Devemos dar ouvidos a quem anuncia a proximidade do Fim dos Tempos?

Muitas pessoas ficam alarmadas com notícias de que o "fim do mundo" está próximo e acabam por enveredar por seitas e grupos destrutivos que apenas se aproveitam de tais temores para usá-los e beneficiar do seu dinheiro, tempo e energia em prol deles.

Tais falsos profetas conhecem bem o efeito psicológico da percepção humana em virtude da possibilidade de um evento cataclísmico que poderá dizimar a humanidade inteira, deixando apenas aos "eleitos" a possibilidade de salvação. Mas como se costuma dizer, o "bilhete da viagem não é de graça" e muitas vezes é tarde quando as pessoas se apercebem que foram manipuladas e usadas, caindo no conto do vigário.
​
Mas é de admirar que isto aconteça? Realmente não!

Muitos líderes religiosos são bastante entusiastas em anunciar a proximidade do fim dos tempos. Deve crer neles?

O senhor Jesus Cristo, sabendo de antemão que muitos iriam usar o seu nome e a sua mensagem sobre o Reino dos Céus para usar outros em seu próprio benefício e de modo a atrair para si discípulos, deu diversos avisos. Infelizmente, a maioria dos crentes continuam a fazer vista grossa a eles preferindo acreditar nos seus líderes religiosos, que a cada novo evento, aproveitam para amedrontar as ovelhas de modo a puderem continuar a tosquiá-las livremente. Veja alguns dos avisos de Jesus:

"Cuidado para não serem enganados, pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’, e: ‘Está próximo o tempo devido.’ Não vão atrás deles." – Lucas 21:8

Aqui Jesus é explícito dizendo que alguns iriam apregoar que o fim estaria próximo. Ele é claro ao dizer para não os seguir.



“Então, se alguém lhes disser: ‘Vejam! Aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali!’, não acreditem. 24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e milagres a fim de enganar, se possível, até mesmo os escolhidos. 25 Prestem atenção! Eu os avisei antecipadamente. 26 Portanto, se lhes disserem: ‘Vejam, ele está no deserto!’, não saiam; ou: ‘Vejam, ele está no interior da casa!’, não acreditem. 27 Pois, assim como o relâmpago sai do leste e brilha até o oeste, assim será a presença do Filho do Homem. 28 Onde estiver o cadáver, ali se ajuntarão as águias." – Mateus 24:23-28

Aqui Jesus expressa a preocupação sobre aqueles que iriam seguir falsos cristos e falsos profetas que os enganariam, até mesmo alegando saber onde estaria Jesus sem que ninguém o visse (lembramos aqui o ensino de que Jesus regressou de modo invisível segundo a Torre de Vigia e que apenas uns poucos perceberam isso).

Ele é claro em dizer que quando ele viesse, seria como um relâmpago que brilha em toda a parte e não deixa margem para dúvidas da sua presença.



“Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse em que vigília o ladrão viria, ficaria acordado e não permitiria que sua casa fosse arrombada. 44 Por essa razão, vocês também mostrem-se prontos, porque o Filho do Homem vem numa hora que vocês não imaginam." – Mateus 24:43, 44


Estar desperto e vigilante foi o conselho de Jesus, porque como ele diz, viria numa hora que ninguém imaginaria ou esperaria. Isto só faz sentido se ele realmente surgir como um ladrão, sem avisar.

​

Após lermos estas declarações de Jesus, vamos continuar a alimentar falsos profetas que tentam amedrontar os cristãos com a proximidade do fim dos tempos?

Será que o cristão precisa temer a vinda de Jesus? Óbvio que não! Desde que ele esteja pronto e desperto em sentido espiritual, não por alimentar medos ou receios, mas por viver uma vida de santidade em imitação do Senhor, nada tem a temer.

Encarará os eventos como sinais dos tempos profetizados na Bíblia e que se iniciaram desde que Jesus ascendeu aos céus e que culminará no seu regresso como Rei vitorioso para julgar os vivos e os mortos (2 Timóteo 4:1). Continue a viver cada dia como se fosse o seu último dia na Terra, não com medo e pavor, mas com alegria e coragem, sabendo que independentemente do dia em que Jesus regressar, todas as nações da terra serão abençoadas por seu intermédio e a paz universal será uma realidade!

António Madaleno