As Testemunhas de Jeová são muito conhecidas por causa de seu serviço de colportagem nas ruas, de porta em porta e nas casas das pessoas, principalmente aos fins de semana, domingos e feriados. Elas geralmente chegam bem cedo nas portas e após lerem um pequeno trecho de um texto bíblico, apresentam uma publicação produzida por sua organização, o que em muitos casos, deixa transparecer figuras e imagens coloridas de um paraíso na terra, cheio de pessoas felizes e unidas. Figuras de animais selvagens e ferozes como leões, ursos e tigres brincando com crianças, são comumente estampadas em gravuras nestas publicações. O objetivo é atrair a atenção para a mensagem, fazendo-as imaginar como seria a suposta vida eterna num mundo restaurado, livre das doenças, dos crimes e até mesmo da morte. Quando encontram interessados, cultivam tal interesse por dirigir um programa de doutrinação a fim de converter tais pessoas às suas crenças. São orientadas por sua liderança a aproveitar todas as oportunidades para divulgar suas doutrinas; por isso, é comum alguém ser abordado no trabalho, escola, vizinhança, em um ponto de ônibus (autocarro), ou mesmo numa sauna por uma Testemunha de Jeová zelosa de sua organização. Muitas pessoas ficam impressionadas com a perseverança delas em seu serviço de proselitismo. Não raro, membros de várias igrejas confessam admirá-las por causa do zelo que demonstram na prática de sua fé. Apesar de serem ridicularizadas por alguns e maltratadas por outros, as TJ não desistem. Se são expulsas de uma casa por algum morador nervoso, simplesmente dirigem-se à próxima casa onde esperam encontrar alguém que demonstre mais interesse em sua mensagem. Quando isso acontece, fazem tudo o que podem para que esta pessoa interessada se convença que a organização da Torre de Vigia é a representante oficial de Deus na terra. Evidentemente, as alegações de que praticam a “única religião verdadeira” são fantasiosas, e esbarram em uma série de evidências contrárias irrefutáveis como as falsas profecias do fim do mundo e as diversas mudanças doutrinais que foram feitas ao longo de sua história. As Testemunhas de Jeová são de fato uma seita que realiza lavagem cerebral e estamos muito bem abalizados para fazer esta declaração. Entretanto, alguns se perguntam como seitas como as Testemunhas de Jeová conseguem criar e manter um exército de voluntários que lhe prestam serviço com incrível abnegação e extrema qualidade. O que levaria alguém a sustentar e se submeter ao comando de um grupo sectário por toda a sua vida e ainda doutrinar sua própria família obrigando-a à mesma sujeição vitalícia? Que programação mental poderosa é esta que após implantada em uma Testemunha de Jeová a torna uma espécie de kamikaze da fé? Como fabricar um genuíno escravo e colocá-lo para trabalhar de forma vitalícia na construção e manutenção de um império religoso? A resposta a esta pergunta pode ser encontrada na análise de um dos axiomas máximos da organização das Testemunhas de Jeová: O de que são a “única religião verdadeira”. Este axioma é sustentado por três pilares principais, os quais iremos analisar com cuidado a partir de agora. Na segunda guerra mundial, pilotos suicidas japoneses lançavam-se com seus caças carregados de bombas sobre alvos inimigos, destruindo diversas bases e instalações ao custo de suas próprias vidas. Estes pilotos ficaram conhecidos como Kamikazes. O que os impelia a algo tão extremo? Um forte sentimento patriótico? Pode se dizer que o sentimento patriótico era apenas um resultado oriundo de fatores que produziram a motivação final; ainda não era a causa primária. Esta causa primária, tinha a ver com um condicionamento milenar mais profundo ao que estavam sujeitos. Os japoneses eram ensinados a crer, desde o nascimento, que o seu imperador era um ser divino. Alguns termos japoneses como Tennō (soberano dos céus) e Mikado (porta sublime) eram aplicados exclusivamente ao regente. Até mesmo um culto oficial chamado Arahitogami ("um deus que é humano") era prestado ao imperador, considerado divino pelos laços que nutria com os deuses ancestrais de sua nação. Assim, os japoneses eram condicionados milenarmente por um falso axioma: O imperador era um deus. Isso tornava sua obediência ao império algo mais importante que a própria vida. Assim, para um japonês, lançar-se com um avião-bomba sobre alvos inimigos e sacrificar-se em honra ao “deus imperador”, era na verdade um martírio desejável e uma atitude de extrema lealdade e honra. Era um grandioso privilégio. Porém, quando o Japão foi derrotado pelos seus inimigos na segunda grande guerra mundial, o deus-vivo japonês precisou abdicar de sua suposta invencibilidade e divindade. Em 1947, a constituição japonesa foi modificada e Hiroíto, o último deus-imperador, declarou que os japoneses não deveriam sustentar uma ideia mitológica dessa natureza. Mas, com isso em mente, voltamos às Testemunhas de Jeová. Como sua organização religiosa as tornam tão condicionadas e obcecadas a ponto de defendê-la, apoiá-la, sustentá-la e de sacrificar sua própria vida e de membros da família nesse esforço? Como vimos, precisamos buscar os motivos básicos que formam os pilares de sustentação das crenças implantadas pela Torre de Vigia. Primeiro Pilar: O líder é divino Em primeiro lugar, é preciso que o fiel aceite a divindade do líder. Como no caso do imperador japonês onde tínhamos um deus-homem cuja divindade não podia ser contestada, no caso das Testemunhas de Jeová, temos os representantes divinos em posição enaltecida que estão isentos de crítica e de julgamentos vindos de baixo da pirâmide. No início, o fundador Russell, conhecido por seus seguidores como o “Escravo Fiel e Discreto”, ou o sucessor do apóstolo Paulo. Em seguida, o autoritário e rabugento Juiz Rutheford, o homem que transformou o grupo de Estudantes Internacionais da Bíblia nas atuais Testemunhas de Jeová; o segundo principal auto-denominado representante de Deus na terra até o ano de 1942 quando morreu vítima de um câncer retal. Para inculcar a “liderança divinizada” na mente de um fiel, a Torre de Vigia procura manipular e reescrever a sua história passada a fim de transformar grandes vergonhas e previsões fracassadas em iluminantes lampejos de progresso espiritual que alavancam o poder e a supremacia de sua organização. Atualmente, as Testemunhas de Jeová já acabaram de esculpir o moderno bezerro de ouro, idealizado inicialmente em 1976, ao qual chamam de “Corpo Governante” ou o novo “Escravo Fiel e Prudente”, ou ainda, os “Ungidos de Jeová”. Esta é sem dúvida uma nova roupagem para um conceito comum de dominação implantado ostensivamente a cada membro sob um processo meticuloso de profunda lavagem cerebral. Ao aceitar a supremacia ou designação divina do líder da Torre de Vigia, tudo o mais é secundário, pois uma porta extensa de probabilidades para o controle e a manipulação religiosa está totalmente aberta. O que, não iremos detalhar aqui, é claro. Basta dizer que o membro doutrinado passa a crer que tudo que vem do líder é divino e consequentemente irrecusável. É acima de tudo uma proposta incondicional. Por isso, é muito comum as afirmações das Testemunhas de Jeová de que servem ou apoiam a Jeová, quando na verdade, prestam serviços a uma organização e pregam lealmente uma profecia ou ensino impostos por ela em nome de Deus que mais tarde podem ser negados ou simplesmente deixados para trás. Para tornar claras as alegadas “credenciais” de sua “designação divina” aos seguidores, as seitas procuram trazer o cumprimento de sagradas profecias para o seu próprio tempo ou reinterpretar passagens obscuras de ensinos e textos da Bíblia a seu próprio modo, aplicando-as a seus líderes ou a seu passado recente. As Testemunhas de Jeová chegaram a fazer cálculos complexos de eventos da história bíblica para chegar por exemplo a datas como 1914, 1925 e 1975, designando-as como anos propícios ou certos para o Armagedom. Claro, isso é um detalhe que abordaremos quem sabe em outro artigo. Mas, embora tenhamos neste momento do tempo um religioso fiel vitalício, extremamemte sujeito ao líder, é preciso ainda, torná-lo um defensor obstinado, capaz de mentir, matar ou mesmo morrer para defender seu grupo. O que fazer a seguir? Segundo Pilar: O exclusivismo religioso radical Para os japoneses, o imperador era um deus invencível, exclusivo, digno de qualquer sacrifício. Por esta premissa, estavam tanto dispostos a morrer como a matar. E foi exatamente o que fizeram. Quem quer que desafiasse o imperador, estaria em contrapartida desafiando uma divindade. O exclusivismo religioso das Testemunhas de Jeová é estritamente estratégico e tem um objetivo vital no desenvolvimento e manutenção de sua organização religiosa. Sem o exclusivismo radical, um dos pilares principais das seitas, seu domínio e controle, e mesmo sua existência estaria comprometida. Para as Testemunhas de Jeová, além de sua organização não há salvação ou apoio divino. Bênçãos espirituais são direcionadas apenas e exclusivamente aos que estão associados à sua religião e qualquer aparente prosperidade observada em outros grupos, limitam-se ao raio da materialidade física e não são em si uma prova de aprovação divina. Para elas, participar mesmo indiretamente da mais simples cerimônia de outros grupos religiosos, é afronta mortal contra sua fé, um adultério espiritual que pode trazer sérias consequências disciplinares. Por isso, não espere que uma Testemunha de Jeová atenda ao convite de assistir a uma missa ou culto em alguma outra igreja; elas jamais o farão pois encaram tais ocasiões como atos de adoração falsa. Alguém lhes inculcou tal coisa na mente; mas antes, foi preciso que o pilar da divindade do líder tivesse sido erguido. O caminho aberto após isso, escancara um leque de possibilidades muito extenso para a prática da dominação mental. O exclusivismo tem como resultado o ódio e a discriminação religiosa, o que para as seitas é simplesmente normal e desejável. Isso garante acima de tudo sua autonomia, pois um exército de idealistas, está sempre pronto para defender com a própria vida os seus ideais organizacionais. É exatamente isso que tem ocorrido ao longo do tempo. O raciocínio das Testemunhas de Jeová de que todas as religiões do mundo conspiram contra elas, fazem-nas crer que são um exército divino com ódio justificado aos pretensos inimigos de Deus. Este ódio, é claro, pode ser apaziguado com a conversão. Este muro ideológico tem como objetivo adicional, barrar qualquer informação advinda de fontes externas! Uma vez que estas informações jamais poderiam ser oriundas de Deus, mas sim de Satanás, o muro é simplesmente aceitável para elas e encarado como uma espécie de proteção divina. Assim, passam a existir apenas dois grupos no cenário mundial: O que serve a Deus, mediante seu líder representante na terra, e o que se opõe a ele, isto é, o restante do mundo. É desta forma que nasce a premissa do “nós contra eles”, a qual emerge do pilar básico do exclusivismo radical. Essa atitude, torna cada Testemunha de Jeová um soldado pronto a obedecer e a atacar. Pois bem, temos agora o soldado religioso disposto a morrer ou a matar por sua religião; porém, precisamos que ele também seja um trabalhador voluntário e produtivo, capaz de doar seu tempo e dinheiro à manutenção dos “interesses divinos” na terra. Além disso, é preciso que mais trabalhadores recebam o mesmo processo de doutrinamento a fim de manter a pirâmide do controle organizacional; e esta, em consequência, aumentará e progredirá sem que a alta hierarquia precise se sujeitar ao serviço braçal. Para isso, um terceiro pilar é necessário. Terceiro Pilar: Responsabilidade por vidas e mortes Uma vez que os dois pilares anteriores estão bem estabelecidos na mente do fiel, um terceiro se levanta em termos relacionados. São os diversos conceitos contidos neste pilar de sustentação que irão induzir o membro a se tornar um escravo total do sistema. Uma vez que há um único líder divino na terra, naturalmente, os que não se sujeitam a ele, estão irremediavelmente perdidos, já que tal atitude é o mesmo que rejeitar a Deus. Evidentemente, o desejo de salvar pessoas condenadas a uma possível destruição é algo que surge naturalmente, já que o fiel é orientado desde cedo a compartilhar as “verdades” que está descobrindo. Omitir-se ou negligenciar esta responsabilidade, é carregar culpa de sangue e arriscar-se a perder a própria salvação. A Torre de Vigia usa um texto chave da bíblia, que sempre é lembrado, quer em suas reuniões quer em artigos de diversas publicações: “Quando eu disser ao iníquo: ‘Ó iníquo, positivamente morrerás!’ mas tu realmente não falares para avisar o iníquo do seu caminho, ele mesmo morrerá como iníquo no seu próprio erro, mas o sangue dele requererei de volta da tua própria mão.” – Ezequiel 33:8-9 (TNM) Agora, é apresentada ao fiel soldado, a batalha de sua existência. Nesta batalha, o objetivo não é tirar vidas, mas salvar quantas delas for possível. Aquele que se torna um desertor é muito pior que um covarde, é um anti-cristo! É preciso manter e sustentar as engrenagens da máquina da salvação. É preciso apoiar aqueles que a lideram. Para que a comissão divina de pregar a “mensagem de salvação” possa ser efetivada, o membro da seita precisa se comprometer a fazer a sua parte. Afinal, o prémio da vida eterna não tem preço e qualquer esforço ou meios de subsistência usados nessa grandiosa obra é insignificante diante de sua importância eterna. A Torre e Vigia diz aos fiéis que a pregação de sua mensagem ao redor do mundo é um trabalho predito nas escrituras, e que no futuro distante, estátuas podem até ser erguidas em sua homenagem. Mas se o fiel negligenciar esta responsabilidade, ele poderá ter parte da responsabilidade pela morte de bilhões de pessoas que não foram “avisadas” a tempo. Este provável sentimento de culpa pela possível destruição de pessoas ignorantes, membros da família como o marido, esposa, filhos, avós, netos, tios e sobrinhos e amigos da escola e trabalho, tem um importante papel na voluntariedade para o proselitismo. Afinal, quem não irá se preocupar em ajudar um ente querido a se tornar um verdadeiro e salvo servo de Deus? Ou quem não irá tentar ajudar um amigo de infância, ou um prospectivo cônjuge a passar para o lado da verdade, antes que venha o iminente Armagedom e com ele a destruição eterna sem perspectivas de ressurreição? Cada Testemunha de Jeová, tem o interesse genuíno de ajudar o maior número possível de pessoas, e por isso, não pode simplesmente desistir devido às dificuldades, zombarias ou perseguição de “inimigos da verdade”. Além disso, que trabalho há mais gratificante do que o de salvar vidas e ajuntar pessoas para dentro da hodierna ‘arca de salvação” de Deus, um arquétipo para a sua infalível organização religiosa? Uma vez que se incentiva os membros a obedecer à “voz interna” e realizar este trabalho “abnegado” por pura “vontade própria”, qualquer arranjo feito para efetuar o proselitismo, seja ele sugerido ou imposto, é encarado como uma ajuda divina e não como uma tarefa obrigatória dispensável e desarrazoada. Neste caso, qualquer pregador, se sentirá um mensageiro divino; mesmo que seja enviado a distribuir publicações religiosas pelas ruas, ou a gritar em semáforos com um cartaz sanduíche ao redor de seu corpo. Certamente, o líder nunca ordena o proselitismo; mas auxilia e orienta os trabalhadores voluntários a cumprir com algo que lhes é inculcado pela sua “própria consciência” e pelo “seu” desejo sincero e altruísta de salvar outros. Uma vez que os líderes sabem que seus escravos sofrerão ataques de todos os lados, é preciso fortalecê-los, a fim de que sua fé não enfraqueça e venham à sua mente os pensamentos críticos causando diminuição em suas fileiras; pois eles sabem que perderão soldados nesta batalha. No entanto, não há nada de novo nas técnicas para proteger as “ovelhas dos lobos”. É apenas, uma simples questão de fortalecer dia a dia os pilares anteriores e tudo o mais será apenas detalhes secundários muito pouco preocupantes. Uma vez que o líder é encarado como a imagem do próprio Deus na terra e que a certeza da exclusividade divina foi marcada em suas testas, os membros do grupo religioso podem ser, sem muitas dificuldades, manobrados e manipulados através de diversas técnicas como a propaganda, a ostentação, as ameaças, prêmios e punições, etc... Uma Testemunha de Jeová que se tornou um escravo religioso da Torre de Vigia, dificilmente irá cair em si, a menos que pelo menos um destes pilares seja derrubado. No caso dos Japoneses, na época após a segunda guerra mundial, foi a derrota do império que os fez ver que não havia nada de divino em seu líder máximo. Isso fez a nação entender que os sacrifícios dos kamikazes que consideravam o imperador um deus-homem, digno e invencível, haviam sido feitos em vão. Felizmente, muitos membros das Testemunhas de Jeová, tem acordado da letargia em que se encontravam ao sentir ruir os sustentáculos do engano implantados pela Torre de vigia em suas mentes e corações. Depois da guerra, os japoneses, apesar de profundamente arrasados, conseguiram se reerguer e são hoje uma das nações mais prósperas do mundo. Da mesmo forma, milhares de pessoas que foram vítimas de seitas como as Testemunhas de Jeová, tem conseguido se recuperar após descobrirem o terrível engano do qual foram vítimas. Se você é uma delas, parabéns! E por favor, não se esqueça... ajude outros a se libertar também. Ex-Membro das Testemunhas de Jeová, » Osmanito Torres de Brito (Fb)| do Brasil Saiba mais sobre este nos vídeos abaixo:
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