabeças.” Vocês afirmam ser falíveis e que não têm inspiração, mas que têm Espírito Santo, evidenciado pela “revelação de verdades profundas das Escrituras”. Que verdades? Esta carta é para vocês, o Corpo Governante, não para as Testemunhas de Jeová: os que são ignorantes do que ambos sabemos. Você e eu. Nós sabemos. Não é? Para cada verdade descoberta por você, mais de dez foram erros. Erros encobertos. Erros como o nome “Jeová”. Erros como a conclusão do sistema, previsto mais de um, dois ou dez. Erros como a proibição de transplante de órgãos. Engano após engano após engano. Que parte é difícil de vocês entenderem? Pessoas morreram. Pessoas morreram. Ouçam! Pessoas morreram! Os seres humanos, atendendo às suas palavras, pensando-as infalíveis e inspiradas, seu canal direto de comunicação com Jeová. Assassinados pela ignorância. Vocês se chamam “a luz cada vez mais brilhante”, enquanto vocês mantêm seus seguidores envoltos na escuridão, mais escuridão que o escuro. “Não lhes dê ouvidos. Eles são apóstatas. Bloqueie seus ouvidos, aperte os olhos.” Destruam nossas famílias se for preciso, desde que vocês silenciem nossas vozes. Qualquer coisa para vos manter seguros. Qualquer coisa… Qualquer coisa para impedir os questionadores de questionar. Porque vocês sabem. E eu sei. Não é? Suas ovelhas não são tão diferentes de mim. Pequenas ovelhas são apóstatas, esperando para remover suas lãs, que quando tiradas de seus olhos são capazes de ver. E quando elas virem… Elas se tornam em mim. Você sabe disso e eu sei disso. A diferença entre uma Testemunha de Jeová e um “apóstata” não é o precipício do qual vocês teriam medo. Não é um abismo sobre o qual saltar. A diferença é apenas uma questão. Vocês podem nos chamar de “apóstatas”. E por definição, suponho que seja verdade. Mas quem somos nós, realmente? Nós somos os questionadores. Uma Testemunha de Jeová, devota e leal às suas mentiras de mogno retorcidas, só precisa ouvir um sussurro em seu coração. Um sussurro de meus lábios ou um erro do seu. E elas vão fazer uma pergunta. Uma pergunta se torna em uma, duas ou dez. Vire-se duas vezes, um novo apóstata é jogado aos lobos. Uma palavra desumanizadora: “apóstata”. Uma pessoa é jogada fora. Elas se tornaram questionadoras. Perguntas que vocês não podem responder, então suas gargantas são cortadas. Vocês vão manter suas famílias, mas o questionador deve morrer. De Charles, ao Juiz, a Nathan, a Fredrick, a vocês… Desde a sua criação, vocês têm jogado um jogo covarde, não têm? "Façam como dizemos, visto que somos o único canal de comunicação com o Deus Todo-Poderoso". Profecias falhadas. Profetas falidos. Falsos profetas. “Mas não somos inspirados ou infalíveis. Ainda assim, você deve fazer o que dizemos, visto que estamos na verdade.” A Verdade não é um quarto. A Verdade não é uma caixa. A Verdade não é um Salão do Reino. Você não pode estar na “verdade”, como se fosse algo tangível. Você só pode ter a verdade. As Testemunhas de Jeová acreditam que a verdade é algo em que devem estar: Um manto jogado sobre os ombros do esqueleto, o que ajuda a limitar o nascimento das perguntas. Questionadores não questionam se eles acreditam que a verdade é algo para vestir, em vez de algo para ser tido. Mas vocês sabem. E eu sei. Não é? Para vocês, membros do Corpo Governante, e eu, apenas Cael, nós dois temos a verdade. Vocês sabem a verdade e eu também. Vocês sabem que eu sei. É por isso que vocês colocam os dedos em seus ouvidos. É por isso que vocês colocam as mãos sobre os olhos apertados. É por isso que minha mãe não me falou por eternos dez anos. Porque vocês e eu sabemos a verdade. E ela não. Porque ela acredita que a verdade é algo a ser, em vez de algo para ser tido. É inteligente. Eu quase vos respeitaria, se eu não vos odiasse. Se meu desprezo fosse um pouco menor. Se eu pudesse deixar de lado suas monstruosidades. Se eu pudesse fingir que as pessoas não estavam morrendo, mesmo agora, baseadas em decisões que vocês fizeram para elas. Sem inspiração. Falíveis. Isso é corajoso, a propósito. É possível ser covarde e corajoso simultaneamente? Eu não sei, mas vocês têm todas as respostas, certo? Oito milhões de pessoas, certo? Todas elas vivendo e morrendo com base no que vocês decidem que é certo ou errado. Como homens comuns, isso deve pesar pesadamente em vocês. Ou não? Talvez vocês se tenham divorciado inteiramente da emoção humana. Gostaria de saber como vocês fazem isso, a propósito. Ainda sinto falta da minha mãe. Como exatamente vocês aprendem a não sentir? É inteligente. Enquanto elas acreditam que a verdade é algo a ser e não algo a ser tido, vocês podem decidir por elas o que é ou não é verdade. Suas mentes pequenas… Vácuo selado em uma caixa. Se vocês disserem-lhes que na “verdade” o azul deve ser preto e preto deve ser azul, então para elas, isso se tornaria verdade. Porque sua verdade é algo a ser em vez de algo para ser tido. Mas você saberia. E eu saberia. Nós saberíamos que eles estão errados. Nós saberíamos que o preto era preto e o azul era azul. Nós saberíamos que isso era verdade. Faça uma pausa comigo por um momento. Não seja um grupo. Só por um minuto, você será você e eu serei eu. Não sejam o Corpo Governante. Apenas seja cada um de vocês, individualmente. Apenas ser Gerrit ou Tony. Finja que somos apenas nós dois, Mark. O mesmo para você, Sammy e Geoffrey. David, somos apenas nós. E Mark, apenas seja Mark. Eu não vou ser um apóstata. Vou ser apenas eu. Vamos ser eu e você. Somos duas pessoas falando. O problema da pedofilia é um problema que devemos discutir. Aos violadores foi-lhes permitida a caminhada para retomar a vida familiar, com uma pequena palmada no pulso. É porque eles soluçaram com remorso amargo? É porque eles imploraram que vocês lhes concedessem o perdão de Jeová? É porque eles não questionaram, mas deram crédito à vossa autoridade? Acho que deve ser. Eu acho que deve ser, porque aqueles que recebem as penas mais duras são aqueles como eu. Os questionadores fazendo perguntas de um, dois e dez. Nós, os questionadores, questionamos sua integridade. Nós, os questionadores, questionamos a sua autoridade. Nós, os questionadores, questionamos sua cronologia. Nós, os questionadores, questionamos sua interpretação. Nós, os questionadores, questionamos seu direito de responder à pergunta. Nós, os questionadores. . . questionamo-vos. Isso, os pedófilos, não fazem. Choram e choramingam e gemem e babam. Eles vos louvam pela vossa misericórdia, dando ao vosso ego um impulso, lembrando-vos de que falais por Jeová. Vocês são Jeová. Vocês têm poder. Vocês sentem isso em suas veias. Mas o poder de um homem reside apenas naquilo que lhe é dado pelos outros. Os questionadores tiram o vosso poder. Como se atrevem a questionar-vos?! Eles não sabem quem vocês são? Então, perdoe os pervertidos silenciosamente e varram-nos para debaixo do tapete, porque os pervertidos são a resposta à pergunta um, dois e dez. Aquelas negras, sangrentas almas bastardas rastejando através de suas veias. Eles são a resposta para o vosso segredo, a coisa detestável, a abominação que faz desolação. E quão desolados nos fizeste! Nós, os remanescentes de casas certa vez cheias. Nós somos os mortos-vivos, nossos gritos soando em seus ouvidos. Nós somos as crianças abandonadas. O filho pródigo, voltou com uma faca. Agora o mundo sabe quem vocês são e os tosquiadores virão pelas suas ovelhas. Não é difícil ver o caráter de homens que condenam à morte os questionadores, por questionarem aqueles que fariam mal a crianças. Mas, eu não lhes digo nada que vocês já não saibam. Vocês sabem quem somos, os questionadores. É por isso que nos baniram; Tentaram silenciar-nos. Seus homens tolos. Quantos mais de nós formos amaldiçoamos por vocês, maior será o nosso número. Vocês não podem silenciar uma horda. Sob sua bota, vocês não podem esmagar uma besta. Vocês não podem silenciar um milhão de gritos. Nossas vozes estão ficando mais altas. Vocês pode ouvi-las tocando em seus ouvidos? O que vocês são? Como é que vocês fazem isso? Todos gostaríamos de saber. Vocês dormem profundamente à noite, com tantos demónios debaixo de sua cama? Vocês estão honestamente bem com isso? Vocês realmente não se importam em fazer a resolução de que uma mãe nunca deve falar com a filha, que um pai deve desprezar seu filho? E para quê? Porque eles não mostraram lealdade a vocês, homens que nunca conheceram? Isso fica bem com vocês? Vocês estão realmente bem com isso? Quando vocês tiram todos os livros e palavras, vocês são apenas homens. Eu sou apenas um homem. Podem honestamente dizer-me que vocês realmente presumem decidir como oito milhões de pessoas devem viver suas vidas? E vocês estão bem com isso? Eu não estaria. Porque… Eu sou apenas eu. Eu sou apenas Cael. Eu não sou inspirado por Deus. Eu não sou infalível. Eu cometo erros. Essa presunção arrogante: ficar no céu e decidir quem deve morrer. Imaginem isso. Que repugnante. Que absurdo. Como seria o sangue vermelho e negro? Eu ficaria enojado comigo mesmo. Eu teria vergonha. Mas então, se eu fizesse isso, eu não seria eu… Eu seria vocês. Espero que esta carta vos encontre bem, Cael McIntosh Artigo original: http://www.newslogue.com/debate/161/CaelMcIntosh
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