A página A Verdade é Lógica rebateu a minha última exposição sobre os argumentos que foram usados de modo simplista na sua página, para identificar Miguel, o Arcanjo com Jesus Cristo, o Filho de Deus. A análise que fez foi agora um pouco mais pormenorizada para tentar apoiar o seu argumento inicial. Irei tocar nos vários pontos enumerados pelo apologista TJ na sua resposta, de modo a expôr as falácias usadas e que na maioria das vezes, apenas usando deduções forçadas, pretende chegar a uma conclusão definitiva com respeito à identificação de Jesus como sendo Miguel, o Arcanjo. A negrito estarão os comentários da página A Verdade é Lógica. Como provar que Jesus é Miguel? Existe uma relação inegável entre Daniel 12:1 e Mateus 24:21, conforme apresentei num artigo anterior. R: Sim, existe uma relação inegável pois o tempo descrito em cada passagem, refere-se ao mesmo período em que a humanidade mergulhará numa grande tribulação. Quanto a isso estamos de acordo. Recebi essa resposta no privado: R: É interessante que o apologista da página não refere QUEM argumentou contrário àquilo que ele tinha exposto. Na realidade, o link com minha contra-argumentação foi colocado na sua página por um dos seus leitores, mas quer o link foi apagado, quer a pessoa banida. É habitual os apologistas da Torre fazerem este tipo de ‘saneamento’ nas suas páginas, pois não toleram que existam argumentos contrários que exponham suas falácias e distorções doutrinais. É tão fácil ser aplaudido e elogiado como sendo um grande apologista quando TODOS os seus opositores são silenciados! As Testemunhas de Jeová que tanto gostam de argumentar e expôr as suas opiniões, que dizem defender a liberdade de expressão e que muitas vezes invadem páginas dos chamados ‘opositores’ com ataques pessoais e pouco apologéticos, não toleram NENHUM comentário em suas páginas que possam levantar dúvidas sobre a legitimidade dos seus argumentos. As páginas dos apologistas e seus sites funcionam como pequenas ditaduras online, cujos pequenos ditadores controlam com mão-de-ferro e onde controlam todos os comentários dos leitores. Na maior parte dos casos, apenas comentários elogiosos são permitidos. "Em nenhuma passagem de Daniel é dito que Miguel 'reina', mas sim que ele se coloca numa posição de defesa. Miguel é chamado de 'príncipe' e nada na passagem indica que ele exerce o reinado". Bem, preste atenção à parte em que foi dito que "nada na passagem indica que ele exerce o reinado". Será mesmo que NADA INDICA? O que é um "Príncipe"? A palavra Hebraica em questão é שׂר (ώar), e transmite a ideia de um governante. Alegar que o título "Príncipe" não tem relação nenhuma com reinado é como alegar que cadáver não indica morto. R: É interessante como o apologista distorce o que afirmei. Eu não disse que o título “Príncipe” não tem a ver com “reinado”. O que afirmei é que ele ser chamado de “Príncipe” não é sinónimo de ele exercer o reinado, ou seja, de ele governar como rei! Indica apenas que ele exerce um cargo elevado na corte celestial de Deus! Como diz Daniel 10:13, Miguel é “um dos primeiros príncipes” nesta corte celestial. Outros exercem um papel similar na hierarquia angélica. E isso claramente é comprovado nas Escrituras Hebraicas, quando se faz uma pesquisa pela palavra “príncipe” ou “príncipes”. Vejamos apenas alguns exemplos: “Que os príncipes de Israel, os cabeças da casa de seus pais, os que foram príncipes das tribos, que estavam sobre os que foram contados, ofereceram…” – Números 7:2 “A saber, os príncipes de Judá, e os príncipes de Jerusalém, os eunucos, e os sacerdotes, e todo o povo da terra que passou por meio das porções do bezerro…” – Jeremias 34:19 “E a dez príncipes com ele, de cada casa paterna um príncipe, de todas as tribos de Israel; e cada um era cabeça da casa de seus pais entre os milhares de Israel.” – Josué 22:14 Estes textos e muitos outros onde aparece a palavra “príncipe” indicam posições de destaque dentro de um sistema hierárquico, mas não significa que tais “príncipes” sejam reis. Apenas que exercem uma posição de destaque no reino ou governo. A palavra שָׂר usada acerca de Miguel, tem o significado não apenas de “príncipe”, mas também de “chefe”, “governante”, “oficial”, “capitão” ou seja, uma posição de destaque e responsabilidade hierárquica, mas não significa jamais “rei” ou “governante supremo” na hierarquia. É preciso entender o contexto histórico em que as palavras são usadas! Mesmo no Novo Testamento torna-se claro a existência de principados celestiais, onde certamente Miguel, o Arcanjo está inserido. Senão vejamos: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus…” – Efésios 3:10 “…que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes.” – 1 Pedro 3:22 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” – Romanos 8:38, 39 “Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro…” – Efésios 1:21 Sim, Jesus Cristo está muito acima de “principados” e “potestades” celestiais. Sendo o reflexo exato de Seu Pai e tudo existindo para ele e por meio dele, torna-se no mínimo estranho associá-lo a um arcanjo que está ao serviço de Deus e cuja posição é partilhada por outras criaturas celestiais. Ademais, se lermos o versículo seguinte veremos claramente que se trata se Jesus: Daniel 12:2 "[...] muitos dos adormecidos no solo de pó acordarão [...]". Não estamos discutindo o sentido dessa ressurreição, portanto, não vem ao caso. Mas quem é que se "põe de pé" durante a Grande Tribulação, mencionando-se o reavivamento de mortos? Dizer que isso "Não prova" que é Jesus é como dizer:"Só porque tem quatro lados iguais não quer dizer que seja um quadrado". Sejamos racionais: Você não acha meio óbvio demais? R: Este argumento torna-se ridículo, pois o contexto temporal em que os eventos ocorrem não implicam que a pessoa mencionada neles seja a responsável por eles. Assim como o arcanjo Miguel não é responsável pela Grande Tribulação que sobrevém sobre a terra habitada e sobre os servos de Deus a quem ele irá defender, também não deveremos presumir que estando ele situado na passagem que menciona também a ressurreição dos mortos, forçosamente signifique que ele seja o causador dessa mesma ressurreição. Mais uma vez, usa-se uma dedução para chegar a uma identificação absoluta quando a passagem não diz tal coisa. Um argumento frequentemente usado para refutar essa ideia é o de Daniel 10:13:"[...] eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me [...]" Opositores dizem que "um dos primeiros príncipes" mostra que Miguel não é o único, e, sendo que Jesus é o único, eles não são a mesma pessoa. R: É de salientar que não são os “opositores” que dizem que Miguel é “um dos primeiros príncipes”. É a Bíblia! Este tipo de linguagem coloca, sem margem para dúvida, Miguel, o Arcanjo como estando em igualdade com outras criaturas celestiais que exercem uma posição similar, ou seja, são “príncipes” na corte celestial. Se a Bíblia dissesse que ele era o único príncipe ou o mais elevado dos príncipes, talvez isso fosse uma verdadeira pista para relacionar Miguel com a pessoa de Jesus e mesmo assim seria duvidosa. Mas nesta passagem nem isso não acontece. No entanto, tal argumentação é frágil por 3 motivos: 1) Ela implica em alegar que não poderiam existir outros primeiros (maiores) príncipes caso Jesus seja Miguel (falso, pois há seres celestiais poderosíssimos, uns mais que outros - sendo Jesus um deles); Jo 38:8 diz que "todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso" ao verem a criação do mundo. Dentre eles estava o Unigênito. Jesus é um dos filhos de Deus, mas também é O FILHO. Assim como Miguel é um dos maiores príncipes, mas é também o Príncipe. R: Mais uma vez, o raciocínio do apologista desvia a atenção de que Miguel é retratado como sendo um príncipe entre outros similares a ele em posição hierárquica. Mais uma vez ele pressupõe que apesar da linguagem bíblica sobre Miguel, o Arcanjo ainda assim, de algum modo, Miguel esteja colocado acima de todos os outros príncipes que igualmente foram os “primeiros” junto com ele. Mais uma vez saliento que uma pressuposição não se pode tornar uma regra definitiva. Essa pressuposição precisa de ter factos que a confirmem ou não passa disso mesmo. É verdade que a Bíblia chama aos anjos “filhos de Deus”, assim como chamou também ao primeiro homem, Adão. Mas a conclusão que ele tira ao relacionar Jesus com Miguel é absolutamente fantasiosa. Jesus claramente é distinguido entre os outros filhos celestiais de Deus com vários títulos tais como “unigénito” (único filho) e “primogénito” (primeiro filho). Tais títulos são claros em destacar a sua proeminência em relação aos demais. Mas será que em Daniel tal singularidade é dada a Miguel? Não! Ao dizer que Miguel é “um dos primeiros príncipes” nem sequer significa que foi o primeiro, ao contrário da identificação dada a Jesus como “primogénito”. Além do mais, ser ele tratado como “grande príncipe” em nada retira o que já foi dito, pois em Daniel é claro que ele não é o único “príncipe”. Apenas é salientado que esse “grande príncipe” é colocado em defesa do povo de Deus. 2) Ela também implica que, por Miguel ser um dos "primeiros príncipes", ele obrigatoriamente não poderia ser o mais destacado deles (falso - Miguel pode muito bem ser "um dos primeiros príncipes" e ao mesmo tempo ser o mais destacado e único em sua posição); Daniel 10:21 diz: "e não há ninguém que se mantenha forte comigo nestas [coisas] EXCETO Miguel, vosso príncipe." Neste texto vemos INDISCUTIVELMENTE a singularidade de Miguel na expressão "exceto Miguel" (Somente Miguel). R: Poderia ser como é óbvio, no entanto, mais uma vez o apologista parte de uma hipótese para defender o seu argumento! Hipóteses não são certezas e muito menos num caso como este. Uma das evidências de que Miguel, o Arcanjo não pode ser o próprio Jesus é aquilo que Daniel fala sobre o “homem vestido de linho”. Em Daniel 10:5, 6 diz: “Olhei para cima, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puríssimo na cintura. Seu corpo era como o berilo, o rosto como o relâmpago, os olhos como tochas acesas, os braços e pernas como o reflexo do bronze polido, e a sua voz era como o som de uma multidão.” (NVI) É este homem "vestido de linho", com "um cinto de ouro" em torno de sua cintura, que é o personagem principal do livro de Daniel capítulo 10. Ele é também mencionado especificamente em Dan. 10:16, 18 e 12:6, 7 e aparentemente também em Dan. 8:16. Todas as profecias mencionadas de Dan. 10:11 e ainda em Dan. 12:13 fazem deste “homem vestido de linho” um mensageiro celestial. E aqui está o fator decisivo sobre a identidade de Miguel! Este “homem vestido de linho” é o próprio Filho de Deus na manifestação humana! Edward Young observou: “A descrição, porém, parece provar que a pessoa majestosa apresentada aqui não é outro senão o próprio Senhor. O Apocalipse é uma teofania, uma revelação sobre-humana do Filho Eterno. Isto é evidenciado pela descrição muito semelhante (Rev. 1:13-15) daquele que João vê andando entre os sete castiçais de ouro.” (Um Comentário sobre Daniel, pág. 225) C. F. Keil e E. Delitzsch fizeram a mesma observação. Eles escreveram que o que Daniel viu “não era um anjo principesco comum, e sim uma manifestação do Logos de Jeová. Isso se compara, além de qualquer dúvida, com Apocalipse 1:13-15, onde a figura do Filho do homem visto por João parece ir no meio dos sete castiçais de ouro descritos na revelação gloriosa que foi vista por Ezequiel e Daniel.” (Comentário sobre o Antigo Testamento, Vol. 9:3, pág. 410) Isso tem consequências. Pois o homem "vestido de linho", trata Miguel na terceira pessoa em Dan 10:13, 21 e 12:1. Ele fala sobre Miguel como outra pessoa! Assim, se o homem “vestido de linho” é Jesus em forma humana, este não poderia ser Miguel! E também vemos na expressão "VOSSO Príncipe" (não “um dos vossos príncipes”) que Miguel REINA ou age com autoridade REAL e que é ELE o escolhido para ser o Príncipe. 3) Tal declaração também ignora o que Daniel 12:1 diz: "[...] Miguel, o grande príncipe [...]". Note que Daniel diz claramente: A) Miguel é um dos primeiros príncipes;Mas, ao mesmo tempo:B) Miguel é O GRANDE PRÍNCIPE;C) "Somente Miguel"; Em suma, existem outros grandes ou "primeiros príncipes", Miguel é um destes, mas é também o maior e singular entre tais, pois só ele é dito como "o grande príncipe", e "exceto Miguel". R: Pelas razões apresentadas anteriormente e que não vale a pena repetir, percebe-se como cada um destes pontos não tem suficiente peso para afirmar de modo taxativo que Miguel é Jesus Cristo em forma angélica. Ser ele o “Príncipe” de Israel apenas significa que a ele foi dada a tarefa de defender e proteger o povo dos inimigos. Não significa que ele seja rei sobre eles. Conforme vimos, a expressão “príncipe” era usada em vários sentidos e mesmo na nação israelita existiam muitos príncipes que funcionavam como chefes de tribos e clãs da nação, mas não eram governadores supremos desta. Até ao primeiro rei de Israel, Saul, era Jeová quem governava de modo absoluto e sem representante governativo na terra. Após o primeiro rei de Israel, apenas um rei governava em representação de Deus, mas sua corte e nação possuía vários príncipes que funcionavam dentro do sistema governativo. É dessa forma que é apresentada a corte celestial. Talvez aqui surja a pergunta: "Se Jesus fosse realmente Miguel, o Arcanjo, não teriam os escritores apostólicos, especialmente o apóstolo Paulo, usado tais passagens e aplicado a Jesus Cristo?" Reposta: não necessariamente. Daniel 7:13 trata de "alguém semelhante a um filho de homem;" que "obteve acesso ao Antigo de Dias," - indiscutivelmente Jesus Cristo. Mas em nenhum momento Paulo explica que este é Jesus. R: É verdade que o apóstolo Paulo não associou essa expressão a Jesus. Mas não foi ela usada e reconhecida como aplicando-se a Jesus por outros discípulos dele? “Mas ele, cheio de espírito santo, olhou fixamente para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus, e disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do homem em pé à direita de Deus.” – Atos 7:55, 56 (TNM) “…e, no meio dos candelabros, alguém semelhante a um filho de homem, vestido com uma roupa que chegava até os pés e uma faixa de ouro em volta do peito.” – Apocalipse 1:13 (TNM) “Vi então uma nuvem branca, e sobre a nuvem estava sentado alguém semelhante a um filho de homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão.” – Apocalipse 14:14 (TNM) Assim, torna-se claro como os discípulos e apóstolos de Cristo usaram a expressão “Filho do homem” com referência a Jesus, tendo certamente a passagem de Daniel 7 em mente, citada pelo apologista TJ. Mais uma vez saliento que seria estranho os discípulos de Jesus acreditarem que Miguel, o Arcanjo era Jesus na sua forma pré-humana e nunca terem mencionado isso em seus escritos de forma explícita. Alguns argumentam também que Judas 9 diz que 'Miguel não se atreveu a julgar o Diabo', mas que Jesus em Mateus 4:10 disse: "Vai-te Satanás". E que isso significaria que Miguel é menor que Jesus. Existem 2 problemas cômicos nessa objeção: 1) "Vai-te Satanás" não é um julgamento comparável ao que Miguel se refreou de fazer com o Diabo. Desde quando que mandar alguém sumir da sua frente é a mesma coisa que condenar tal pessoa a prisão? (Achei bem patético esse argumento). R: O relato de Judas 9 diz: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.” – Judas 1:9 Coloco o texto em questão porque salta à vista a diferença de tratamento que Miguel tem com Satanás e forma como Jesus repreende a Satanás. É claramente distinta! Enquanto Jesus usa de autoridade pessoal para repreender Satanás e ordenar que vá embora, Miguel recorre a uma autoridade superior para fazer o mesmo! É no mínimo estranho que Jesus, na sua forma humana, fraca e debilitada pelos 40 dias no ermo tenha tido a autoridade e poder para ordenar a Satanás que se afaste dele, mas enquanto criatura celestial poderosa não tivesse tido, necessitando de recorrer a uma fonte de poder superior para repreender a Satanás. Se há algo cómico, é a forma como o apologista interpreta esta situação: segundo o seu ponto de vista, Jesus enquanto homem tem poder e autoridade, mas enquanto ser poderoso e de grande prestígio não o tem! 2) Em Mateus 20:23 Jesus disse: "Bebereis do meu copo, mas, assentar-se à minha direita e à minha esquerda não é meu para dar". Assim, tal pessoa também teria de admitir que Jesus não é Deus. Mas se tal argumento fosse apresentado para a mesma pessoa que fez o argumento de Judas 9, ela mudaria a lógica de seu próprio argumento. (Típico de Trinitário...) R: Isto é o que se pode chamar de desviar a atenção do assunto que se está a falar. Como eu não sou trinitarista nem comento… lolololol. Se alguém está a imitar a postura trinitarista nos argumentos apresentados não sou eu. O apologista da página A Verdade é Lógica usa o mesmo tipo de raciocínio e técnica argumentativa que os trinitaristas usam para tentarem provar a trindade! Pegam em textos isolados, relacionam com outras passagens igualmente descontextualizadas e tentam explicar palavras originais mudando o seu sentido (veja-se o que faz com o uso da palavra “príncipe” onde tenta transformar o sentido como se significasse “rei”). É triste como os apologistas desta página acabem por cair na mesma tentação dos trinitaristas, ao tentarem provar com textos dúbios e nada assertivos, uma posição dogmática e transformá-la numa doutrina. Mas a mais patética das objeções é quando os opositores dizem que as Testemunhas de Jeová "diminuem a Cristo por dizer que ele é Miguel". Bem, quando nós argumentamos que Jesus disse que 'o Pai é maior do que ele' (João 14:28), os Trinitários enchem a boca para dizer "Subordinação Funcional". Bem, se a suposta subordinação humana de Jesus não o rebaixa, por que a posição arqueangélica o rebaixaria? R: Mais uma vez, o assunto é desviado para outra temática. Mas neste caso, posso dar a resposta à última questão. Jesus é colocado na Bíblia como estando subordinado ao Pai e numa posição inferior a Ele. Isso em nada diminui a sua posição perante TODA a criação, da qual ele, como mestre-de-obras, participou em trazer TUDO à existência. Outra bem diferente é colocá-lo como ANJO, mesmo que numa posição superior à maioria dos anjos. Jesus jamais é colocado nessa posição no Novo Testamento. Aliás, ele é descrito como estando acima de TODOS os anjos, ao contrário do que aparece na descrição de Daniel com respeito a Miguel que é descrito como “um dos primeiros príncipes”, demonstrando igualdade dentro de uma classe de criaturas. Assim, fica claro que: 1) Quem se põe de pé na Grande Tribulação é Miguel; 2) Quem se põe de pé durante a Grande Tribulação é Jesus; 3) Não existem dois seres tão distintos em suas posições; Logo: Jesus é Miguel. R: Após a análise que fiz à resposta da página, penso que é claro como esta conclusão é equivocada. O que acho mais irónico é que no dia em que a Torre de Vigia mudar este ensino, esta mesma página irá mudar seu discurso e passará a defender o que agora acreditava ser ensino errado e apóstata! Esse dia vai chegar, assim como aconteceu com tantos outros ensinos, alguns bem mais importantes que este! E nesse dia, veremos quem ficará a rir… António Madaleno
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