Serão as "Boas Novas" das Testemunhas de Jeová semelhantes às "Boas Novas" dos Primeiros Cristãos?16/2/2016 "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." – Mateus 28:19,20 A organização Torre de Vigia considera que a pregação feita por seus mais de 8 milhões de membros, cumpre a profecia de Jesus em Mateus 24:14: ‘’E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.’’ Desse modo, esta organização religiosa acredita que isso a qualifica, e somente a ela, como a única "religião verdadeira" na face da terra e como a única organização religiosa que possui a bênção divina por meio da qual Deus está atuando em reunir aqueles que sobreviverão através da Grande Tribulação e Armagedom. Mas levantamos as seguintes questões:
Boas Novas! Que Boas Novas São Essas? É preciso ter em mente que a organização Torre de Vigia se jacta de que as "boas novas" que prega são diferentes. Ela procura atribuir à pregação dela algo de especial, inédito e superior a tudo que até a época da Primeira Guerra Mundial se fizera. Explicando a própria pretensão neste respeito, ela diz em A Sentinela de 15 de maio de 1981, página 28, parágrafo 15: ‘’Os que zombam disso talvez queiram minimizar esta realização e enfatizar que os missionários da cristandade, nos séculos passados, chegaram a todos estes lugares antes de surgirem as testemunhas cristãs de Jeová. É verdade! Mas o testemunho do Reino dado pelas Testemunhas de Jeová desde 1914, é algo bem diferente do que os missionários da cristandade divulgaram, tanto antes como desde 1914.’’ E passa a esclarecer, na pagina 29 da mesma revista as razões desta diferença. Entre elas o fato de esta pregação “ocorrer dentro dos últimos dias”, “o estabelecimento do reino de Deus, como realidade, em 1914”, e “um notável derramamento do espírito de Deus, desde 1919, em cumprimento completo de Joel 2:28, 29”. Em resumo, ela crê que suas “boas novas” são a respeito de um reino que se estabeleceu nos céus, de modo invisível aos humanos, no ano de 1914. Afirma ainda, sem comprovação alguma, que a partir de 1919 ocorre o cumprimento completo de Joel 2:28, 29. Quanto ao primeiro evento, trata-se da interpretação arbitrária dos “sete tempos” de Daniel 4:16, 32, um sonho que de fato se cumpriu na pessoa do rei Nabucodonosor, segundo a própria interpretação do sonho dada por Daniel (Daniel 4:20-27). Parte alguma da Bíblia diz que haveria um segundo e maior cumprimento, nem que estes “sete tempos” eram os “tempos designados das nações” mencionados por Jesus em Lucas 21:24. (Sobre ‘’Os Tempos dos Gentios’’ leia este artigo). Qualquer ligação entre essas duas passagens carece do principal: apoio das próprias Escrituras. Pela mesma razão, arbitrário e sem fundamento, é também o cálculo que coloca o início dos Tempos dos Gentios em 607 AEC (suposta segunda aplicação da loucura de Nabucodonosor), o período de 2520 anos e seu suposto fim em 1914 (a cura do rei e sua volta ao poder). O segundo evento (profecia de Joel 2:28, 29), também já teve seu cumprimento (no primeiro século), por ocasião de Pentecostes de 33 EC, conforme atestado pelo apóstolo Pedro quando explicava não estar na embriaguez as consequências do derramamento do espírito santo em Atos 2:16, 17: ‘’Ao contrário, isto é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: “E nos últimos dias”, diz Deus, “derramarei do meu espírito…”’’ Adicionalmente, é interessante constatar que Pedro, aplicando as palavras de Joel, referiu-se àquele período como já fazendo parte dos “últimos dias”, que a Sociedade afirma só se terem iniciado em 1914, o que seria, segundo ela, mais um fator a conferir às “boas novas” dela uma condição “bem diferente.” (Para mais informações sobre os ‘’últimos dias’’ leia este artigo). É exatamente com este argumento, como já vimos (Sentinela 15/5/81, página 28, parágrafo 15), que ela procura invalidar a pregação feita pelos missionários da cristandade antes do surgimento das Testemunhas, argumentando que as "boas novas" deles é “bem diferente” das que foram divulgadas “tanto antes como desde 1914.” Portanto, as razões de as “boas novas” da Torre de Vigia, serem diferentes e serem “algo exclusivo” (Sentinela 15/5/81, página 28, parágrafo 16), não têm nenhuma base sólida nas Escrituras e dependem totalmente de uma interpretação exclusivista do Corpo Governante. Não é de admirar que ela considere sua pregação superior à das igrejas da cristandade por causa de tais motivos. Ela própria criou as regras do jogo pelas quais se destaca das restantes e isto sem qualquer sustentação bíblica, a não ser pura especulação! As Mesmas do Primeiro Século? Levando em conta o que acabamos de considerar, deve-se perguntar: Serão essas “boas novas” da Sociedade Torre de Vigia, as mesmas boas novas que foram divulgadas pelo primitivo cristianismo, de quem ela se considera continuadora? Bem, ela mesma reconhece que as "boas novas" dela são “diferentes”. Em A Sentinela de 1 de novembro de 1981, página 17 paragrafo, 3 ela destaca: ‘’Compare a pessoa sincera à espécie de pregação do evangelho do Reino feita pelos sistemas religiosos da cristandade, durante todos os séculos, com a feita pelas Testemunhas de Jeová desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918. Não são iguais. A das Testemunhas de Jeová é realmente “evangelho”, ou “boas novas”, sobre o reino celestial de Deus, estabelecido pela entronização de seu Filho, Jesus Cristo, na fim dos Tempos dos Gentios em 1914.’’ Ela conclui, assim, que o “evangelho” dela é o verdadeiro evangelho porque fala do “reino celestial de Deus, estabelecido pela entronização de seu Filho, Jesus Cristo, no fim dos tempos dos Gentios em 1914″. Ou seja, este fato específico faz com que a pregação das Testemunhas seja realmente “boas novas”, segundo o “entendimento” da Sociedade Torre de Vigia. Dá a Bíblia margem para "boas novas" que trouxessem algo de diferente ao já estabelecido pelos apóstolos de Cristo no primeiro século? Deixemos que as Escrituras falem: ‘’No entanto, mesmo que nós ou um anjo do céu vos declarássemos como boas novas algo além daquilo que vos declaramos como boas novas, seja amaldiçoado. Como já dissemos, também digo agora novamente: Quem quer que vos esteja declarando como boas novas algo além daquilo que aceitastes, seja amaldiçoado.’’ – Gálatas 1: 8, 9 Portanto, a Bíblia é bem enfática em mostrar que quem declarasse como boas novas algo além daquilo que os cristãos primitivos já tivessem aceitado, deveria ser amaldiçoado. Note bem, poderia até haver muito de correto nestas boas novas, mas se contivessem “algo além” da mensagem original, isto seria motivo para maldição. Não se trata de algo de pouca importância ou consequência. Torna-se, neste ponto, bem evidente que a Torre de Vigia, segundo suas próprias publicações, acrescentou à sua versão das “boas novas” algo que não foi declarado no primeiro século, e que também não aparece nas Escrituras! As verdadeiras boas novas ou evangelho da Bíblia não chamam a atenção para 1914, ou para qualquer outra data, ou tentam convencer pessoas sobre acontecimentos “invisíveis” ocorridos nos céus, sem para isso apresentar uma firme e inquestionável base nas Escrituras. De que tratam elas? A expressão “evangelho” ou “boas novas” ocorre mais de cem vezes nas Escrituras Gregas. E o que elas destacam? Apenas oito vezes ela surge como “boas novas do reino”. Em todos os outros casos a expressão surge como “boas novas acerca do Cristo”, ou termos similares, que mostram que o assunto está ligado a ele, Cristo, sua pessoa, e não primariamente a um governo. E mesmo quando fala em “boas novas do reino”, este reino está totalmente conectado e inteiramente relacionado ao próprio Cristo; ele, Jesus, é o centro das boas novas! Tanto isto é verdade que ele disse o registrado em Lucas 17:21: ‘’Eis que o reino de Deus está no vosso meio.’’ E o que quis ele dizer com isto? Nada menos que o próprio Jesus (que naquele momento estava entre eles) é que era o centro, a essência desse reino de Deus! As "boas novas" tratam do próprio Cristo, seu sacrifício em resgate da humanidade, a reconciliação com Deus, a ressurreição e a vida eterna. É como Paulo declarou em 1 Coríntios 2:2: ‘’Pois decidi não saber coisa alguma entre vós, exceto Jesus Cristo, e este pregado numa estaca.’’ Estas é que são as boas novas, as mesmas que foram pregadas pelas primitivas congregações cristãs, dirigidas pelo próprio Cristo, segundo sua promessa de estar com seus seguidores “todos os dias até a terminação do sistema de coisas” (Mat. 28:20), durante todos os séculos de Pentecostes até agora. A Palavra de Deus não dá apoio ao ensino do Corpo Governante de que as verdadeiras boas novas só começaram a ser pregadas nos últimos 100 anos, muito menos em conexão com as datas de 1914 e 1919. Se Paulo estivesse ainda hoje na terra, certamente poderia aplicar às “boas novas” da Sociedade Torre de Vigia as mesmas palavras que ele escreveu em Gálatas 1:6: ‘’Estou admirado de que estais sendo removidos tão depressa Daquele que vos chamou com a benignidade imerecida de Cristo, para outra sorte de boas novas.’’ Se a condição de ‘única religião da terra aprovada por Deus’ depende da sorte de “boas novas” patrocinada pela Sociedade Torre de Vigia e seu Corpo Governante, tal afirmação passa a ser altamente questionável. Aprovará Deus uma pregação de “boas novas” que foram acrescentadas de “algo além” do que foi declarado pelos apóstolos? (Gálatas 6:1) Reflitam! Ex-Membro das Testemunhas de Jeová, José Gomes ([email protected]) https://seguindoaspegadasdaverdade.wordpress.com/ Artigo originalmente publicado neste link: www.testemunha.com.br/conteudo.asp?cod=6
2 Comments
DIMARIA
18/5/2022 19:07:51
Este apóstata de Jeová foi facil identificar pobre coitado O orgulho ambicioso revela a sua completa incompetência, pois desejam buscar novidades, mas a verdade nunca muda, apenas os métodos que são usados;
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19/5/2022 20:02:15
Interessante. Descreveu na perfeição os líderes da Torre de Vigia, o Corpo Governante. Parabéns!
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