Existem vários tipos de argumentos usados, quer na comunicação oral ou escrita, que aparentemente parecem ser bastante convincentes ou eloquentes, mas que visam conduzir a comunicação num sentido errado. O objetivo é vencer o oponente ou colocá-lo numa péssima luz por usar de falácias. O que são falácias? O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Este artigo visa explanar uma destas falácias: a chamada falácia Argumentum ad hominem (argumento contra o homem). Ao ler sobre em que consiste esta falácia, tente encontrar nos comentários que ocorrem na página DESPERTA exemplos claros disso mesmo. Argumentum ad hominem Esta é uma falácia que ocorre quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo. Um argumentum ad hominem é uma forte arma retórica, apesar de não possuir bases lógicas. A falácia ocorre porque conclui sobre o valor da proposição sem examinar seu conteúdo, o que é absurdo. O argumento contra a pessoa é uma das falácias caracterizadas pelo elemento da irrelevância, por concluir sobre o valor de uma proposição através da introdução, dentro do contexto da discussão, de um elemento que não tem relevância para isso, que neste caso é um juízo sobre o autor da proposição. Pode ser agrupado também entre as falácias que usam o estratagema do desvio de atenção, ao levar o foco da discussão para um elemento externo a ela, que são as considerações pessoais sobre o autor da proposição. A estrutura lógica desta falácia funciona do seguinte modo:
Existem alguns tipos diferentes de falácias Argumentum ad hominem. Vejamos exemplos práticos tendo como base costumeiros ataques das Testemunhas de Jeová aos seus críticos (ex-TJ):
“As afirmações do XXXXXX a respeito da política da organização com respeito ao encobrimento de abusos sexuais na Torre de Vigia não são confiáveis, pois ele é desassociado/apóstata.” Este também pode ser chamado de ad personam, ou simplesmente de ataque pessoal.
A: “A desassociação é praticada de modo anti-bíblico pelas Testemunhas de Jeová.” B: “A pessoa que faz essa acusação está desassociada ou afastada, é claro que dirá isso.”
A: “As Testemunhas de Jeová não praticam a caridade por ajudar aqueles que estão com dificuldades financeiras, vivendo na rua ou passando fome.” B: “E você o que faz para ajudar aqueles que estão nessas situações? Você também faz alguma coisa?”
“Se o XXXXXX usa argumentos de outros “apóstatas” como ele, os seus argumentos só podem ser mentiras satânicas para nos enganar.” O que se pode dizer a alguém que usa este tipo de falácia “Argumentum ad hominem”? Visto que o objetivo desta falácia é desviar a atenção do que está sendo abordado na discussão, pondo em causa a pessoa que o está apresentando, é necessário repor o que está sendo discutido por dizer: “Não interessa ou é irrelevante o que penso ou acho. Não interessa as razões que me levam a expôr esta informação! O que é importante é se a informação ou argumento que apresento é verdadeiro ou falso. Isso é o que deve ser avaliado!” Alguns exemplos encontrados nos comentários da Desperta: Nestes poucos exemplo, torna-se claro como os ataques had hominem sucedem-se sempre com o objetivo, não de responder às questões ou argumentos propostos ou apresentados mas simplesmente atacar de modo vil quem os apresentou. Esta tática é muito usada por membros de seitas religiosas, como as Testemunhas de Jeová quando a sua religião ou crenças é posta à prova. Como elas interpretam qualquer crítica como sendo um ataque pessoal a elas mesmas e não apenas às suas crenças interiorizadas através da doutrinação intensiva por seus líderes, elas simplesmente bloqueiam tais argumentos e concentram-se simplesmente em atacar sem dó nem piedade aquele que consideram a encarnação do mal – o “apóstata”.
Elas nem sequer param para pensar ou desejam investigar e pesquisar se os assuntos apresentados são verdadeiros ou falsos. Elas simplesmente SABEM que são “falsos” – mentiras satânicas que irão fazê-las vacilar na fé em sua organização religiosa (Torre de Vigia) e até mesmo colocando tal “ataque” como sendo um “ataque” ao próprio Deus Jeová e Seu Filho. É preciso perceber que elas não fazem isto por acaso. Elas são levadas a este estado mental porque foram doutrinadas desde bem cedo de que, qualquer crítica à organização É O MESMO que uma crítica ao próprio Deus que a guia ou orienta (segundo a sua crença). Isto cria nelas uma barreira mental muito forte que as impede de ver o óbvio: se existem críticas e factos apresentados estes têm de ser analisados e depois ou são descartados como falsos ou são encarados como verdadeiros. Mas isso raríssimas vezes acontece! Imagine o que é alguém levar a tribunal uma queixa e o juiz não olhar para as evidências apresentadas (provas) e simplesmente, porque é amigo ou simpatizante do acusado, descartá-las como sendo falsas ou sem relevo para o caso e decidir a sentença, absolvendo-o. Como encararia este juiz? Como sendo justo e competente? Certamente que não! Iria encará-lo como profundamente parcial, obtuso e injusto! Pois é assim que a maioria dos crentes nas Testemunhas de Jeová avalia os argumentos e evidências apresentadas a eles! Para as Testemunhas de Jeová que lêem este artigo, ponderem seriamente nele e reflitam se desejam imitar o justo e imparcial juiz do universo, nosso Pai Celestial ou desejam ser como o juiz injusto e parcial da ilustração acima. António Madaleno Artigo criado com base no artigo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_hominem
0 Comments
Your comment will be posted after it is approved.
Leave a Reply. |
Autores,Categorias,
Todos
|