Página “ Verdade é Lógica” responde à acusação: “as Testemunhas de Jeová deram datas erradas…”27/9/2017 A página apologista A Verdade é Lógica mantida por Testemunhas de Jeová, tentou de modo resumido e simplista rebater a acusação que muitos levantam contra as Testemunhas de Jeová, com respeito às “datas erradas” por elas apontadas para a vinda do “fim do sistema de coisas”. Abaixo o printscreen da resposta tirada do facebook da dita página. A resposta dada pela página A Verdade é Lógica falha em vários aspetos ao tentar responder à questão. Apenas quem não conhece exatamente o que foi publicado no passado pela Torre de Vigia e as claras e inequívocas alegações que fez com respeito a certas datas, é que pode aceitá-la como válida. Iremos abordar os argumentos usados e apresentaremos os factos que provam como é, de facto, uma explicação deficiente em muitos aspetos. Usaremos citações das publicações da Torre de Vigia como prova disso mesmo. Colocaremos primeiro o argumento (a negrito) usado pela página A Verdade é Lógica e a nossa resposta a seguir. “Como responder a essa acusação? Ela é verdadeira em partes: Deus não dá alarme falso.” R: O argumento inicia por chamar à atenção de que, de facto, Deus não dá um ‘alarme falso’. Este argumento é consensual entre os cristãos, pois todos nós reconhecemos que YHWH é o Deus da verdade e não da mentira (João 17:17). A questão que importa aqui, é se de facto existem ‘alarmes falsos’ que não foram dados por Deus, mas que Lhe foram atribuídos e dados em seu nome. Veremos que foi este o caso em inúmeras ocasiões com respeito aos ‘falsos alarmes’ publicados pelas Testemunhas de Jeová. Abro aqui um parêntesis para dizer que não apenas as Testemunhas de Jeová são culpadas de atribuir a Deus a interpretação de falsas datas para o ‘fim do mundo’ ou ‘fim do sistema de coisas’. Vários outros líderes religiosos, de vários quadrantes religiosos, o fizeram e são igualmente culpados de “falsa profecia”. “Mas a declaração está errada quanto às suas implicações: isso não quer dizer que Deus reprova seus servos que acharam que o fim viria antes do que tempo. Mateus 24:44 diz: "... o Filho do homem vem numa hora em que vocês não pensam". Isso implica que os servos de Deus pensariam que Jesus viria antes de ele realmente vir.” R: Na realidade, o aviso de Jesus não apontava para os seus discípulos serem culpados de esperarem o fim com determinada data em mente. Muito pelo contrário, o aviso de Jesus revela que os discípulos não estariam esperando a hora que Jesus viria. Outras frases de Jesus reforçam esta ideia de que os discípulos não estariam aguardando certa data para o regresso do seu Senhor e que poderiam ser apanhados desprevenidos caso não mantivessem vigilância espiritual: “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor. Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam.” – Mateus 24:42-44 “Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo.” – Marcos 13:33 Ao contrário do que o apologista TJ afirma, nada na Bíblia indica que os verdadeiros discípulos de Jesus iriam marcar certas datas para a vinda de Jesus em julgamento. Os discípulos haviam sido avisados por Jesus após a sua ressurreição o seguinte: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.” – Atos 1:7 É interessante que estas palavras de Jesus foram dadas em resposta à pergunta ansiosa dos apóstolos sobre a ocasião do restauro do reino de Israel às mãos do Messias: “Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?” – Atos 1:6 Sem dúvida que a resposta dada por Jesus ficou bem gravada na mente dos apóstolos naquela ocasião! O que é mais interessante é que Jesus não apenas reforçou a ideia de que viria numa data em que ninguém estaria à espera, mas avisou exatamente acerca daqueles que iriam anunciar o seu regresso eminente, mostrando como tais “falsos profetas” e “falsos cristos” (falsos ungidos) não deveriam ser seguidos: “Disse então ele: Vede não vos enganem, porque virão muitos em meu nome, dizendo: Sou eu, e o tempo está próximo. Não vades, portanto, após eles.” – Lucas 21:8 Sem dúvida que ao longo da história do cristianismo surgiram “falsos cristos” e “falsos profetas”, apregoando o retorno de Jesus como já tendo-se consumado ou estando prestes a consumar-se. Jesus disse claramente para não sermos enganados e não os seguirmos! Estão as Testemunhas de Jeová entre aqueles que têm dito “o tempo está próximo”? O dicionário Strong explica o significado da palavra usada por Jesus, traduzida como “está próximo” dizendo: ἐγγίζω (eggizó) – corretamente, aproximou-se (aproximar-se). eggízō ocorre 14 vezes no NT que expressa “extrema proximidade, iminência imediata - até mesmo uma presença ('está aqui')… Quem, desde há mais de 100 anos, anuncia a PRESENÇA invisível de Jesus Cristo? Pois é, as Testemunhas de Jeová! Mas lembra-nos do que Jesus avisou na passagem anterior? Pessoas que fariam tais avisos o fariam em seu nome. Sobre tais Jesus diz: “não os sigais” ou “não vão atrás deles”. O alerta de Jesus não podia deixar de ser mais claro: “Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.” – Mateus 24:26,27 Aqui Jesus desmonta os argumentos daqueles que viriam anunciar um prometido retorno de Jesus, oculto do olhar da maioria das pessoas, assim como fazem as Testemunhas de Jeová. Elas usam o argumento de que Jesus voltou de modo invisível em 1914, mas que apenas alguns discerniram isso por estarem atentos às profecias bíblicas. Na realidade, as palavras que já citamos de Jesus mostram que TODAS as pessoas, fossem elas discípulos de Jesus ou não seriam apanhadas desprevenidas no seu regresso. TODOS e não apenas alguns! Jesus até mesmo compara o seu regresso a um relâmpago que aparece de rompante, iluminando todo o céu e não deixando ninguém indiferente à sua luz. Ninguém irá duvidar, questionar ou zombar de um suposto retorno de Jesus no poder do reino. Este ocorrerá de tal modo que TODA a humanidade irá reconhecer o que está ocorrendo. “Habacuque 2:3 nos aconselha para que 'continuemos na expectativa' do fim ainda “que se demore”. Algo somente demora se quem espera pensa que esse algo vem antes de realmente vir. O fim não pode demorar sem que se espere que ele venha antes do dia estipulado por Deus.” R: Este argumento não procede, pois como já vimos Jesus deixou claro que aos discípulos não seria dado o conhecimento do dia e da hora do seu retorno. Jesus até mesmo avisou que viria como “ladrão”. Por isso, se alguém acredita que estar na expectativa ou ansiedade pelo retorno do Amo é o mesmo que marcar datas para tal retorno, está distorcendo aquilo que a Bíblia diz. Estar na expectativa indica incerteza, dúvida e ansiedade. Quando alguém afirma que Jesus voltará numa certa data, ele anula tal incerteza, dúvida e ansiedade, pois estipula com antecipação o ‘dia e hora’, algo que Jesus alertou seria prática dos “falsos profetas”. Será que alguém que tem uma data em mente para um acontecimento estaria na verdade num estado de vigilância para o qual Jesus alertou? Dificilmente. “Mas e se alguém disser: "Mas os servos de Deus nunca afirmaram que viria numa data específica!" Isso é irrelevante. A pessoa que argumenta isso apenas quer achar alguma base para ter como criticar as TJs. Os irmãos nunca disseram que seus cálculos cronológicos eram infalíveis. Ao contrário, eles diziam que eram apenas conjecturas.” R: Irrelevante? Não, não é irrelevante. Os servos de Deus jamais transmitiram informações falsas sobre Deus e seus propósitos. Porquê? Porque tudo aquilo que eles transmitiram foram mensagens proféticas dadas por Deus. A partir do momento que alguém se adianta e cai no erro de “profetizar” algo que Deus não mandou profetizar ele cai na descrição que Moisés escreveu no Pentateuco: “Mas o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto'. "Mas talvez vocês se perguntem: 'Como saberemos se uma mensagem não vem do Senhor?' Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele.” – Deuteronômio 18:20-22 O aviso que Deus dá por meio de Moisés é bastante sério e devia ser levado em conta por todos aqueles que têm a tentação de proclamar como ‘verdades’ ou ‘avisos’ coisas que Deus jamais mandou anunciar. Na lei mosaica, o “profeta” que o fizesse, levando os seus irmãos a serem enganados em nome de YHWH, seriam MORTOS! O apologista TJ da página A Verdade é Lógica tenta minimizar os erros de cálculos proféticos da Torre de Vigia, dizendo que “os irmãos nunca disseram que seus cálculos cronológicos eram infalíveis. Ao contrário, eles diziam que eram apenas conjecturas.” A verdade é que mesmo que isto fosse verdade, o que não é, ainda assim a simples prática de conjecturar o cumprimento de profecias bíblicas para determinada data e especialmente para o Armagedom, cai dentro da classificação de “falsa profecia”. Porquê? Porque ao usarem a Bíblia como base para tais conjecturas e sendo esta a “palavra inspirada de Deus” para nós, estão na prática a dizer que a interpretação ou explicação sobre tal data tem base bíblica. Por outras palavras, é o mesmo que dizer que DEUS transmite tal informação na Sua Palavra, mesmo que de uma forma oculta aos olhos da maioria. Vejamos alguns exemplos práticos de citações das publicações da Torre de Vigia que provam que não apenas houve “conjecturas”, mas afirmações taxativas sobre datas específicas para a vinda do “fim do sistema de coisas”. Tomemos como exemplo, a expetativa criada por J.F. Rutherford com respeito ao ano de 1925, como a data exata para a ressurreição dos patriarcas e a instauração do Reino de Deus na terra. Devido aos cálculos proféticos para esta data, Rutherford lançou uma intensa campanha mundial, onde o folheto “Milhões que agora vivem jamais morrerão” apresentava a mensagem em termos nada incertos. Esta campanha mundial apregoava para o ano de 1925 o seguinte:
Ao ler as citações deste folheto veja se encontra base para ler as declarações contidas nele como ‘conjecturas’ ou como ‘verdades bíblicas indesmentíveis’: “Então, baseados nas promessas encontradas nas palavras Divinas, chegamos à positiva e indiscutível conclusão de que, milhões que agora vivem jamais morrerão.” – Folheto Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão, pág. 122 “Esta cronologia não é de homem algum, mas de Deus… o acréscimo de mais provas a remove inteiramente do campo da possibilidade e coloca dentro do da certeza comprovada… a cronologia da verdade atual… não [é] de origem humana” – Revista A Torre de Vigia de 15 de julho de 1922, pág. 217 (em inglês) “A data 1925 é ainda mais distintamente indicada pelas Escrituras, porque é fixada pela lei que Deus deu a Israel. Em vista da atual situação na Europa, alguém poderia se perguntar como é possível conter a explosão por muito mais tempo; e que mesmo antes de 1925 a grande crise chegará ao auge e provavelmente terá passado.” – Revista A Torre de Vigia de 1º de setembro de 1922, pág. 262 (em inglês) “Nosso pensamento é que 1925 está estabelecido definitivamente nas Escrituras. Quanto a Noé, os cristãos agora têm muito mais sobre o que basear sua fé do que Noé tinha sobre o que basear a dele na vinda do dilúvio.” – Revista A Torre de Vigia de 1º de abril de 1923, pág. 106 (em inglês) “Não podemos ser censurados por apresentar, com base nas Escrituras, uma evidência que nos permite acreditar que um determinado evento ocorrerá em certo momento. Algumas vezes o Senhor permitiu que seu povo esperasse a coisa certa na hora errada, e mais frequentemente eles aguardaram coisas erradas na hora certa. Mas todos os inimigos da causa da verdade atual na terra esperam fervorosamente que os Estudantes da Bíblia não serão tão bem-sucedidos assim em 1925 em esperar a coisa certa na hora certa como o foram em 1914. Se eles forem, no entanto, serão os outros associados que terão o que explicar, não nós.” – Revista A Idade de Ouro de 13 de fevereiro de 1924, pág. 314 em inglês. “O ano de 1925 é uma data definitiva e claramente marcada nas Escrituras, ainda mais claramente do que a 1914.” – Revista A Torre de Vigia de 1924, pág. 211 (em inglês). “A Bíblia e “A Bíblia em Pedra” [a Grande Pirâmide de Gizé] fornecem a data de 1914: para o início da grande mudança. A história prova que o processo de expulsão começou pontualmente na hora certa. A profecia indica que 1925-1926 verá a maior parte da expulsão concluída. Todos os estadistas do mundo estão temendo os próximos anos.” – Livro O Caminho Para o Paraíso (1924), pág. 171 em inglês. “Quando você se dedicar a um estudo mais avançado da Bíblia, descobrirá que o ano de 1925 AD é marcado particularmente na profecia.” – Livro O Caminho Para o Paraíso, pág. 220 em inglês. “Sem dúvida, muitos meninos e meninas que leem este livro viverão para ver Abraão, Isaque, Jacó, José, Daniel e aqueles outros homens fiéis do passado surgirem na glória de sua “melhor ressurreição”, perfeitos na mente e no corpo. Não levará muito tempo para que Cristo os nomeie para seus postos de honra e autoridade como seus representantes terrestres.” – Livro O Caminho Para o Paraíso, pág. 226 em inglês. Quando se lêem expressões como estas sobre o cumprimento de profecias bíblicas no ano de 1925, que conclusão podemos tirar? São meras conjecturas ou ao contrário, são afirmações dogmáticas e dadas com completa certeza da sua realidade pelos líderes da Torre de Vigia? “chegamos à positiva e indiscutível conclusão de que, milhões que agora vivem jamais morrerão” “Esta cronologia não é de homem algum, mas de Deus” “a cronologia da verdade atual… não [é] de origem humana” “A data 1925 é ainda mais distintamente indicada pelas Escrituras, porque é fixada pela lei que Deus deu a Israel.” “Nosso pensamento é que 1925 está estabelecido definitivamente nas Escrituras.” “A profecia indica que 1925-1926 verá a maior parte da expulsão concluída.” “Quando você se dedicar a um estudo mais avançado da Bíblia, descobrirá que o ano de 1925 AD é marcado particularmente na profecia.” “Sem dúvida, muitos meninos e meninas que leem este livro viverão para ver Abraão, Isaque, Jacó, José, Daniel e aqueles outros homens fiéis do passado surgirem na glória de sua “melhor ressurreição” Só alguém que use de má fé e desonestidade intelectual pode ler tais expressões e afirmar que são meras conjecturas ou suposições. Lemos nelas algum indício de mera possibilidade ou mesmo fabilidade, por parte daqueles que interpretaram a Bíblia e supostamente com base nela chegaram aos cálculos proféticos ensinados a milhares ou mesmo milhões de pessoas em todo o mundo? Não! Os termos usados para expressar confiança nas profecias estão muitíssimo além de conjecturas. São certezas absolutas! Será que foi Deus que colocou na mente e coração dos líderes da Torre de Vigia profetizarem em Seu nome ou com base na Sua Palavra? É claro que não! Como diz o apologista da página A Verdade é Lógica “Deus não dá alarme falso”. “E se alguém disser: "Isso não justifica as TJs, assim como um bandido acusar outro de cometer crime não o justifica!" Quem argumenta isso é desonesto. As TJs não usam os servos de Deus para justificar seus erros. Usamos apenas os exemplos bíblicos como argumento para mostrar que nenhum servo de Deus deixou de ser servo de Deus por ter expectativas erradas. O fim não deixará de vir porque as TJs tentaram calculá-lo no passado.” R: Conforme já vimos antes, uma coisa é ter expectativas erradas e certamente que isso ocorreu com servos de Deus no passado. Mas outra coisa bem diferente é ensinar como verdade bíblica algo que provém apenas do intelecto humano e da sua capacidade interpretativa. Quando alguém procura na Bíblia pistas sobre o ‘dia e hora’ para o retorno de Cristo e/ou o Armagedom ele está DESOBEDECENDO àquilo que a Bíblia claramente diz sobre isso. Ninguém recebe informação privilegiada sobre o dia e a hora que só pertence ao Pai celestial (Mateus 24:36). Ninguém! É por isso que vez após vez, as Testemunhas de Jeová têm feito o papel de “falso profeta” ao apregoarem certas datas como sendo a tal data para o fim. Aconteceu assim com a data de 1914, 1915, 1916, 1917, 1918, 1920, 1925, anos 40, 1975 e a prometida chegada do fim “antes” do término do século 20. E para aqueles que afirmam que a Torre de Vigia nunca afirmou ser “profeta de Deus” aqui ficam algumas citações que provam o contrário: "Certamente, pois, lá no ano de após-guerra de 1919, não havia ninguém entre os elementos religiosos, culpados da guerra, do judaísmo e da cristandade, que estivesse habilitado para ser comissionado como o equivalente moderno ou o antítipo de Ezequiel. Não havia então ninguém a quem Jeová pudesse suscitar para servir dum modo correspondente àquele antigo exilado em Babilônia? A quem podia o verdadeiro "carro" da organização de Jeová dirigir-se e confrontar, para que Ele pudesse dar a tal habilitado a comissão de falar como profeta em nome de Jeová? Ora, havia um grupo, cujos membros haviam sofrido perseguição religiosa durante a Primeira Guerra Mundial às mãos de Babilônia, a Grande [...] Quem eram eles? O "EZEQUIEL" HODIERNO Eram um pequeno grupo minoritário de homens e mulheres que se dedicaram a Jeová como Deus por seguirem as pisadas de Seu Filho Jesus Cristo." – "As Nações Terão de Saber que Eu Sou Jeová" – Como?, 1973, págs. 57, 58] "Um terceiro modo de se chegar a conhecer a Jeová Deus é por meio de seus representantes. Nos tempos antigos, ele enviava profetas como seus mensageiros especiais. Ao passo que estes homens prediziam coisas futuras, também serviam as pessoas por falar-lhes sobre a vontade de Deus para elas, naquele tempo, amiúde também advertindo-as contra perigos e calamidades. As pessoas hoje podem ver as obras criativas. Têm em mãos a Bíblia, mas ela é pouco lida ou compreendida. Portanto, tem Deus algum profeta para ajudá-las, para adverti-las dos perigos e para declarar-lhes coisas futuras? IDENTIFICAÇÃO DO "PROFETA" A estas perguntas pode-se responder na afirmativa. Quem é este profeta? Os clérigos da chamadas nações "cristãs" apresentam-se ao povo como os comissionados para falar por Deus. Mas, conforme já se salientou no número anterior desta revista, falharam a Deus e falharam como proclamadores de Seu reino, ao aprovarem uma organização política feita pelo homem, a Liga das Nações (agora Nações Unidas), como "expressão política do Reino de Deus na terra". Contudo, Jeová não deixou o povo da cristandade, guiado pelos clérigos, sem um aviso no sentido de que a Liga era um substituto fraudulento do verdadeiro reino de Deus. Ele tinha um "profeta" para dar a advertência. Este "profeta" não era um só homem, mas um grupo de homens e mulheres. Era o grupo pequeno dos seguidores das pisadas de Jesus Cristo, conhecidos naquele tempo como Estudantes Internacionais da Bíblia. Hoje são conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová." – A Sentinela, 1.º de outubro de 1972, págs. 581 "Jeová o constituiu "profeta para as nações". (Jeremias 1:5) Agora, hoje, mais do que nunca, há necessidade de um "profeta para as nações" [...] Jeová, com consideração, suscitou seu "profeta para as nações". Jeová fez isso durante este "tempo do fim", desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918. [...] o "profeta" suscitado por Jeová não tem sido um único homem, como no caso de Jeremias, mas uma classe. [...] Nesta data avançada, existe apenas um restante desta classe do "profeta" ainda na terra. [...] Uma coisa agora é certa: se a classe do "profeta", a classe de Jeremias, se confronta com o Har-Magedon, também se confronta com a queda de Babilônia, a Grande." – A Sentinela, 1.º de maio de 1983, págs. 26, 27 "O anúncio na revista A Sentinela de 15 de Outubro de 1932 [em inglês], no fim das 2.300 noites e manhãs, foi a notificação oficial feita por Jeová através do seu canal visível de comunicação de que o seu santuário de "pedras vivas" ungidas tinha sido limpo, vindicado e justificado." – A Sentinela, 1.º de outubro de 1959, pág. 601 (em inglês)] "Isto é prova de que a interpretação da profecia não procede do homem, mas que o Senhor Jesus, o responsável da organização de Jeová, envia a informação necessária para o seu povo por, e através, dos seus santos anjos." [Preparation (Preparação), 1933, p. 28 (em inglês)] "Alguns deveres e interesses do reino foram entregues pelo Senhor aos seus anjos, e incluem a transmissão de informação para o povo ungido de Deus na terra para a sua ajuda e conforto. Embora não possamos entender como os anjos transmitem esta informação, sabemos que eles o fazem; e as Escrituras e os fatos mostram que isso é feito." [Preparation (Preparação), 1933, págs. 36, 37 (em inglês)] "O Senhor providenciou bondosamente o meio para que a mensagem fosse impressa em livros, a fim de que o povo fosse informado relativamente a verdade. [...] Essas publicações não contêm opinião de algum homem." [Riquezas, 1936, pp. 342-343] "Quem Deus usou realmente como seu profeta [...] As Testemunhas de Jeová estão profundamente gratas hoje por os fatos claros mostrarem que Deus tem-se agradado de usá-las [...] Jeová estendeu sua mão de poder e tocou nos lábios delas e colocou as suas palavras nas bocas delas." A Sentinela, 15 de janeiro de 1959, págs. 40, 41 (em inglês)] “As doutrinas fundamentais das TJs não deixam de ser verdadeiras por erros de cronologia. A Trindade, o Inferno, Predestinação, Imortalidade da Alma, não se tornam doutrinas bíblicas porque Russell achou que o fim viria em 1914. Mateus 24:14 não se torna uma falsa profecia por quaisquer erros cronológicos. As transfusões de sangue não se tornam corretas por erros cronológicos. Assim, sigamos na única organização que leva o Nome!” R: Embora seja verdade que as Testemunhas de Jeová mantêm como verdadeiros alguns dos ensinos originais aceites por Russell, também é verdade que tais ensinos já eram aceites por outros grupos religiosos antes dele ter formado o grupo que veio a ser conhecido como “Estudantes da Bíblia”. Também é verdade que tais ensinos ainda hoje são partilhados por vários grupos religiosos! Assim, não se pode usar esse argumento para alegar que manter certas doutrinas como verdadeiras, de algum modo invalida as “falsas profecias” ensinadas pela religião ao longo da sua existência. Conforme vimos na declaração divina dada a Moisés, a pena para qualquer pessoa que profetizasse algo que Deus não havia mandado profetizar era a morte! Não importava se ele tinha também ensinado coisas consideradas como verdadeiras ou não. Para Deus, é muito sério quando uma pessoa alega ter conhecimento de algo que só Deus pode dar. Quando a pessoa se presta a esse papel é como se estivesse dizendo: “Eu fui escolhido por Deus para vos transmitir este conhecimento escondido da maioria da humanidade.” A Torre de Vigia tem inúmeras vezes alegado ter sido escolhida por Jeová para ser seu “porta-voz”, seu “canal de comunicação” e seu “profeta” na terra. As inúmeras profecias falhadas provam que ela não o é e tem conduzido a muitos ao desapontamento e até mesmo perca de fé. Jesus disse que se alguém “fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar”. Milhares destes têm tropeçado devido às falsas profecias apresentadas pela Torre de Vigia como “verdades indesmentíveis” ou “verdades indiscutíveis! Alguns perderam mesmo a fé na Bíblia como a “Palavra de Deus”, pois supostamente foi com base nela que as profecias foram estabelecidas. Outros até mesmo perderam suas vidas, como no caso da questão do sangue que, ao contrário do que alega o apologista TJ, sofreram sim ajustes e alterações, as quais têm sido expostas nesta página e no site extj.net. Quantas TJ não viram também anos de suas vidas serem perdidos devido a ensinos tais como a proibição do serviço cívico? Anos! Não dias ou meses… Anos! A Torre de Vigia tem um histórico de trapalhadas doutrinais e falsas profecias como poucas religiões têm. É pena que alguns apologistas da Torre de Vigia não consigam “despertar” para o engano que lhes tem sido administrado e vejam virtudes onde apenas devia existir um sentimento de vergonha e embaraço. Para os vigaristas religiosos, até mesmo os defeitos podem ser transformados em virtudes e justificados como sendo exemplo de louvor e aplauso! Só quando alguém se distancia emocionalmente de toda esta trapalhada religiosa, consegue discernir como foi ludibriado e levado a depositar a sua confiança nos “nobres… que não podem trazer salvação.” (Salmo 146:3) António Madaleno
8 Comments
João
27/9/2017 19:46:20
Muito bom este artigo, bem esclarecedor. Eu vejo o pessoal desta fan page ai postando e falando mal daqueles que saíram, mas, eles não conhecem a própria história. Só dizem que conhecem, isso é muito fácil.
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27/9/2017 20:28:28
Igrejas e mais Igrejas (Religiões; Organizações; Grupos)...
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27/9/2017 21:10:49
As Datas (prognósticos) nunca foram tratados com leviandade dentro da
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Antenor carvalho
27/9/2017 23:55:27
A verdade é que a cronologia de 1914 influência tanto suas crenças que provando que não é verdadeira cai a parousia invisível. Cai a expulsão do diabo para a terra em 1914.e isso para eles é tão perigoso que expulsaram o autor do livro "os 7 tempos dos gentios reconsiderado e o apologista da verdade é lógica ainda afirma que cronologia não afeta em nada.que hipocrisia.
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27/9/2017 22:32:32
POr favor, queiram postar a minha resposta a este artigo do site A Verdade É Lógica. http://www.ia-cs.com/2017/09/testemunhas-de-jeova-como-seus.html Grato.
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Celia Valido
30/9/2017 17:00:29
Artigo ao bom estilo que o Carlos Fernandes já nos habituou. Bem fundamentado, claro e fácil de entender. Muitos parabéns!
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Thony
6/2/2018 10:42:53
Opa!!!! Virem todos Ateus, por que se o parâmetro para analiasar uma seita é saber se ela deu alarme falso...virem ateus....por que praticamente todas as religiões evangélicas e católica já profetizaram o fim do mundo, tenho uma lista grande aqui..hehehe
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7/2/2018 13:53:42
O amigo Thony está muito enganado. A Torre de Vigia já afirmou ser "profeta de Jeová" e seu "porta-voz".
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